Energia limpa: Ceará parte na frente e produz a primeira molécula de hidrogênio verde

Na ocasião, o CEO da EDP Brasil, João Marques da Cruz, apresentou a estrutura que vai permitir acelerar a oferta de energia limpa em um projeto piloto de Pesquisa & Desenvolvimento já em operação na sede da empresa no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém).

Por Rogério Morais
A EDP Brasil (empresa global do setor energético) lançou a produção da primeira molécula de hidrogênio verde (H2V) em sua planta de geração de energia no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, Região metropolitana de Fortaleza, Ceará. Evento, no início desse ano de 2023 (19 de janeiro), veio como um grande incentivo para o novo Governo cearense – Elmano de Freitas – considerando as previsões de investimentos internacionais que o setor aguarda para o Brasil, especificamente o Ceará.

Segundo a companhia, o anúncio da produção marca o início do projeto piloto no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém), A planta conta com uma usina solar com capacidade de 3 MW e um módulo eletrolisador com capacidade de produzir 250 m3/h do gás.

Com investimento de R$ 42 milhões, a unidade é a primeira do estado e a primeira do grupo EDP, que está investindo na tecnologia de H2V como parte da sua estratégia de transição energética. Até 2025, o grupo planeja investir cerca de R$ 18,2 bilhões no país, sendo R$ 5,7 bilhões em energia solar: E o Ceará tem largas vantagens competitivas: Potencial para geração de energia limpa (solar e eólica) e o Porto do Pecém, como logística global para distribuir o produto aos consumidores do resto do mundo.

James Cambuhy, gestor da planta da EDP Pecém, José Gleylson, diretor da EDP São Paulo e o presidente da Aecipp, Eduardo Amaral.

O Ceará é assim
O projeto na área do Complexo do Pecém se propõe a gerar combustível com garantia de origem renovável, além de desenvolver um cronograma com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos da cadeia de produção do hidrogênio.

“Elegemos o complexo de Pecém para abrigar nossa primeira planta de hidrogênio verde no Brasil porque reconhecemos que o Ceará reúne características estratégicas para protagonizar o processo de introdução do hidrogênio verde no país”, explica o executivo João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.

Desde o ano passado, ainda na administração de Camilo Santana, o Estado vem investindo em parcerias, entendimentos com instituições nacionais e internacionais no sentido de tornar o Ceará em um eficiente HUB de produção e exportação de Hidrogênio Verde. São entendimentos que envolvem, em nível local, Federação das Indústria do Ceará – FIEC – Universidades e a AECIPP – Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Atuação da Aecipp

O presidente da Aecipp, que representa cerca de 40 empresas na região industrial e portuária, Eduardo Amaral, juntamente com o vice-presidente da instituição, Ricardo Parente, participou do evento de lançamento. A entidade tem um papel evidente em todos os negócios que envolvem o desenvolvimento da área industrial e suas relações corporativas.

João Marques da Cruz apresentou, ainda, a estrutura que vai permitir acelerar a oferta de energia limpa no projeto piloto de Pesquisa & Desenvolvimento entregue no Pecém. Dentro do cenário mundial de fomento às energias renováveis, o “Brasil ganha destaque com o potencial de transição energética que já é realidade no Ceará, a partir das características do Complexo do Pecém”, de acordo com Eduardo Amaral.

“O Complexo reúne estrutura, localização e capacidade estratégicas para a produção de energias limpas que vem sendo construída e planejada ao longo dos anos e, agora, ganha ainda mais força com a planta de hidrogênio verde da EDP”, explicou. Disse ainda que “existe aqui uma grande eficiência energética tanto solar como eólica que coloca o Pecém no protagonismo do mercado

EDP investe 42 milhões em energia renovável

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