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MST celebra maior produção de arroz agroecológico da América Latina em meio aos desafios climáticos

Evento marcou a retomada da colheita de 14 mil toneladas de arroz agroecológico no Rio Grande do Sul, após enchentes históricas que devastaram a região

Na última quinta-feira, 20 de março, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) realizou a 22ª Festa da Colheita do Arroz Agroecológico no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão (RS). O evento reuniu cerca de 2 mil pessoas para comemorar a safra 2024/2025, que alcançou a marca histórica de 14 mil toneladas de arroz agroecológico, consolidando-se como a maior produção do grão na América Latina. A festa simboliza a resistência e a capacidade de sobrevivência das famílias assentadas, que superaram os impactos das enchentes de 2023 e 2024.

As enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2023 e 2024 causaram perdas significativas nas lavouras, com alguns assentamentos perdendo 30% da produção e outros, 100%. Apesar dos desafios, as famílias Sem Terra, com apoio do governo federal e das cooperativas, conseguem recuperar o solo e replantar as áreas afetadas. Foram semeados 2.850 hectares de arroz agroecológico e 800 hectares em processo de conversão, distribuídos em sete municípios: Viamão, Nova Santa Rita, Eldorado do Sul, Charqueadas, Guaíba, Tapes e São Gabriel.

Nelson Krupinski, presidente da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados na Região de Porto Alegre (Cootap), destacou a importância da agroecologia na recuperação: “A agroecologia permite uma recuperação mais rápida do solo, graças ao uso de bioinsumos e variedades adaptadas. A cooperação das famílias e a busca por recursos foram fundamentais para superarmos as perdas.”

Investimentos e apoio governamental

Fernanda Machiaveli, secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), celebrou a colheita e ressaltou os investimentos do governo federal: “O MDA investiu R$ 2,5 milhões na compra de sementes e destinou R$ 350 milhões para recuperar estradas, apoiar assentados e reconstruir casas. Essa safra é um exemplo de resiliência e compromisso com a produção de alimentos saudáveis.”

Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), também destacou a importância da safra: “Foi um trabalho de resistência após as enchentes, contando com o apoio do governo federal. 70% das sementes utilizadas vieram do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e a Conab investiu R$ 4 milhões na compra de sementes. Esse arroz chegará às escolas, hospitais e cozinhas solidárias, garantindo alimento saudável à população.”

Reforma Agrária e Agroecologia

Entre as autoridades presentes, César Fernando Schiavon Aldrighi, presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), destacou a desigualdade na distribuição de terras no Brasil: “Apenas 2% das propriedades ocupam 60% da área, enquanto a maior parte dos agricultores tem acesso a menos de 10% do território. Isso justifica a necessidade de uma intervenção governamental para reorganizar a estrutura fundiária do país.”

O economista e dirigente do MST, João Pedro Stédile, enfatizou a necessidade de fortalecer a luta pela reforma agrária popular: “Vivemos tempos difíceis e precisamos de apoio. Nossa luta é por um modelo que recupera o território, protege a natureza, produza alimentos e fortalece a agroecologia.”

Lara Rodrigues, da direção nacional do MST no Rio Grande do Sul, também lembrou a importância da festa como um espaço para fortalecer a luta pela reforma agrária popular. “E hoje, nesse nosso ato político também, ficou claro que temos muitos músculos políticos e precisamos também do apoio do governo federal, dos deputados e deputados para seguir com esse projeto de reforma agrária, que é em benefício da alimentação saudável, em benefício das famílias, do campo e da cidade”.

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