Em março, Ceará tem maior recuo na indústria

Com o recuo de 21,8%, a indústria cearense tem a queda mais intensa entre os 15 locais pesquisados pelo IBGE. Todos os locais pesquisados tiveram retração, pela primeira vez na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional iniciada em 2012.

O resultado reflete, principalmente, os efeitos do isolamento social imposto por estados e municípios a partir de meados do mês de março devido à Covid-19, que afetou o processo de produção em várias unidades no país.

Esse resultado interrompe uma sequência de dois meses de alta, na série com ajuste sazonal, janeiro (1,8%) e fevereiro (0,5%). Essa é a maior queda de toda a série histórica (iniciada em janeiro de 2002).

Na comparação com março de 2019, a indústria cearense caiu 10,5% em março de 2020. A maior queda foi na preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-28,2%) e na fabricação de produtos têxteis (-26,3%). Por outro lado, houve alta na fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (27,7%).

No acumulado no ano,frente a igual período do ano anterior, a redução verificada na produção no Ceará foi de -1,4%. A maior queda foi na fabricação de outros produtos químicos (-31,6%), enquanto a maior alta foi a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (38,2%).

O acumulado dos últimos doze meses cresceu 1,3%  em março de 2020, após 1,6% em fevereiro e 2,1% em janeiro. A maior queda foi na metalurgia (-11,2%) e a maior alta foi na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (76,7%).

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