Lançamento de biografia se transforma em uma grande homenagem a Edson Queiroz
Evento aconteceu no auditório da Universidade de Fortaleza e contou com a presença de familiares, amigos, professores, alunos e líderes políticos e empresariais.
A Fundação Edson Queiroz lançou, na última quinta-feira (08/09), a obra “Edson Queiroz – Uma biografia”, de autoria do jornalista, escritor e biógrafo Lira Neto. O livro conta a trajetória do cearense que, com outros empresários, ajudou a lançar as bases do desenvolvimento socioeconômico do Ceará. O lançamento da biografia aconteceu no auditório da Biblioteca Central da Universidade de Fortaleza, onde foi prestada uma grande e justa homenagem póstuma à trajetória pessoal e empresarial de Edson Queiroz. A obra já está à venda nos sites da Amazon e Americanas.
O evento, que lotou o auditório da Unifor e áreas extras montadas com telões, contou com a presença de familiares e autoridades políticas, como a governadora do Ceará, Izolda Cela, o senador Tasso Jereissati, o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, a presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, desembargadora Maria Naílde Pinheiro, o ex-governador Lúcio Alcântara e o titular da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, além de professores, alunos e pesquisadores da Unifor, empresários e intelectuais.
A apresentação do livro foi realizada pela escritora Socorro Acioli, que conversou com Lira Neto sobre os desafios para a produção da biografia e sobre o personagem retratado. O biógrafo contou que o intenso processo de pesquisa durou um ano e meio, e que teve amplo acesso aos acervos empresariais e familiares que documentaram a vida de Edson Queiroz. “Descobri esse personagem e me deparei com a certeza de que uma biografia do Edson Queiroz tinha que mostrar o tino singular que ele tinha para os negócios e ao mesmo tempo a irreverência dele, essa coisa brincalhona, tipicamente cearense”, relata o biógrafo.
O escritor contou, ainda, que buscou ressaltar os traços de personalidade e o comportamento informal do empresário biografado. Segundo ele, os leitores vão conhecer alguns dos segredos de sucesso de Edson Queiroz. “Quem ler o livro vai saber também que uma trajetória bem-sucedida não é feita apenas de vitórias. Houve tropeços e percalços na vida de Edson Queiroz. Ele soube contorná-las, superá-las e transformá-las em aprendizado”, revela Lira Neto.
Edson Queiroz trouxe prosperidade para o Ceará e para o Brasil quando, aos 26 anos, adquiriu uma distribuidora de gás de cozinha em Fortaleza. Em 1959, abriu uma rede de lojas de eletrodomésticos e inaugurou o primeiro terminal oceânico de gás do nordeste. Após 70 anos, a Nacional Gás tornou-se uma das maiores distribuidoras de gás do País. Nos anos seguintes, o empresário adquiriu a Rádio Verdes Mares AM, a Indaiá, fundou a Esmaltec e a Universidade de Fortaleza, a primeira e única particular do Ceará até hoje.
O fundador do Grupo Edson Queiroz esteve à frente dos negócios até 1982. Devido à sua morte precoce, a empresa passou a ser gerida pela esposa, Yolanda Queiroz, e posteriormente pelos filhos e filhas, que foram responsáveis pela prosperidade dos negócios dos pais. Atualmente, o Grupo Edson Queiroz já está na terceira geração.
Família e História
A abertura do evento foi feita por Lenise Queiroz Rocha, presidente da Fundação Edson Queiroz e filha do empresário cearense. Segundo ela, a biografia seria lançada em 2020, mas, diante das dificuldades desses últimos dois anos, em razão da pandemia de Covid-19, o livro “escolheu” a data de seu próprio lançamento.
“Tivemos a sorte de encontrar um cearense brilhante como o Lira Neto com a fluência na narração, conhecimento das nossas raízes para melhor traduzir as peripécias de quem viveu intensamente e partiu apressadamente. Um cometa no céu que ilumina nossas vidas”, revela Lenise.
Ao descrever o pai, a presidente da Fundação relatou que Edson amava muito sua terra [o Ceará] e seus parceiros de trabalho. “Para mim, Edson Queiroz foi sempre inesquecível, e memórias diárias me vêm com muita força ainda nos dias atuais. Mas, me ver após 40 anos de sua partida com uma presença tão viva não me passava pela cabeça”, destaca.