“O dia em que a Terra parou”
A situação em que as pessoas vivem hoje no mundo, em decorrência do coronavírus (COVID-19), faz Lembrar a música de grande sucesso na década de 70, do cantor e compositor Raul Seixas: “Foi assim no dia em que todas as pessoas do planeta resolveram não sair de casa”. Para conter o avanço da pandemia autoridades decretaram que as pessoas devem permanecer em casa para evitar a propagação do vírus que já levou milhares de cidadãos à morte, não só no exterior, mas também aqui no Brasil.
Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19, após casos registrados na China. Só na cidade de Wuhan o vírus matou mais de 3 mil pessoas, embora hoje, devido ao bom desempenho do serviço de saúde daquele país, a situação esteja aparentemente controlada. Na Itália já morreram mais de 10.000 pessoas, na Espanha mais de 7.000, principalmente gente do grupo de risco, como pessoas com idade acima de 60 anos e indivíduos com fraco sistema imunológico.
Os Estados Unidos agora têm o maior número de casos confirmados de coronavírus no mundo, passando a China, segundo dados coletados pela Universidade Johns Hopkins e pelo jornal New York Times.
O número de casos confirmados de covid-19 nos Estados Unidos passou de 100.000
O Ministério da Saúde divulgou recentemente dados que mostram que as mortes no Brasil já chegam a mais de 136. Já as pessoas contaminadas com o vírus passou de 4.000.
No mundo mais de um bilhão de pessoas estão confinados em suas casas por conta do coronavírus. Esse vírus deixou pelo menos milhares de vítimas fatais em todo planeta.
Em entrevista à imprensa o presidente Bolsonaro criticou alguns governadores por tomarem decisões extremas nas ações para evitar a propagação do vírus. “Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia”, declarou. “A vida continua, não tem que ter histeria”, acrescentou.
Saúde e economia são dois fatores inseparáveis, visto que sem uma população saudável é impossível uma economia desenvolvida. A saúde da economia está intrinsicamente vinculada à saúde da população, uma vez que povo doente jamais conseguirá promover uma economia forte e saudável.
Líderes evangélicos aliados do governo Bolsonaro, saíram em defesa dele, citando trechos da Bíblia Sagrada e erroneamente tentam persuadir as pessoas a permanecerem nos templos em busca de milagres. Se não fosse a intervenção da Justiça esses pastores já teriam infectados milhares de fiéis. Tem deles que na sua pregação usam uma referência bíblica atribuindo à espada de Deus como castigo pelo que está acontecendo.
Dá pra acreditar?
Os esforços dos governadores e prefeitos, como o exemplo de Camilo Santana, do Ceará, e sua equipe, que tentam conter a força contagiosa da Covid-19 com restrições drásticas em relação à circulação da população da capital e do interior, usam o fechamento do comércio, de escolas, fábricas, bares, restaurantes e outros locais para trazer resultados positivos, mediante o isolamento social orientado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo previsão da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a economia brasileira poderá ter contração de 4,4% em 2020, com riscos de que seus efeitos sejam sentidos até o ano 2023.
Essas restrições que hora ocorrem, embora necessárias, vão impactar em recessão e demissões, no fechamento do comércio, notadamente vai gerar desemprego no setor varejista e de turismo, bares e restaurantes. Na área cultural já se tem sentido os efeitos dessas medidas restritivas e as companhias aéreas, as mais afetadas agora, dependem de medidas governamentais para estabilizar a crise que ainda pode se estender até o mês de agosto.
É preciso encarar o problema com responsabilidade e acompanhar as medidas tomadas pelos países do resto do mundo, principalmente aqueles que estão enfrentando o problema com resultados positivos, nesse momento de risco à saúde da população, quando devem ser colocadas providências em primeiro lugar, independente de posições políticas e discursos ideológicos, afinal de contas a economia se recupera e a vida não.