O mês internacional da limpeza de praias foi comemorado mês passado em setembro. Mas será que a data ainda se mantém na prática? Conversamos com o especialista, Eduardo Videla, que nos conta o que significa essa comemoração e toda sua conjuntura
A poluição dos mares é um dos maiores problemas ambientais causados pelo homem. Implementações de datas comemorativas que visam a limpeza e despoluição das águas e areias, chamam a atenção de especialistas como um avanço simbólico, mas que ainda há muito a ser feito.
Para Eduardo Videla, doutor em Biologia Marinha e Ambientes Costeiros, professor da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), a data comemorada com objetivo de limpar os mares no mundo todo, é um importante símbolo, sendo a praia a porta de entrada para o ambiente marinho. Seja um estuário, um mangue, uma baía, e o próprio mar aberto, mas que não basta apenas limpar as praias.
“Você limpa a praia hoje e na semana que vem, encontra-se vários resíduos novamente. É preciso um forte investimento em educação ambiental para que as pessoas tenham consciência disso,” informa.
A temática em relação a poluição dos mares é um assunto estudado por muitos pesquisadores. Em 2020, a pesquisa da agência cientifica australiana CSIRO’s Oceans and Atmosphere, indicou que há 14 milhões de plásticos aglomerados nas profundezas dos oceanos.
Com esta realidade apontada pelo estudo, vêm uma série de consequências que a poluição dos plásticos causa. Vilela exemplifica que a poluição é feita pelos banhistas e por outros movimentos, como as embarcações em águas internacionais que fazem o descarte de materiais e jogam lixo nos oceanos.
“A poluição da praia não é apenas visual como também funcional”, certifica.
O pesquisador aponta diversos danos que podem ser percebidos com os plásticos no fundo do mar.