Musicistas em diferentes situações tocam clássicos para estimular as pessoas a ficarem em casa
Cancelamento de shows, permanência em países onde iriam se apresentar e mudança de casa são algumas das situações vividas por artistas que estão gravando vídeos para a série #fiqueemcasa do Concertos Cripta |
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No intuito de estimular todos que puderem a permanecerem o máximo em suas casas, a série Concertos Cripta contatou algumas de suas atrações para retratarem suas realidades e executarem peças em pequenos vídeos feitos com seus celulares.
Saxofonista japonesa radicada em São Paulo há cinco anos, Aika Shimada está em Lima (Peru) desde março, quando iniciaria uma turnê pelo país. Os eventos foram cancelados e ela teve de permanecer por lá. Para a série de vídeos #fiqueemcasa ela enviou uma interpretação de “Desafinado” (Tom Jobim e Newton Mendonça).
Já a consagrada pianista Clara Sverner, 84, mudou-se temporariamente de seu apartamento em Copacabana para um sítio no interior do Rio de Janeiro. Lá está o primeiro piano que teve na vida (que ela ganhou aos cinco anos de idade, em 1942). No instrumento, Sverner tocou “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga.
Os vídeos são veiculados nas redes sociais do projeto Concertos Cripta no Facebook, Youtube e Instagram.
“Pensando em estimular as pessoas a ficarem em casa nesse momento, dando exemplo, alento e um entretenimento de alta qualidade ao público, tivemos a ideia de estimular os artistas que já tocaram na série e convidados a mostrarem em vídeos a música que estão fazendo em suas residência nesses dias”, afirma Camilo Cassoli, diretor do Concertos Cripta.
Foram recebidos e estão sendo publicados mais de 20 vídeos inéditos. Uma das marcas da série é a diversidade de estilos e do repertório. O contra-tenor Bruno Costa, por exemplo, interpretou um trecho de “Stabat Mater” (de Vivaldi), enquanto o regente Gabriel Soares, do grupo Madrequê, cantou “Paciência” (de Lenine).
A soprano Marli Montone, que se apresentaria no papel principal da ópera Aida (que foi adiada pelo Teatro Municipal de São Paulo) enviou uma gravação cantando um trecho de “Bachiana número 5” (de Heitor Villa Lobos).
Já Celina Charlier, flautista brasileira que mora em Nova York e estava em São Paulo, teve de adiar sua volta à cidade norte-americana por conta da pandemia também. Permanecendo em São Paulo, gravou um vídeo no qual interpreta “Dyloiá” (de Edmundo Villani-Côrtes) tocando quatro diferentes flautas ao mesmo tempo.
Série Concertos Cripta – A série de Concertos Cem Anos da Cripta da Catedral da Sé teve início em julho de 2019, com concertos gratuitos semanais em diversos espaços da Catedral da Sé, em São Paulo. Relacionando aspectos históricos do edifício, da cidade e dos povos de São Paulo com repertórios bastante diversos, já apresentou 30 atrações, dentre elas: Laércio de Freitas, Clara Sverner, Chico Brown, Coro Sinfônico de Goiania, Le Nuove Musiche, Fernandinho BeatBox, Celina Charlier, Coro da Aldeia Amba Verá, Pastoras do Rosário, Alessandro Penezzi, São Paulo Schola Cantorum e Mnemusik. Todos os concertos estão disponíveis para serem assistido na íntegra nos perfis da série no Youtube e Facebook. A Série de Concertos Cem Anos da Cripta da Catedral da Sé é realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, com o patrocínio: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp. Apoio da Catedral da Sé e da Associação de Amigos da Catedral da Sé. Realização: Estúdio Centro; Governo do Estado de São Paulo, a partir da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente; Governo Federal, a partir da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério da Cidadania. |