Mosteiro dos Jesuítas celebra dia de Nossa Senhora Aparecida com ação social para crianças

Mosteiro dos Jesuítas celebra dia de Nossa Senhora Aparecida com ação social para crianças
 
 

O Mosteiro dos Jesuítas realiza, neste dia 12 de outubro, mais uma ação social, cumprindo sua missão e seu pilar da responsabilidade social de trabalhar em prol da população dos arredores da casa centenária, melhorando a qualidade de vida dos baturiteenses.

 
Na ocasião, haverá uma celebração eucarística, às 9h, na igreja do Mosteiro dos Jesuítas, em honra de Nossa Senhora Aparecida e em seguida, haverá distribuição de brinquedos, lanches e  momentos de lazer e diversão para as crianças presentes., à noite uma procissão luminosa sai da estação de Baturité até o Mosteiro, seguida de celebração e concerto Mariano.

 
Segundo o diretor do Mosteiro dos Jesuítas, padre Eugênio Pacelli, além das melhorias estruturais, a nova gestão vem trabalhando os pilares social, cultural e espiritual. “É uma missão muito bonita e de muita responsabilidade que me foi confiada. Quero contribuir para melhorar a qualidade de vida da comunidade local. Entregamos periodicamente cestas básicas, desenvolvemos a espiritualidade e as atividades sociais e culturais e agora vamos favorecer as crianças moradoras dos arredores do Mosteiro”, conclui.
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PROGRAMAÇÃO DIA DIA 12 DE OUTUBRO NO MOSTEIRO DOS JESUÍTAS:
 
9h: Celebração Eucarística;
10h: Ação Social com distribuição de brinquedos para crianças;
18h: Concentração na praça da Estação de Baturité para a procissão luminosa até o Mosteiro dos Jesuítas;
 19h: Celebração da Luz e Concerto Mariano na Igreja do Mosteiro.
 
 

Sobre o Mosteiro dos Jesuítas: 


O Mosteiro dos Jesuítas, em sua fundação denominado “Escola Apostólica de Baturité”, foi fundado em fevereiro de 1922 para acolher novos jesuítas. A família do Comendador Ananias Arruda, foi quem doou uma parte do Sítio Olho D’Agua ao padre Antônio de Oliveira Pinto, não só para realizar a construção, e sim para que os jesuítas pudessem tirar do cultivo da terra, o sustento dos seus, oriundos de famílias pobres do interior do Ceará, do Pernambuco e do Piauí.
 
A construção levou mais de 10 anos para finalizar a parte atual; no projeto original o tamanho da Escola Apostólica era o dobro. Na noite do dia 13 de abril de 1921, no Palácio Episcopal de Fortaleza, Ananias Arruda, em um encontro casual com o padre Jesuíta, Antonio de Oliveira Pinto, provincial da Companhia de Jesus no norte do Brasil, tomou conhecimento da intenção da Congregação de construir uma Escola Apostólica no Nordeste. 
 
Padre Pinto encontrava-se em Fortaleza em trânsito para a cidade de Brejo das Bananeiras, no Estado da Paraíba, onde iria vistoriar um terreno destinado a referida construção. Logo, Ananias Arruda o persuadiu a ir à Baturité e juntos visitarem o “Sítio Olho D’água”, local indicado por ele para a construção da Escola. O Padre Pinto não cogitava construí-la no Ceará por causa das secas periódicas, mas, mesmo assim, aceitou o convite. 
 
Ananias Arruda ofereceu, além do “Sítio Olho D’água” que seria comprado, por seu intermédio, a preço módico, pela Arquidiocese de Fortaleza, de seu proprietário Cel. Joaquim de Alencar Matos e doado aos Jesuítas, outras facilidades como: toda a cal que seria usada na construção. O Padre Pinto voltou à Bahia sem nada decidir, mas logo mandou um telegrama com os seguintes dizeres: Aceito “Olho D’água”. Padre Pinto. Passados alguns dias, Ananias Arruda recebeu uma procuração para assinar a escritura da doação do sítio e uma carta pedindo para assumir a construção da Escola. No dia 15 de abril de 1922, foi concluída uma ponte sobre o leito do rio Aracoiaba para facilitar o transporte do material de construção. Em maio do mesmo ano, Ananias Arruda comprou dois sítios anexos ao Olho D’água: o “Jordão Mendes” e o “Caridade” no alto da serra onde seria construída a “Casa de Retiros São José”. 
 
Para o arrojado projeto da Escola Apostólica, o Padre Antônio de Oliveira Pinto contratou um renomado engenheiro de São Paulo que projetou sua construção em uma área de terra de 110 metros de frente por 78 de fundos. No dia 3 de dezembro do mesmo ano, foi benta a Pedra Fundamental por Dom Manuel da Silva Gomes, Arcebispo de Fortaleza na presença do Ministro da Viação, do Presidente do Estado, do Representante da Inspetoria de Secas, do representante da Rede de Viação Cearense, de jornalistas, religiosos e grande massa popular. A comitiva do Sr. Arcebispo foi recebida pelo Coronel Ananias Arruda, Padre Antonio de Oliveira Pinto, Monsenhor Manoel Cândido dos Santos e Dr. Abner Vasconcelos, juiz de direito de Baturité. A pedra fundamental, benta solenemente pelo Arcebispo, foi retirada das ruínas da antiga Igreja dos Jesuítas, na cidade de Aquiraz, no Ceará, demolida quando da expulsão dos jesuítas, no ano de 1748. 
 
Em uma cavidade preparada para abrigar a referida pedra foram colocadas, também, várias moedas em circulação, um exemplar do jornal “A Verdade”, e um precioso pergaminho no qual o Dr. Andrade Furtado, redator chefe do jornal “O Nordeste” lavrou uma ata histórica da cerimônia que foi assinada pelo Arcebispo, sua comitiva e muitos dos presentes. Quando do fechamento da cavidade com a pedra, o mestre Abel Maia redigiu o seguinte: Pedra, Ruínas, Igreja Aquiraz P.P. Jesuítas 1748, primeira pedra E. Apostólica P.P. Jesuítas de Baturité, 3-XII-1922. A partir desse instante ficou Ananias responsável pelo andamento da obra que foi iniciada no dia 3 de janeiro de 1923. Além dele, Dona Libânia de Holanda contribuiu, significativamente, para a construção e o Padre Pinto fez uma verdadeira peregrinação por todo o Brasil angariando recursos. 
 
Em 15 de agosto de 1927, concluída a parte lateral do prédio, foi a Escola Apostólica dos Padres Jesuítas de Baturité, solenemente inaugurada, com a benção de suas dependências pelo Arcebispo de Fortaleza, Dom Manuel da Silva Gomes, e uma missa campal com a participação de um grande número de pessoas. Ao longo dos anos, a Escola Apostólica de Baturité, ficou conhecida como “Mosteiro dos Jesuítas “, devido a estrutura da casa, sua antiguidade e caráter religioso.
 
Atualmente, o diretor geral é o sacerdote jesuíta, padre Eugênio Pacelli, assessorado pelo padre Djailton Oliveira. 

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