Eleições municipais 2024: Não se iludam, os lacradores de plantão Já estão agindo

Esperamos que o eleitor use do bom senso e nestas eleições de outubro de 2024 não se iluda com as redes sociais, porque por mais que a Justiça Eleitoral coíba estas práticas, os lacradores de plantão já estão com suas mentiras generalizadas para iludir o eleitor no seu pleno exercício da cidadania.

Por Reinaldo Oliveira

Começou a corrida eleitoral. Nesse clima de dever cívico, o eleitor deve se conduzir numa conduta observadora e ética, principalmente nas redes sociais, para não comprometer o seu voto com pessoas que só pensam nas cadeiras legislativas e nas benesses oriundas do parlamento, sem nenhum preparo e nem compromisso para desempenhar as funções de um verdadeiro político.

Os números da eleição passada, bastante polarizada, tendo à frente o protagonismo do projeto político de forças religiosas (em sua maioria evangélicas) e o Bolsonarismo radical, colocaram no parlamento senadores e deputados de ultradireita que hoje envergonham o Congresso brasileiro com condutas belicosas e hilariantes, muitos tentam divinizar os projetos e são humilhados em comissões temáticas na Câmara dos Deputados cujos programas são transmitidos pela TV e redes sociais, dada a pouca capacidade desses atores, a maioria leigos em relação aos ritos legislativos daquela Casa, sem contar os políticos que estão atrás das grades por desafiar o STF (Supremo Tribunal Federal) e se envolverem com o gabinete do ódio e propagarem fake news contra o processo eleitoral. Usam as tradições cristãs como forma de justificar suas pretensões políticas e através de noticiários falsos pregam valores cristãos quando na prática se desvirtuam deles praticando condutas adversas à pregação religiosa, utilizando seus eleitores como massa de manobra para alcançar sucesso nas urnas e pôr em prática seus intentos bestiais.

A inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro foi um duro golpe no Bolsonarismo, em outra vertente as denúncias já apuradas pela Polícia Federal e a PGR (Procuradoria-Geral da República) pelo cometimento de crimes, aguardando julgamento pelo STF, enfraquecem esse movimento neófito movido pela falta de cognição e ética na política.

É conveniente registrar que a ausência de compromisso da maioria dos políticos com a moral e a seriedade à frente do Parlamento causa um verdadeiro fosso e leva o mandato parlamentar ao descrédito e à distância da sociedade.

Muitos falsos patriotas estão sendo condenados pela invasão dos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023, alguns são perigosos como esses bolsonaristas que tentaram explodir uma bomba nas imediações do aeroporto de Brasília, como também são pessoas simples, percebe-se uma ingenuidade em alguns que na verdade foram cooptados por líderes religiosos com influência política nas bancadas evangélicas da Câmara e Senado, hoje estão pagando caro por seus atos criminosos. A justificativa da maioria é que foram lá para orar e salvar o Brasil. Quem quer fazer suas orações deveria fazer em um ambiente propício à religiosidade. No processo eleitoral políticos radicais disseminavam fake news propagando que o candidato Lula ia fechar as igrejas e criar banheiros unissex nos colégios. Tudo mentira para enganar os eleitores.

As investigações já chegam aos políticos aqueles parlamentares que apoiaram o golpe do 8 de janeiro. Não é à toa que muitos deles pedem a anistia para os condenados e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes objetivando a queda do ministro para se safarem das condenações.

As baixarias já começaram na propaganda eleitoral do rádio e TV, recentemente o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), Pablo Marçal, contumaz em produzir fake news nas redes sociais, atacou os candidatos com falta de respeito e acusações levianas e agora está sendo investigado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) após a Justiça Eleitoral de São Paulo derrubar os seus perfis em redes sociais por abuso de poder econômico pelo suposto pagamento de apoiadores para editar e difundir cortes de vídeos do candidato nas redes sociais, um esquema envolvendo mais de 5 mil perfis. O caso já está sendo avaliado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para os devidos procedimentos legais.

Empresários, muitos deles ligados ao agronegócio, usam o mesmo argumento, também estão sendo investigados, assessores e ajudantes de ordem, militares, advogados; enfim, a cúpula que se articulou através da minuta do golpe para destruir a democracia brasileira.

Esperamos que o eleitor use do bom senso e nestas eleições de outubro de 2024 não se iluda com as redes sociais, porque por mais que a Justiça Eleitoral coíba estas práticas, os lacradores de plantão já estão com suas mentiras generalizadas para iludir o eleitor no seu pleno exercício da cidadania.

Reinaldo Oliveira
(Bancário, contador, professor, jornalista)

 

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