Que em 2021 os brasileiros se unam para derrotar o inimigo!
(Por Antônio Matos)
Um ano de sofrimento, dor, pânico e terror. Esse é o cenário que se projetou em 2020 em consequência do terrível coronavírus e ainda ameaça se estender ao longo de 2021, se não tivermos medidas eficazes por parte dos governos mundiais em relação à vacinação da população, principalmente dos países mais pobres.
O mundo ficou em choque com a pandemia que impactou a vida das pessoas, dos seguimentos sociais, serviços, empresariais e produtivos. Deixando profundas marcas, mexendo e alterando a vida das pessoas. Infelizmente neste ano que se vinda não temos o que comemorar a não ser chorar as mais de 187 mil mortes advindas do coronavírus.
Apesar de todo o empenho e progresso alcançando pela comunidade científica mundial no desenvolvimento das vacinas, a ignorância humana persiste, principalmente nos países em que seus líderes são negativistas e conservadores aos extremos e nos dias de hoje divinam as instituições e tentam de todas as formas deixar de lado a laicidade do estado.
Essa guerra ideológica do governo federal ao discriminar a Coronavac é uma aberração, uma das vacinas mais avançadas do mundo que usa o vírus inativado, tecnologia que o Instituto Butantã utiliza há muitos anos. O preconceito parte de uma ingenuidade sem precedentes. A China é o maior produtor de biotecnologia do mundo, para se ter uma ideia a fábrica de insumos da vacina AstraZeneca fica na China. O Brasil não produz matéria prima para fabricação dos seus remédios tudo é adquirido na China. Os ideólogos de plantão não sabem disso?
Dá pra acreditar?
Num mundo pandêmico atual o presidente Bolsonaro diz ironicamente que a pandemia está chegando ao fim, afirma que vivemos uma pequena ascensão e a pressa da vacina não se justifica, embora os números provem o contrário a média atual está acima de 700 mortes nessas últimas semanas no Brasil, dados oficiais do Ministério da Saúde.
Dá pra acreditar?
Se não fosse a plena intervenção do STF que definiu que quem não se vacinar vai sofrer sanções por parte do estado, o que seria dos que pensam, dos que usam a força da razoabilidade?
É comum aqui no Brasil pastores, políticos fundamentalistas especialmente aqui em Fortaleza fazerem citações de terceiros e propagarem a negação da vacina orientando seus fiéis a não tomarem os imunizantes sob pena de contraírem doenças no futuro, como aids e até câncer.
Dá pra acreditar?
Coube ao Ministério Público inquirir esse atores que atentam contra e lei, desafiam e estimulam as pessoas a desobedecer os decretos que minimizam o contágio do vírus na população. Isso é crime e deve ser combatido com o rigor da lei. Temos plena convicção de que Deus não passou procuração para esses pastores expandirem divergências no campo da ciência, tampouco no campo político. Compartilhar, se basear em citações sem comprovação de cientistas, sem consultar a fonte e a credibilidade, isso afronta a moral e a ética.
As populações mundiais necessitam amenizar os danos gerados pela pandemia principalmente no enfretamento ao empobrecimento das nações que sentem os efeitos e impactos da queda dos PIBs principalmente na China, Estados Unidos e Europa.
A ganância pela continuidade no poder político se acerca de fake news exacerbadas de declarações estapafúrdias de governos hipócritas que ignoram a democracia, atentam contra a ciência, se dizem puro na sua essência mas são impuros e possuem o manto da corrupção e da insensatez em suas lavras.
São esses que carregam em suas teias o veneno maldito da discórdia da divisão que causam e estimulam o ódio entre os povos e as nações.
Que neste ano de 2021 prevaleçam o bom senso, a união entre os brasileiros, a fim de que possamos derrotar esse vírus maldito e os seus defensores de plantão.
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Antônio José Matos de Oliveira é jornalista, consultor de empresas, diretor administrativo do Jornal do Comércio do Ceará (JCCE) e membro da Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba – Acla Capistrano de Abreu.