Pesquisa YouGov aponta 64,3% dos brasileiros planejam fazer compras na Black Friday
A pesquisa, elaborada pela YouGov, multinacional especializada em pesquisa de mercado on-line, revela ainda os desafios que as marcas terão que enfrentar neste período, que são os motivos apontados pelos entrevistados, que relataram experiências negativas que tiveram em edições anteriores. O estudo afirma que 26,2% dos brasileiros que já participaram de edições anteriores da Black Friday visitaram lojas físicas lotadas e desconfortáveis. Esse é o problema que mais incomoda os consumidores do país durante esse evento comercial. Outro quarto do público disse ter tentado comprar um produto, mas ele não estava mais em estoque ou não o tinham em estoque com as características que desejava.
Pouco mais de um quinto dos brasileiros afirmam que, nas promoções da Black Friday, descobriram que as lojas (tanto on-line quanto físicas) estavam tão lotadas que não conseguiram concluir a compra, e 13,4% reclamaram de ter encontrado “condições ocultas” nos descontos que queriam usar para comprar. Notavelmente, quase três em cada 10 consumidores pesquisados dizem não ter encontrado nenhum dos problemas apresentados pela Surveys, a principal opção no censo. Esse número sugere, portanto, que a experiência de compra tem sido positiva para uma grande parte dos brasileiros.
David Eastman, diretor-geral e comercial da YouGov na América Latina, avalia que curiosamente, os brasileiros que mais relatam ter enfrentado problemas durante a Black Friday são aqueles que acreditam que há descontos genuínos nessa campanha, embora não sejam os melhores do ano. Um percentual de 9,1% desses consumidores dizem que já tiveram problemas para pagar (foram cobrados em dobro ou o preço não correspondia ao anunciado), em comparação com 6,6% da média. 28,7% desses consumidores também tiveram o produto que queriam indisponível, um incômodo estatisticamente mais frequente do que o do comprador médio (24,6%).
“A idade também parece estar relacionada a determinados problemas ao longo da Black Friday. Por exemplo, os jovens de 18 a 24 anos têm maior probabilidade de dizer que foram cobrados mais de uma vez, ou o valor errado, ao participar do evento. Por outro lado, os adultos com idade entre 45 e 54 anos são estatisticamente mais propensos a reclamar de lojas físicas lotadas ou de condições ocultas em descontos e promoções. Os consumidores com mais de 55 anos, por outro lado, parecem ter tido as melhores experiências com a campanha, com quase a metade relatando não ter tido problemas com nenhuma das questões analisadas pelas pesquisas”, afirma.
Intenção de compras na Black Friday 2023
Em comparação com as edições anteriores, os gastos também permanecerão nos mesmos níveis: 42,8% dos consumidores que fizeram compras em anos anteriores durante a Black Friday e que farão compras agora dizem que gastarão aproximadamente o mesmo que antes.
Em termos de confiança, a Black Friday ainda mantém uma reputação relativamente boa entre os brasileiros. Apenas um quinto dos entrevistados afirma que o evento não oferece descontos reais aos consumidores. Ao mesmo tempo, apenas 37,4% acreditam que a campanha de compras representa a melhor época de pechinchas do ano. O estudo também destaca que os compradores com mais de 55 anos são os mais céticos em relação à autenticidade da Black Friday.
Em termos de intenção de compra, quase metade dos brasileiros que planejam participar da Black Friday 2023 pretende comprar produtos da categoria de roupas, calçados ou acessórios, a mais popular entre as analisadas pela Surveys. O segundo tipo de produto mais popular a ser comprado durante a campanha comercial é o de eletrodomésticos, seguido por produtos de tecnologia (incluindo telefones celulares, tablets, laptops e smartwatches), cada um com mais de 33% da preferência.
“Em geral, os brasileiros que planejam gastar mais na Black Friday também são estatisticamente mais propensos a dizer que comprarão quase todas as categorias de produtos analisadas, refletindo um maior apetite para comprar. No entanto, essa diferença é particularmente perceptível nas categorias de roupas, calçados e acessórios, tecnologia, eletrodomésticos, jogos e brinquedos, e videogames e consoles”, analisa David Eastman.