Levantamento da Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil traz comparativo de despesas de cidades selecionadas com 2019
Com a pandemia e a necessidade do distanciamento social, em 2020 a suspensão de aulas presenciais como medida de enfrentamento à covid-19 impactou nas despesas com o custeio da área da educação, o que fez com que os gastos com a pasta tivessem o pior desempenho na região Nordeste desde 2002. Os dados foram publicados no anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado no último mês de novembro de 2021 pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) com patrocínio da Huawei e da Tecno It.
Olinda (PE) teve a pior queda em investimento com a educação entre as cidades selecionadas para análise na região Nordeste, com 22,1% a menos que em 2019. E. seguida, Teresina (PI), com 10,8% a menos; e Arapiraca (AL), que diminuiu 10,3%. Os valores são atualizados pelo IPCA médio de 2020.
A mudança de rotina nas redes de ensinos pôde justificar esta queda nas despesas, já que houve revisão ou corte de alguns gastos ligados ao custeio das escolas, como a limpeza, transporte escolar, água, luz, telefone, alimentação dos alunos e segurança, bem como os contratos temporários de professores.
Apesar das quedas, três capitais lideram as maiores despesas entre as cidades selecionadas analisadas: Fortaleza (CE), com R$ 1,55 bilhão; Salvador (BA), com R$ 1,29 bilhão; e Recife (PE), com R$ 937 milhões.
O estudo mostra ainda que Imperatriz (MA) teve o maior crescimento entre as avaliadas na região, de 38,5%, passando de R$ 224 milhões em 2019 para R$ 310,33 milhões em 2020. Destaque também para Juazeiro do Norte (CE), que aumentou em 19,2%, seguido por Caucaia (CE), que teve um alta de 2,4% com educação no período analisado.
DESPESAS COM EDUCAÇÃO DAS CIDADES SELECIONADAS DO NORDESTE