É preciso que a reabilitação do Centro saia dos gabinetes

A falta de atividades noturnas, incluindo cursos e eventos culturais, não apenas afeta a vida da comunidade, mas também contribui para a perda de vitalidade e diversidade do centro histórico.

Por Rogério Morais

É triste ver como o centro histórico de Fortaleza passou por um processo de decadência nas últimas décadas. A mudança de órgãos públicos para outras regiões e a falta de investimento no bairro histórico e na vida noturna e no comércio local realmente impactaram negativamente no centro da cidade.

A situação dos prédios abando[1]nados, o alto custo dos aluguéis e a eliminação das atividades noturnas são desafios significativos para os comerciantes, autoridades e a comunidade em geral. A transformação da antiga estação central em um centro cultural é um passo positivo, mas parece que ainda há muito a ser feito para revitalizar verdadeiramente a área próxima ao equipamento.

Acredito que é importante que as autoridades locais reconheçam esses problemas e trabalhem em conjunto com os comerciantes e a comunidade para reverter esse cenário de abando[1]no. A preservação do patrimônio histórico não é somente valor imaterial, é também sinal de estímulo ao comércio local para o desenvolvimento sustentável da cidade.

Realmente, a transferência de órgãos públicos nas últimas décadas e mais recente a Central de Polícia e a falta de iniciativas inovadoras são preocupantes.

A presença de órgãos públicos, escolas, casas de cultura e diversão e grandes cadeias comerciais é essencial para manter a dinâmica do centro da cidade. Além disso, é importante garantir que o centro histórico seja – ou volte a ser – um local atrativo para moradores, visitantes e trabalhadores, oferecendo uma variedade de serviços e opções de entretenimento.

A resolução da questão dos camelôs é um passo positivo, pois no centro da cidade precisa oferecer uma A falta de atividades noturnas, incluindo cursos e eventos culturais, não apenas afeta a vida da comunidade, mas também contribui para a perda de vitalidade e diversidade do centro histórico. variedade de comércios para atender às necessidades da população local e dos turistas.

É fundamental que as autoridades municipais e estaduais estejam atentas a esses desafios e trabalhem em conjunto com a comunidade e os comerciantes para desenvolver estratégias de revitalização do centro histórico, incentivando o retorno de negócios e instituições para a área.

Transferência de renda

Veja o que vem acontecendo com a Beira Mar, hoje um espaço de movimento 24 horas por dia para turistas e moradores de bairros de toda a Fortaleza. Os dados sobre o volume de dinheiro que circula diariamente na Beira-Mar de Fortaleza e os gastos médios por turista e morador oferecem insights interessantes sobre o impacto econômico e a dinâmica do turismo local.

É impressionante ver o significativo montante diário movimentado na região, demonstrando a importância da Beira-Mar como um polo turístico e de lazer. Além disso, a diferença nos gastos médios entre turistas e moradores reflete os padrões de consumo e comportamento financeiro distintos entre esses grupos.

A pesquisa realizada pela Secretaria Municipal do Turismo fornece uma visão abrangente do perfil dos frequentadores da Beira Mar, incluindo a representação de turistas nacionais, estrangeiros e moradores locais. Essa diversidade de públicos pode influenciar diretamente as estratégias de desenvolvimento e promoção do turismo na região, visando atender às necessidades e expectativas específicas de cada grupo.

Além disso, os dados demográficos sobre gênero, faixa etária, nível educacional e estado civil dos entrevistados fornecem informações valiosas para o planejamento de atividades, eventos e serviços voltados para os frequentadores da Beira-Mar.

Esses insights podem ser úteis para aprimorar as experiências oferecidas aos visitantes e residentes, bem como para impulsionar iniciativas que promovam o desenvolvimento econômico sustentável da região.

Queda central

Enquanto isso, apesar de algumas ações recentes na área Central da capital, felizmente, ou o contrário, o único setor que não para de crescer no centro da cidade é o comércio ambulante: se não houvesse o controle e a fiscalização Municipal, seria a maior feira livre do universo.

A falta de atividades noturnas, incluindo cursos e eventos culturais, não apenas afeta a vida da comunidade, mas também contribui para a perda de vitalidade e diversidade do centro histórico. É essencial que as autoridades municipais estejam atentas a essas questões e trabalhem em conjunto com organizações sociais para encontrar soluções que promovam um ambiente mais seguro e acolhedor para todos.

Ademais, é importante abordar as causas subjacentes do aumento do número de moradores de rua, como acesso limitado à moradia, serviços de saúde mental e apoio social. A abordagem dessas questões pode ajudar a reduzir o impacto negativo na cidade e melhorar as condições de vida para aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade. Por exemplo, transformar prédio desocupado e/ou abandonado em condomínios residências. Existem outras ideias, como abrir corredor comercial nas áreas quintais de quarteirões de imóveis semi ocupados ou desocupados que têm área de fundos de 50 metros, características dos loteamentos em décadas passadas.

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