Prévia da inflação fica em 0,52% em abril, na Região Metropolitana de Fortaleza
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,52% em abril, na Região Metropolitana de Fortaleza, com desaceleração ao situar-se 0,53 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em março (1,04%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,53% e em 12 meses, de 7,57%, acima dos 7,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2020, a taxa foi de 0,02%. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo IBGE.
Os grupos vestuário (1,09%), artigos de residência (1,08%) e transportes (1,08%) tiveram as maiores influências no índice. No primeiro grupo, houve aceleração se comparado ao resultado negativo do mês anterior (-0,23%). Já nos outros dois, o processo foi de desaceleração em relação a março, quando as variações foram de 1,23% e 3,33%, respectivamente.
No vestuário, destacam-se o crescimento dos itens de joias e bijuterias (3,15%) e roupas femininas (1,96%). Apenas as roupas infantis registraram queda em abril (-0,28%).
Em artigos de residência destacou-se a alta nos refrigeradores (4,40%). Por outro lado, houve queda no item ar-condicionado (-1,99%).
Nos transportes, a gasolina teve alta de 2,89%, desacelerando no comparativo ao registrado em março (9,62%). Já as passagens aéreas voltaram a apresentar alta, 2,35%, após a retração de -6,45% de março.
Os alimentos tiveram variação de 0,15%, inferior à alta de março (0,54%). A alimentação no domicílio passou de 0,24% em março para 0,27% em abril. E o café da manhã ficou mais caro com a alta do pão francês (3,34%) e da margarina (3,06%), após o 0,56% e 0,67% registrado em março, respectivamente. Os peixes palombeta (4,86%) e serra (4,17%) também tiveram aceleração no preço no comparativo com o registrado em março.
As maiores altas registradas em abril foram nas frutas: laranja-pera (14,70%) e manga (13,02%). Já as maiores quedas foram registradas nos itens maracujá (-19,60%) e cenoura (-15,53%).
Ainda no setor de alimentos, outro destaque é a queda de -0,21% na alimentação fora do domicílio. O preço da cerveja (0,64%) desacelerou se comparado a março (2,22%). Os lanches registraram queda em abril de -2,01%, após os 3,50% registrados em março.
No grupo de saúde e cuidados pessoais (0,55%), destacou-se a alta nos preços de anti-inflamatórios e antirreumáticos (4,87%), após a queda registrada em março (-1,74%).
Também registraram alta os grupos habitação (0,15%), educação (0,51%) e comunicação (0,37%).
O único grupo com retração em abril foi o de despesas pessoais (-0,14%), após registrar alta de 0,26% em março. Nesse grupo, destacaram-se as quedas nos serviços de hospedagem (-3,68%) e manicure (-3,04%).
Todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em abril. O maior resultado foi observado em Brasília (0,98%), especialmente em função da alta no preço da gasolina (8,37%). A menor variação, por sua vez, foi registrada na região metropolitana de Belém (0,39%), influenciada pela queda no preço do arroz (-5,25%).
Os preços do IPCA-15 foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 15 de março de 2021 (base).
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor – SNIPC produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor. Com divulgação na Internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência e na abrangência geográfica.
Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.