Jesus. O Salvador da Humanidade

Jesus Cristo, o Messias Prometido, que viveu na Palestina, falava aramaico e, através de suas curas milagrosas, chegou a ser acreditado pelas massas. Por outro lado, desagradou aos sacerdotes e aos escribas do Templo por denunciar de público a corrupção política e econômica existente entre os judeus. Repudiando algumas das antigas leis judaicas, iniciou a maior revolução moral da história do mundo. Entregue a Pilatos para julgamento sob pressão dos judeus – Jesus condenado à morte – A crucificação – Sepultamento – Aparição aos discípulos.

 

Texto/pesquisa: Zelito MagalhãesTexto/pesquisa: Zelito Magalhães

A decepção do povo 

“Dai a César  o que é de César e a Deus o que é de Deus”, disse Jesus. Pilatos, como procurador romano na Judéia, embora não visse nele nenhuma culpa, pressionado pelos sacerdotes, permitiu sua crucificação, pena de morte que, segundo os costumes romanos, era reservada aos escravos rebeldes e aos criminosos. O Povo, que esperava um messias guerreiro, capaz de libertá-lo do jugo romano, um novo Davi que vencesse a todos os inimigos de Israel e os obrigasse a pagamentos de tributos, ficou decepcionado com Cristo, diante das palavras que este dissera sobre César.

A difusão do cristianismo   

A iniciativa acelerou a transformação que se estava processando no Império Romano. Embora a atitude de Roma com respeito às religiões estrangeiras fossem quase sempre tolerantes, depois da conquista do Mediterrâneo, quando se iniciou o culto do imperador, de significação sobretudo política pelo fator da unidade que representava – o cristianismo, negando-se a admitir o césar-deus, passou a ser considerado como um perigo para o Estado. Daí as terríveis perseguições sofridas pelos primeiros cristãos, torturados, queimados vivos, jogados às feras nas arenas. A transformação do cristianismo de religião perseguida em religião legal ocorreu por ocasião das lutas pelo poder supremo em Roma,  após a abdicação de Diocleciano, em 305. Quando Constantino, após sua vitória contra Maxêncio, promulgou o famoso Edito de Milão, que dava aos cristãos não somente a liberdade de culto, mas também restituía as propriedades confiscadas, o cristianismo já estava solidamente implantado no Império.

Pedro, o apostolo nega Cristo por três vezes

Pedro é constituído Pastor 

Quando acabaram de cear, Jesus disse a Sião Pedro: “Simão filho de João, tu me amas mais do que estes?” Ele respondeu: !Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Disse Jesus: “Apascenta meus cordeiros”. Pela segunda vez perguntou: “Simão filho de João, tu me amas?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta minhas ovelhas”. Pela terceira vez perguntou Jesus: “Simão filho de João, tu me amas?”. Pedro ficou triste por lhe ter perguntado por três vezes “tu me amas?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes tudo, sabes que te amo” Disse-lhe Jesus: “Apascenta minhas ovelhas. Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te vestias e ias aonde querias. Quando envelheceres estenderás as mãos e será outro que as amarará e te levará aonde não queres”. Por essas palavras ele indicava com que morte Simão havia de glorificar a Deus. E falando assim, acrescentou: “Segue-me”.

Negação de Pedro   

Este foi o episódio no qual Pedro negou por três vezes conhecer Jesus (descrito nos quatro Evangelhos do Novo Testamento – Mateus 26: 73-75) “…e vendo-o a criada, tomou  a dizer aos que ali estavam: Este é um deles. Mas de novo negou” (Marcos 14: 69-70). Após a derradeira negação, Jesus se vira para Pedro e ele relembra da profecia e se arrepende. De acordo com Lucas: “Logo estando ele ainda a falar, cantou o galo. Virando-se o Senhor, olhou para Pedro. Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: “Hoje antes de cantar o galo, três vezes me negarás”. E saindo para fora, chorou amargamente (Lucas 22: 60-62)

Simão Pedro estava no pátio, de pé, aquecendo-se. Perguntaram-lhe: “Não és porventura  também tu dos seus discípulos?”. Ele negou dizendo: “Não”. Disse-lhe um dos servos do Sumo Sacerdote, parente daquele de quem Pedro cortara a orelha; “Não te vi com ele no horto?” Pedro negou outra vez e logo o galo cantou.

A cura de um paralítico  

Pedro e João subiam ao Templo para a oração das três horas da tarde. Era conduzido um homem coxo de nascença. Que todos os dias punham à porta Templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam. Ao ver Pedro e João entrando no Templo, pediu deles uma esmola. Pedro fixou nele os olhos junto com João e lhe disse: “Olha para nós”. Ele olhou os dois com atenção, esperando receber alguma coisa. Pedro, porém, disse: “Não tenho nem ouro nem prata, mas o que tenho, eu te dou: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, põe-te a caminhar!”. E, pegando-o pela mão direita, o levantou. Imediatamente se lhe firmaram os pés e os tornozelos. De um salto se pôs de pé e andava. Entrou com eles no Templo, caminhando, saltando e louvando a Deus. Todo o povo o viu andar e louvar a Deus. Reconheceram ser o coxo que se sentava para mendigar à Porta Formosa do Templo e se encheram de espanto e pasmo pelo que lhe tinha acontecido.

Jesus diante de Pilatos   

Da casa de Caifás levaram Jesus para a residência do governador. Era de manhã. Os judeus não entraram na residência para não se contaminarem a fim de poderem comer a Páscoa. Pilatos saiu para fora e lhes indagou: “Que acusação trazeis contra este homem?”. Em resposta, disseram: “Se não fosse malfeitor não o teríamos entregue a ti”. Disse-lhe Pilatos: “Tomai-o vós e julgai-o segundo vossa Lei”. Responderam-lhe os judeus: “É que a nós não é permitido matar ninguém”. Para que se cumprisse a palavra, que Jesus dissera, indicando de que morte havia de morrer.

Pilatos entrou no palácio, chamou Jesus e lhe perguntou: “És tu o rei dos judeus?”. Jesus respondeu: “Perguntas por ti mesmo ou foram os outros que te disseram de mim?” . Disse Pilatos: “Por acaso sou eu um judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes te entregaram a mim: o que fizeste?” Jesus respondeu: “Meu reino não é deste mundo. Se fosse deste mundo, os meus ministros teriam lutado para que não fosse entregue aos judeus. Mas meu reino não é daqui”. Disse-lhe então Pilatos: “Logo, tu és rei?” Respondeu Jesus: “Sim,  eu sou rei. Para isso nasci, para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade, ouve a minha voz”. Disse-lhe Pilatos: “O que é a verdade?”  Jesus não respondeu à pergunta.

Jesus é condenado à morte

Diante do silêncio de Jesus, Pilatos saiu de novo ao encontro dos judeu e lhes disse: ‘‘Não encontro nesse nenhum crime. Há um costume entre vós que pela Páscoa vos solte um preso. Quereis que vos solte o réu dos judeus?”. Então todos gritaram novamente dizendo: “Não este e sim Barrabás”. Barrabás era um assaltante. Pilatos mandou então flagelar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e puseram-na sobre a cabeça, cobriram-no com um manto de púrpura e, se aproximando, diziam: “Salve, rei dos judeus”, e lhe davam bofetadas. Outra vez Pilatos saiu fora e lhes disse: “Eis que vos trago para que saibais que não acho nele nenhum crime”. Por isso, disse: “Lavo as mãos”. Apareceu, pois, Jesus trazendo a coroa de espinho e o manto de púrpura. Pilatos disse: “Eis o homem”. Quando o viram, os sumos sacerdotes e os guardas exclamaram dizendo: “Crucifica-o, crucifica-o”. Disse-lhes Pilatos:“ Tomai-o vós e o crucificai, pois não acho nele crime”. Responderam-lhe os judeus: “Nós temos uma Lei, e, segundo a Lei, deve morrer porque se fez Filho de Deus”. Ao ouvir estas palavras Pilatos ficou com mais medo. Entrou novamente no palácio e perguntou a Jesus: “Donde és tu?”. Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe então Pilatos: “Tu não me respondes? Não sabes que tenho poder para te soltar e para te crucificar?” Respondeu-lhe Jesus: Nenhum poder terias sobre mim se não fosse dado do alto. Por isso, quem me entregou a ti tem maior pecado”. Desde então Pilatos procurava soltá-lo. Mas os judeus gritavam: “Se o soltas, não és amigo do imperador, porque quem se faz rei se declara contra César”. Quando Pilatos ouviu essas palavras, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento de pedra, em hebraico Gábata. Era véspera da Páscoa, por volta do meio dia. Disse para os judeus: “Eis aí o vosso rei”. E eles gritaram: “Crucificai-o!” Disse-lhes Pilatos: “Hei de crucificar o vosso rei?” Responderam os sumos sacerdotes: “Não temos outro rei senão César”. Então, Pilatos o entregou a eles para que fosse crucificado.

A crucificação de Jesus  

Levaram então Jesus consigo. E, carregando a cruz, caminhou até o lugar chamado Caveira, em hebraico Gólgata, onde o crucificaram, juntamente com outros dois, um de cada lado e Jesus no meio. Pilatos escreveu um título e o colocou na cruz. Estava escrito: Jesus Nazareno, o rei dos judeus.  Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena, Vendo a mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: “Mulher, eis aí o teu filho” Depois disse para o discípulo: “Eis aí tua mãe”. E desde aquela hora o discípulo tomou-a sob seus cuidados.

Maria auxilia o filho no flagelo

 

A morte de Jesus 

Sabendo que tudo estava consumado para se cumprir plenamente q Escritura, Jesus disse: “Tenho sede”. Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados fixaram numa vara hissopo uma esponja embebida em vinagre e lhe aproximaram da boca. Tendo provado o vinagre, disse Jesus: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. O sangue e a água. “Os judeus rogaram a Pilatos que quebrassem  as pernas dos crucificados. Assim o fizeram porque já era a tarde de sexta-feira e não queriam que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, por ser aquele sábado particularmente solene. Vieram os soldados e quebraram as pernas do primeiros e do outro que com ele tinham sido crucificados. Chegando porém a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados traspassou-lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água.    O sepultamento    José de Arimatéia, discípulo de Jesus, embora em segredo por medo dos judeus, pediu a Pilatos permissão para retirar o corpo de Jesus e Pilatos lhe concedeu. Chegou também Nicodemos e trouxe uma mistura de mirra e aloés. Tirara o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, como era o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local onde fora crucificado, um jardim e nesse um sepulcro novo, onde nenhum corpo havia sido depositado. Ali puseram Jesus porque ia começar o sábado dos judeus.

O sepulcro vazio  

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, pela madrugada, quando ainda era escuro, e viu a pedra removida do sepulcro. Correu e veio ter com Simão Pedro e o outro discípulo a quem Jesus amava, dizendo-lhes: “Tiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde o puseram” Saiu Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. Viram as faixas de linho e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus. Não estavam mais as faixas de linho mas enrolado num lugar à parte. Ainda não se haviam dado conta da Escritura segundo a qual era preciso que ressuscitasse dos mortos.

Aparição a Maria Madalena 

Maria se conservava do lado de fora junto ao sepulcro e chorava copiosamente. Chorando, inclinou-se para o sepulcro e viu dos anjos vestidos de branco sentados no lugar onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Disseram-lhe eles: “Mulher, por que choras?” Ela lhes respondeu: “Porque levaram o Senhor e não sei onde o puseram”. Dizendo isso, virou-se para trás e viu Jesus que ali estava, mas não o reconheceu: “Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? por quem procuras?” Crendo que era o jardineiro, disse: “Senhor, se o levaste tu, dize-me onde o pusestes que irei buscá-lo” Respondeu Jesus: “Maria”. Ela virando-se disse em hebraico: “Rabuni” – que quer dizer Mestre, Jesus lhe falou: Não me retenhas porque ainda não subi ao Pai. Vai aos irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Maria Madalena foi anunciar aos discípulos que viu o Senhor e que dissesse aquelas palavras

Aparição aos discípulos  

Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, estando trancadas as portas do lugar onde estava os discípulos, por medo dos judeus, Jesus chegou e se pôs no meio deles, dizendo-lhes: “A paz esteja convosco”. E dizendo isto, mostro-lhes as mãos e o lado. Os discípulos se alegraram ao ver o Senhor. Jesus disse-lhe outra vez: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio”. Após estas palavras, soprou sobre eles dizendo: Recebi o Espírito Santo. Se perdoardes os pecados dos homens, serão perdoados. Se não lhes

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