No Ceará, setor de serviços cresce em número de empresas, receita bruta e pessoal ocupado, nos últimos 10 anos

** O Ceará tinha 29 mil empresas prestadoras de serviços não financeiros em 2018.

** O Ceará tinha 29 mil empresas prestadoras de serviços não financeiros em 2018.

** A receita bruta de prestação de serviços naquele ano foi de 32 bilhões. A maior parte dessa receita é oriunda dos serviços profissionais, administrativos e complementares (30,9%).

** O setor de serviços não financeiros ocupava 344 mil pessoas no Estado, em 2018, com um salário médio mensal de 1,74 salários-mínimos.

No Ceará, as 29 mil empresas prestadoras de serviços não financeiros investigadas na Pesquisa Anual de Serviços – PAS auferiram, em 2018, uma receita bruta de R$ 32 bilhões, sendo 30,9% proveniente dos serviços profissionais, administrativos e complementares.

Esses são dados da Pesquisa Anual de Serviços divulgada hoje (27) pelo IBGE.

Participação dos segmentos da PAS no total da receita bruta de prestação de serviços – 2018

No ranking nacional de receita bruta nas empresas de serviço, o Ceará ganhou participação no comparativo 2009-2018, indo de 1,6% de participação para 1,8%, ficando em 11º entre as Unidades da Federação. Já no ranking da Região Nordeste, os 32 bilhões de receita bruta do Ceará representam uma participação de 17,3%, atrás apenas de
Bahia (31,4%) e Pernambuco (21,6%).

Na passagem de 2009 para 2018, o Ceará foi o Estado que mais aumentou sua participação, com incremento de 2,1 p.p, enquanto a Bahia reduziu a sua participação em 2,9 p.p.

Participação das Unidades da Federação na receita bruta de prestação de serviços -Região Nordeste – 2009-2018


Serviços prestados às famílias concentram 16% da receita bruta de serviços do Estado

Os serviços prestados principalmente às famílias, que englobam a prestação de serviços pessoais, alojamento, alimentação, ensino continuado e atividades culturais, representava 16% da receita bruta de prestação de serviços, um crescimento de 4,8 p.p. no comparativo 2009. Contribuiu para este resultado a prestação de serviços de alojamento e alimentação, que com receita bruta de R$ 3,8 bilhões representava 74,8% da receita de serviços prestados às famílias e 12% da receita bruta de serviços no Estado, avançando 3 p.p. no período de dez anos.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares concentravam 30,9% da receita bruta do Estado. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio concentravam 23,9%, com maior contribuição do transporte rodoviário, que teve contribuição de R$ 3,8 bilhões.

Serviços de informação e comunicação contribuiu com 19,7% da receita bruta do Estado. As atividades imobiliárias, que correspondem à compra/venda/aluguel bem como os serviços de intermediação neste processo, concentraram 3,5% da receita bruta, com crescimento de 1,2 p.p. entre 2009 e 2018.

A prestação de serviços de manutenção e reparação mantiveram sua fatia
praticamente estável entre 2009 e 2018, variando 0,2 p.p. e acumulando 1,6% da receita bruta em 2018.

Finalmente, as outras atividades de serviços, as quais representam atividades não enquadradas anteriormente – como serviços auxiliares da agropecuária, financeiros, atuariais e de coleta/tratamento de esgoto – somaram 6% da receita bruta.

Serviços profissionais, administrativos e complementares ocupava 161 mil pessoas

O número de pessoas ocupadas nos serviços cresceu em 125 mil nos últimos 10 anos. Em 2018, o setor de serviços não financeiros ocupava 344 mil pessoas no Estado.

O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares registrou a maior participação no emprego, sendo responsável por 46,9% do pessoal ocupado, seguido dos segmentos de serviços prestados principalmente às famílias (23%), de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14%) e de serviços de informação e comunicação (7,9%).

Os demais setores (atividades imobiliárias; serviços de manutenção e reparação; e outras atividades de serviços) empregam um número relativamente menor de pessoas, sendo responsáveis, respectivamente, por 2,4%, 2,7% e 2,9% do pessoal ocupado.

O segmento de serviços prestados principalmente às famílias, apesar de ter registrado aumento absoluto em pessoal ocupado (28 mil), apresentou leve perda de participação no total, passando de 23,37%, em 2009, para 23,8% em 2018. O mesmo observou-se em serviços de manutenção e reparação, com crescimento absoluto de 2.532 pessoas ocupadas, e queda de o,4 p.p na participação total de pessoas ocupadas.
Por outro lado, o seguimento de outras atividades teve uma redução de 658 pessoas ocupadas nos últimos 10 anos, com uma perda de 1,98 p.p. na participação total do Estado.

Distribuição de percentual de pessoal ocupado nas empresas prestadoras de serviços não financeira, Ceará (%)

No ranking nacional de pessoal ocupado, o Ceará é o 10º estado, com participação de 2,7%. O Estado com maior participação nesse ranking foi São Paulo, com 35,6%.

O salário médio no setor é de 1,74 salários-mínimos

O salário médio nas empresas prestadoras de serviços não financeiros foi de 1,74 salários-mínimos (s.m.) em 2018. Houve crescimento nos últimos 10 anos, nos seguimentos serviços prestados às famílias, que passou de 1,1 a 1,4 s.m.; nos serviços profissionais, administrativos e complementares, que foram de 1,6 a 1,7 s.m.; e serviços de manutenção e reparação que passaram de 1,3 a 1,4 s.m.

A maior queda no salário médio foi registrada no seguimento dos serviços de informação e comunicação, que passaram de 3,5 s.m. em 2009 para 2,5 s.m. em 2018.

No ranking nacional, o Ceará é o 17º do país em salários médios mensais, ganhando posições se comparado a 2009, quando ocupava a 22ª posição com um salário médio de 1,70 s.m.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

0 Compart.
Twittar
Compartilhar
Compartilhar