Marketing político pode ser o caminho para ascensão de candidatos com pautas voltadas às minorias

Especialista explica que campanha precisa começar a ser planejada com antecedência e internet pode ser grande aliada

A aceleradora de campanhas políticas progressistas, Baselab, que está no mercado desde 2019 e já planejou mais de 300 candidaturas, recentemente, realizou uma análise interna que revelou que o investimento em marketing político ajudou cerca de 80% dos candidatos atendidos por eles a serem eleitos.

Na lista de prioridades do Governo Federal em 2022 há 45 propostas, em áreas como economia, saúde e educação, mas, na lista divulgada, faltam projetos voltados para  pessoas com deficiência, população negra, mulheres, entre outras. Com isso, se faz necessário para o país mais candidatos com propostas voltadas para essas pessoas.

Barbara Furiati, consultora política da Baselab, explica que o marketing político pode ser fundamental para dar visibilidade a candidatos progressistas que têm discursos voltados para as minorias, ponto necessário para mudar a política brasileira atual. “Nosso trabalho na BaseLab é focado em viabilizar o dinheiro que o candidato já tem, mesmo que seja pouco, e investir esse valor em ferramentas que trarão algum mais eficiência para essa campanha”, esclarece Barbara.

A especialista explica que, no Brasil, ainda é necessário muito investimento para planejar uma campanha para que ela tenha a visibilidade necessária. “A internet tem ajudado muitos candidatos a mudar essa realidade. Hoje, existem muitos materiais e técnicas que eles podem ter acesso, coisa que era impensável há 20 atrás, só um candidato a presidente da República que tem recursos para pagar um super marketeiro teria acesso”, pontua a consultora política.

“O marketing político ajuda os candidatos a aumentarem o custo benefício de qualquer tipo de gasto que eles tenham. Quanto melhor você estrutura a sua campanha, mais aumenta a possibilidade de conseguir doadores como pessoas físicas, aumenta as suas possibilidades de conseguir esse tipo de ajuda com o partido”, explica a consultora. Bárbara acrescenta que é totalmente possível que um candidato que não tenha recursos estruture a sua campanha, mas é preciso pensar bem no prazo que ele vai começar esse trabalho.  “Porque o tempo é algo bem escasso nas eleições, é necessário pensar com antecedência para resultados efetivos”, finaliza.

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