“Pior dor do mundo”: Jovem brasileira com doença sem cura quer eutanásia no exterior

A neuralgia do trigêmeo é considerada a pior dor mundo e é causada por uma disfunção neurológica, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

A estudante de veterinária de 27 anos, Carolina Arruda, enfrenta a neuralgia do trigêmeo, conhecida pela ciência como a “pior dor do mundo” e compartilha a sua rotina mostrando as crises de dores no TikTok, chamou a atenção após decidir sair do Brasil para ser submetida à eutanásia ou suicídio assistido.

No Brasil, tanto a eutanásia, quanto o suicídio assistido são proibidos podendo ser enquadrados em homicídio doloso.

Uma história com crises de dor

Carolina teve a primeira crise aos 16 anos na casa de sua avó, descrita por ela como “semelhante a um choque, uma facada. Na hora, eu não conseguia falar nada, só gritava e chorava”, nas redes sociais.

“Eu sinto dor 24 horas por dia. Nos últimos dois anos, piorou muito. Só consigo ficar em pé por alguns minutos, não consigo trabalhar ou estudar. Meu marido é quem me dá banho“, conta Carolina.

A jovem mora no interior de Minas Gerais e abriu uma vakinha online para arrecardar dinheiro para viajar à Suíça e realizar o procedimento.

Busco apenas paz e alívio. [A eutanásia] está mais relacionada com empatia, com fornecer uma morte digna para a pessoa. Se fosse legalizada no Brasil, eu já teria feito”, conta a jovem no pedido de arrecadação na internet.

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Jovem busca alívio e paz na eutanásia (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O que é a Neuralgia do Trigêmeo

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a condição é crônica e os tratamentos que buscam aliviar as dores são limitados, o que gera crises intensas e muito frequentes.

A neuralgia do trigêmeo é uma condição neurológica que não tem cura e causa dores intensas e constantes no rosto. Essas crises de dor podem ser desencadeadas por atividades cotidianas como mastigar, falar ou até mesmo tocar o rosto”.

A dor é causada devido a uma disfunção do 5º nervo craniano, o nervo trigêmeo, responsável por transportar informações do rosto ou cérebro, quando há essa alteração, que geralmente é o posicionamento anormal de uma artéria, o nervo sofre estimulações para a dor, causando explosões agudas e repetidas de dor excruciante”.

Viver com essa condição é muito complicado, principalmente por haver uma disponibilidade limitada de tratamentos que amenizem as dores, podem ser usados anticonvulsivantes, realizadas cirurgias de descompressão vascular, anestésicos, bloqueio nervoso, uso de cannabidiol, entre outros, mas com eficácia limitada ao longo do tempo”, explica Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

O que é a eutanásia e como ela é feita?

A eutanásia é o ato intencional de terminar a vida de uma pessoa para aliviar seu sofrimento insuportável causado por uma doença incurável ou condição terminal, seu nome vem do grego “eu” (bem) e “thanásia” (morte), ou seja, boa morte, morte tranquila.

Geralmente é realizada por um médico administrando uma dose letal de medicamentos, garantindo uma morte rápida e indolor,mas essa ingestão também pode ser feita pelo próprio paciente.

Esta prática é legal apenas em poucos países do mundo onde estritas regulamentações e diretrizes éticas são seguidas para assegurar que seja uma escolha voluntária e bem fundamentada.

Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e  HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 250 artigos científicos e 23 livros.

Créditos: Dr. Fabiano de Abreu Agrela (Helder Couto) Foto Ilustrativa (Reprodução/Redes Sociais)

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