Economia Criativa se desenvolve mesmo em meio à crise
Enquanto Brasil perdeu postos de trabalho entre 2015 e 2017, pesquisa realizada pela Firjan mostra que profissionais capazes de se adaptar ganharam espaço no mercado
Muitos profissionais estão apostando na chamada Economia Criativa, visando se capacitar e até mesmo se antecipar às necessidades do mercado. Essas profissões do futuro estão encontrando espaço no mercado de trabalho brasileiro, mesmo em um cenário econômico desfavorável ao emprego, conforme indica o estudo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, realizado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
O levantamento, que avaliou esse segmento entre 2015 e 2017 – em plena recessão econômica –, mostrou que a economia criativa andou na contramão do mercado de trabalho brasileiro. Enquanto os trabalhadores capacitados para essa área encontraram 25,5 mil postos de trabalho, o Brasil teve um saldo de demissões superior ao de admissões de 1,7 milhão de vagas.
Com dezenas de cursos de excelência, entre eles Piloto de Drones, Cinema e Digital Influencer, o Centro Europeu está se destacando por estar na vanguarda das tendências. “O termo Economia Criativa começou a ser explorado em 1994 na Austrália e depois na Inglaterra. No Brasil, tornou-se mais popular nos últimos 10 anos. Não só aqui, mas no mundo, somos pioneiros como Escola de Economia Criativa”, explica o diretor geral do Centro Europeu, Ronaldo Cavalheri.
A fim de gerar valor aos cursos, a instituição busca acompanhar e ter sensibilidade para perceber novas demandas. “As mudanças acontecem muito rápido e uma das nossas características é a agilidade de ação em tirar ideias do papel e colocar projetos pioneiros para rodar, não só buscando acompanhar uma tendência, mas principalmente criar uma proposta de valor para o nosso aluno. Trata-se de um trabalho constante de observação e de análise de novos comportamentos, que nos traz insights”, diz Cavalheri.
Segundo a Firjan, os profissionais capazes de auxiliar as empresas na compreensão dos hábitos dos consumidores e focados na promoção ou manutenção da imagem das companhias estão sendo procurados, caso dos analistas de Pesquisa de Mercado, analistas de Negócios, profissionais focados no incremento da experiência do consumidor e na inovação – nesse grupo, o estudo inclui diretores de criação, profissionais de design e até mesmo chefes de cozinha.
Do mercado para o mercado
De acordo com Cavalheri, o fato de o Centro Europeu contar com professores atuantes no mercado de trabalho faz com que haja uma sensibilidade maior para perceber o que é aplicável em relação ao momento atual e para o que está por vir. A metodologia orientada para projetos e que faz com que os estudantes coloquem a mão na massa também contribui para que problemas reais sejam resolvidos ao longo do curso.
“Quando falamos de Economia Criativa o principal ativo é o talento humano e o nosso papel é aflorar isso nos nossos alunos. Além de trazer todo o conhecimento e ferramental para atuação em determinada profissão, também provocamos nos nossos alunos o desenvolvimento de habilidades humanas como criatividade, colaboração, inteligência emocional, flexibilidade, entre outras”, analisa o diretor geral da instituição.
A pesquisa da Firjan mostra que as principais oportunidades de trabalho no setor da economia criativa estão no consumo (43,8%) e em tecnologia (37,1%). Em relação à indústria, o estudo aponta que, embora se pense que trabalhadores criativos atuem em ambientes de trabalhos mais livres, 181,5 mil dos 837,2 mil postos de trabalho criativos estavam na Indústria de Transformação, as fábricas clássicas. Ou seja, até mesmo os espaços formais tradicionais contam com oportunidades neste segmento. “São o capital intelectual e a criatividade que diferenciam esses profissionais”, completa Cavalheri.