Problemas respiratórios e asma: cuidados para o tratamento devem começar na infância
Basta uma pequena mudança climática para os primeiros sintomas de problemas respiratórios aparecerem: coriza, dor de garganta, dor no ouvido, febre e cansaço.Nas crianças, esses indícios de resfriado ou gripe são mais comuns e acentuados por conta do baixo sistema imunológico. Além das viroses, outras patologias mais graves, como a asma, se acentuam em determinada épocas do ano sempre associadas ao clima.
Dificuldade na respiração, falta de ar, sintomas alérgicos, tosse seca, chiado e sensação de opressão no peito. Esses são os principais sintomas da asma (bronquite ou bronquite asmática), doença vista hoje como síndrome (por ter várias etiologias) e que atinge parcela significativa da população no mundo, sendo responsável por média de 400 mil internações hospitalares por ano. Essa patologia crônica que atinge os pulmões e as vias aéreas se manifesta principalmente na infância e, se não tratada, pode trazer complicações ao paciente. O dia 21 de junho de cada ano busca alertar sobre os cuidados para conviver com a doença.
A causa da asma é multifatorial. Pode estar relacionada a fatores genéticos, ambientais, fumaça de cigarro, poeira doméstica e ácaros, por exemplo. A doença se manifesta por outros fatores: infecção das vias respiratória causada por vírus, através do uso de medicamentos e outros. Outro fator que pesa é o da hereditariedade, tornando os filhos suscetíveis à doença. O tabagismo é um outro fator muito presente, devendo ser evitado.
“Infelizmente, não existe cura para a asma ainda, mas o paciente pode conviver tranquilamente com a doença tomando alguns cuidados básicos. Além do uso correto das medicações, deve-se sempre estar em alerta quando as crises aparecerem, sempre aconselhamos evitar o contato direto com os fatores desencadeantes como poeira doméstica, pelos de animais, perfumes fortes, cheiro de certos produtos de limpeza. Ao evitar essa exposição, o paciente pode conseguir manter a doença sob controle”, alerta Dr. Bernardo de Paiva Jr, especialista em pneumologia da Clínica Alberto Lima.
Quanto ao tratamento, ele é preventivo e para o alívio imediato das crises: uso de medicamentos em spray (bombinhas), tratamentos a longo prazo, como corticoides inalatórios, fisioterapia respiratória, controle das co-morbidades e em alguns casos, as vacinas.
Asma infantil
Nas crianças, os cuidados devem ser redobrados. Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte das internações registradas por asma, é em crianças. Asma noturna e mudanças de temperatura chamam atenção de especialistas no tratamento infantil. Acredita-se que a asma noturna acontece devido ao aumento da exposição aos alérgenos, ao resfriamento das vias aéreas, a posição reclinada ou até mesmo pelas secreções hormonais. O choque de temperaturas é uma mudança bastante agressiva para quem tem as vias respiratórias mais sensíveis, como as crianças com asma infantil. A mudança do calor para o frio pode desencadear uma resposta na mucosa brônquica que, por meio de estímulos nos receptores nervosos de temperatura ou pela liberação de substâncias alergênicas, pode desencadear uma crise.
O tratamento deve ser feito sempre de forma precavida e independe de faixa etária. Todo cuidado é pouco!