O que é RDB e qual a diferença em relação ao CDB?
Se você está em busca de títulos para diversificar sua carteira em renda fixa, o RDB pode ser uma boa opção.
O RDB se parece com um outro título bastante conhecido, o CDB. Isso porque ambos são títulos de renda fixa que instituições financeiras emitem.
No entanto, os dois possuem algumas diferenças como, por exemplo, a liquidez. Por isso, antes de escolher entre os dois, é preciso considerar qual se encaixa melhor em seus planos.
O que é RDB?
RDB é a sigla de Recibo de Depósito Bancário. Sendo que ele é um dos títulos de renda fixa mais conhecidos no mercado.
A sua emissão ocorre por meio de instituições financeiras que querem captar recursos para as suas atividades.
Sendo assim, ao investir em RDBs, o investidor está emprestando o seu dinheiro para uma instituição. Em troca, ele recebe uma taxa de juros. Algumas características do RDB são:
1- Risco baixo: O RFB é coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Em resumo, o FGC devolve até R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de calote.
2- Rendimento acima da poupança: O retorno oferecido pelo RDB é bem acima da poupança.
3- Valor mínimo: O valor mínimo para investir em um RDB varia de acordo com o título. Mas, normalmente, o valor mínimo é bastante acessível e fica em torno de R$ 1.000.
Como funciona?
O RDB funciona como um título de renda fixa, cuja rentabilidade pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida. Na prefixada, o investidor sabe desde o momento da aplicação, qual será o retorno.
Ou seja, existe uma certa previsibilidade. Já a taxa pós-fixada varia de acordo com o indexador. Isso significa que o retorno pode ser maior ou menor, segundo a variação do indexador.
Por fim, temos ainda os títulos híbridos. Neste caso, uma parte do retorno é prefixada e outra parte é pós-fixada. Assim como outros títulos de renda fixa, o RDB segue a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR).
Dessa maneira, aplicações com até 180 dias, têm uma alíquota de 22,5%. De 181 a 360 dias o IR é de 20%. De 361 a 720 dias, a alíquota fica em 17,5%.
Por fim, acima de 721 dias o IR chega à taxa mínima de 15%. Existe também o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Contudo, ele só é descontado se você fizer o resgate antes de 30 dias desde a aplicação.
Semelhanças entre RDB e CDB
Como as siglas RDB e CDB são parecidas, é preciso tomar cuidado para não confundir os dois tipos de títulos. Isso porque, apesar de terem um funcionamento parecido, os dois são diferentes.
Como eu disse antes, o RDB é o Recibo de Depósito Bancário. Já o CDB é o Certificado de Depósito Bancário. Os dois são títulos de renda fixa que instituições financeiras emitem.
Além disso, ambos servem como uma maneira das instituições captarem recursos para viabilizar suas atividades cotidianas.
Desse modo, as instituições podem usar esse dinheiro para conceder empréstimos e financiamentos, por exemplo.
O RDB e o CDB também se parecem em relação ao rendimento e os impostos cobrados. Por fim, os dois também são cobertos pelo FGC.
Diferenças entre RDB e CDB
Apesar das muitas semelhanças, o RDB e o CDB possuem algumas diferenças. Primeiramente, temos a diferença em relação à instituição emissora.
Isso porque os RDBs podem ser emitidos por bancos, cooperativas e sociedades de crédito e financiamento. Já os CDBs são emitidos por bancos.
Essa diferença de emissor faz com que os dois títulos também sejam diferentes em relação à disponibilidade. Os CDBs são emitidos por mais instituições. Logo, eles podem ser encontrados com maior facilidade.
Por outro lado, você pode ter uma quantidade menor de opções de RDBs ao investir. Isso ocorre, pois eles são oferecidos por bancos com menor frequência, geralmente, são as cooperativas de crédito que fazem a sua emissão.
De maneira geral, o investidor deve ficar com o título de RDB até o vencimento. Dessa forma, se você investir nesse tipo de título, esteja preparado para ficar com ele até o fim do prazo.
Sendo que eles são inegociáveis e intransferíveis. Ou seja, não ocorre a negociação no mercado secundário. Muitos CDBs também não permitem o resgate antecipado.
Mas você pode encontrar alguns CDBs que possibilitam o resgate antes do vencimento e títulos com liquidez diária.
Além disso, muitas vezes eles podem ser negociados no mercado secundário e serem vendidos para outros investidores.
Qual título é melhor?
Agora que você sabe que apesar de serem bem parecidos os RDBs e os CDBs possuem diferenças marcantes, talvez você esteja se perguntando qual é o melhor. O fato é que nenhum dos dois é melhor que o outro.
São títulos diferentes, que atendem a necessidades diversas. Para saber qual dos dois é melhor para a sua situação em específico, leve em conta os seus objetivos com a aplicação.
Isso é importante, pois os dois títulos têm liquidez e disponibilidade diferentes. Por exemplo, o RDB pode ser mais vantajoso para as pessoas com objetivos de prazo mais longo.
Isso porque, elas poderão manter o título até o fim do prazo. Sendo que, como o RDB não tem liquidez, ele pode oferecer uma taxa de juros mais alta do que um CDB.
Além dos seus objetivos, vale a pena levar em conta o seu perfil de investidor. Os dois são títulos de renda fixa com proteção do FGC. Logo, ambos possuem um baixo risco. Entretanto, a baixa liquidez é um risco.
Como investir?
O primeiro passo para investir em RDB é verificar se este é o melhor ativo para o seu perfil e objetivos. Existem muitas outras opções de títulos de renda fixa. Portanto, tenha a certeza de escolher o título adequado.
Depois disso, você deve abrir uma conta em uma corretora de valores como, por exemplo, a iSaEx. Faça uma transferência, analise os títulos disponíveis e invista.