Se, em meio à empolgação com os Jogos Olímpicos de 2024, você tem cogitado embarcar para outro país para acompanhar as competições futuras, saiba que não está só: em uma pesquisa recente em celebração ao evento, 76,2% dos brasileiros entrevistados revelaram ainda ter planos de torcer pela seleção fora do Brasil, embora sejam desanimados pelos altos custos da viagem, a dificuldade com outras línguas e certa falta de planejamento — na visão dos ouvidos, os três maiores obstáculos para a realização do sonho.
Os dados são da Preply, plataforma que, nas últimas semanas, buscou entender as experiências e relações dos torcedores com o campeonato, entre detalhes como as modalidades esportivas favoritas e os atletas mais inspiradores. À especialista em idiomas, os respondentes ainda adiantaram as seleções nas quais mais estarão de olho nesses últimos dias de evento: os Estados Unidos, a Argentina e a França — que sedia a competição este ano.
Dos esportes às seleções: como os brasileiros vêm assistindo às Olímpiadas
Sendo os brasileiros uma nação apaixonada por esporte, não parece equivocado dizer que o estudo da Preply apenas confirma o que jornais e veículos de notícia já vêm antecipando há alguns meses: mesmo em meio às ocupações do dia a dia, boa parte da população têm feito questão de acompanhar as seleções na disputa pela medalha olímpica na “cidade das luzes”.
Engana-se quem pensa, no entanto, que tamanha empolgação se limite aos jogos e competições. Isso porque, embora assistir a esportes como atletismo e natação estejam, de fato, entre os principais planos dos respondentes, o que não falta são interessados na cerimônia de abertura e encerramento do evento (66%), histórias inspiradoras de superação dos atletas (34,6%) e, ainda, trocas culturais entre representantes de diferentes partes do mundo (27%).
Por falar nas demais seleções, de acordo com os entrevistados, três delas têm estado sob os olhos dos brasileiros em particular: a estadunidense, dos quais se tornaram conhecidos nomes como Simone Biles e Michael Phelps, os franceses, famosos por Teddy Riner e Marie-José Pérec, e os argentinos, craques nas modalidades de boxe e vela.
Prestigiar a seleção em outro país? Tô dentro!
Mas, afinal, em meio à tanta animação com os jogos, quantas pessoas estariam de fato dispostas a viajar para fora a fim de acompanhar a seleção brasileira competindo com os concorrentes? Aparentemente, muita gente… mesmo que o desejo, por envolver certa organização financeira, ainda não caiba no orçamento.
À Preply, por exemplo, 7 em cada 10 entrevistados revelaram ainda ter vontade de viver a experiência como torcedor fora do Brasil, parcela mais expressiva que a dos desinteressados (9,4%) ou, ainda, aqueles que deixaram para trás o interesse em sair do país para prestigiar os representantes nacionais (14,4%).
Ainda assim, como já era de se imaginar, diversos obstáculos parecem, senão impedir, fazer com que os respondentes acabem deixando essa viagem para depois — como o alto custo da viagem (88,6%) e a falta de planejamento e organização (29,2%), que se unem a uma outra dificuldade comum: se comunicar em outra língua (29,4%).