Projeto Costurando o Futuro chega ao Cristo Redentor
Este é o sexto equipamento do Costurando o Futuro, que promove atividades e profissionalização em corte e costura
A Prefeitura de Fortaleza entregou nesta terça-feira (14/06), o novo ateliê colaborativo do projeto Costurando o Futuro, localizado no Centro Social Urbano (CSU) Governador Virgílio Távora (Cristo Redentor). Este é o sexto equipamento do tipo, sendo o segundo em formato de contêiner, e que disponibiliza máquinas de costura para promover a inclusão produtiva, economia criativa e o desenvolvimento econômico do entorno.
Para o vice-prefeito Élcio Batista, o Costurando o Futuro é uma iniciativa que alia a geração de emprego e renda com a atividade da moda, que possui uma longa tradição no estado do Ceará.
“Nós cearenses temos uma história relacionada com a moda, desde o Ciclo do Couro, e esta foi a primeira indústria que se desenvolveu aqui. Essa tradição compõe parte da riqueza da cidade de Fortaleza e, nesses locais, quando criamos programas de incentivo, as pessoas sempre agarram as oportunidades de se profissionalizar e conseguir renda por meio da moda”, destacou Élcio Batista.
A iniciativa, realizada por meio da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), segue a lógica de coworking, ou seja, um espaço compartilhado e colaborativo, porém gratuito e voltado para as atividades de corte e costura, produzido por pessoas em situação de vulnerabilidade social. Dessa forma, o Cristo Redentor foi reconhecido pela SDE como um pólo de produção de costura, e devido a demanda existente de aluguel de equipamentos, a população passou a contar com as máquinas em sistema de revezamento.
De acordo com Rodrigo Nogueira, titular da SDE, o projeto Costurando o Futuro é um destaque dentro das iniciativas da pasta, atraindo pessoas de diversos locais para usar as máquinas e realizar oficinas de capacitação.
“O projeto Costurando o Futuro é realmente um queridinho, sempre as pessoas pedem para que o projeto vá ao bairro delas. E isso acontece porque o projeto é ‘renda na veia’, muitas pessoas já saem daqui sabendo realizar alguns serviços ou com produtos de moda para vender”, comentou o secretário.
Com a iniciativa, Fortaleza sai à frente em relação a outras capitais, não apenas pelo espaço que promove a inclusão e a independência financeira, mas por atingir principalmente mulheres que possam sofrer de violência patrimonial. As usuárias também podem trocar experiências entre si e formar uma rede de contatos.
Nadyegida Barbosa, coordenadora do Costurando o Futuro, pontuou que o projeto tem por objetivo congregar o exercício da costura com um forte empenho em promover mais cidadania e a geração de emprego e renda. “Quando instalamos um atelier desse numa comunidade, realizamos um estudo prévio para avaliar o impacto social que ele trará a comunidade. Além disso, é bom reforçar que o uso das máquinas é gratuito e aberto a todos. Quando realizamos oficinas nesses espaços, as pessoas adquirem novos conhecimento e já saem com a sabedoria para fazer um dinheirinho a mais”, salientou Nadyegida.
Patrícia Celestino é doméstica e moradora do Cristo Redentor. Ela disse que estava encantada com a estrutura do projeto e aproveitou a inauguração para já realizar sua reserva para utilização das máquinas de costura.
“Eu não tenho tanta experiência em costura, mas realizo alguns trabalhos de retalhos e sei utilizar a máquina reta. Eu sei porque minha mãe era costureira, e eu sempre tive muita vontade de aprender, só que os cursos eram muito caros. Nesse espaço, acredito que vou conseguir crescer mais no meu trabalho com a costura e também, quem sabe, conseguir um dinheirinho a mais”, relatou Patrícia.
O ateliê disponibiliza máquinas profissionais do tipo: reta, overloque, galoneira, bordado e máquina de corte. Em Fortaleza, os equipamentos estão localizados no Centro de Referência do Bom Jardim, no Vila União, na Pracinha da Cultura do Ancuri, no Cuca Jangurussu, Pracinha do Vila Velha, no Cristo Redentor, e, na sequência, será inaugurada uma nova estrutura no bairro José Walter.
Maria de Fátima de Oliveira é uma costureira que já participou de outra unidade do projeto Costurando o Futuro no bairro Bom Jardim. De acordo com a dona de casa, o projeto foi fundamental para que ela e outras pessoas do bairro melhorassem de vida.
“Eu tenho experiência com costura desde os meus 18 anos, mas com o projeto aprendi a levar isso de forma mais profissional. É uma iniciativa maravilhosa, pois eu trouxe muita renda para casa com vestidos, tapetes e almofadas. Além disso, todas as mulheres que fizeram as atividades comigo também ficaram muito mais contentes fazendo os serviços de costura”, comentou dona Fátima.
Serviço:
Ateliê colaborativo do Projeto Costurando o Futuro
Funcionamento: segunda a sexta-feira
Horário: 8h às 17h
Local: CSU – Governador Virgílio Távora (Avenida Monsenhor Hélio Campos, 178 – Cristo Redentor)
Agendamento: WhatsApp: (85) 9.8739-3052 (não recebe ligações)