Brasília, 14 de junho de 2021 – Nos dias 15 e 16 de junho, o Fórum do Futuro vai reunir algumas das maiores autoridades brasileiras e internacionais em ciências relacionadas à Bioeconomia Tropical no seminário internacional “Os Desafios da Ciência em Novo Pacto Global do Alimento”. O evento, que será realizado virtualmente, conta com o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), e pode ser acompanhado pelo site www.educadoragil-evento.com.br.
Serão apresentadas soluções sobre como dobrar a produção de alimentos no Brasil sem a necessidade de novos desmatamentos e como transformar a Amazônia no maior celeiro global de produtos naturais mantendo a floresta em pé. Organizado pelo Instituto Fórum do Futuro, o seminário está dentro da estratégia do projeto Biomas Tropicais, coordenado pela entidade independente de reflexão, ou think thank, que é presidida pelo professor Alysson Paulinelli.
Os organizadores do seminário pretendem contribuir para aproximar o conhecimento já produzido pela academia e por instituições de ciência, que atuam na zona tropical do planeta, da realidade de projetos de repercussão econômica e social. Os conselheiros do Fórum do Futuro acreditam que mais de 50% das tecnologias sustentáveis já desenvolvidas pelos cientistas brasileiros jamais chegaram à sociedade.
Para Alysson Paolinelli, a conexão entre o conhecimento e a sociedade “vai atuar diretamente em um dos mais graves desafios das próximas décadas: produzir mais alimentos para combater a fome e atender ao crescimento populacional e fazer isto de forma sustentável”.
Participam do Seminário pelo menos seis universidades internacionais de referência, entre as quais Wageningen, da Holanda, Davis, da Califórnia, e Edimburgo na Escócia.
Ciência e Tecnologia – Para Manuel Otero, diretor-geral do IICA, os países das zonas tropicais precisam de sistemas nacionais fortes de ciência e tecnologia, renovar suas agendas e da participação do setor privado.
“Temos que colocar em ação uma agricultura intensiva em conhecimento e aproveitar todas as oportunidades que a bioeconomia e a economia circular oferecem”, disse. “Também precisamos recuperar o terreno perdido com relação à produtividade, agregar valor às exportações e investir mais em inovação e no desenvolvimento”, disse.
“São desafios cada vez mais complexos e somente um esforço global e colaborativo dos entes de Ciência e dos atores da gestão e do planejamento permitirá evitar a insegurança alimentar nas próximas décadas”, afirmou o coordenador científico do Fórum do Futuro, Evaldo Vilela, também presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil (CNPq).
Para Vilela, o Seminário apresentará a possibilidade de integração da visão entre cientistas, empresas, produtores e da sociedade, “favorecendo de maneira excepcional o diálogo com os jovens e a sua mobilização”. “Somente com os jovens a bordo poderemos superar os obstáculos portentosos que temos pela frente”, concluiu.
Além do IICA, participam instituições como o CNPq, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo, as Universidades Federais de Lavras e Viçosa, o Centro de Gestão de Estudos estratégicos (CGEE), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae) e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições regionais em cada um dos biomas estudados.
Programação completa no site do evento: https://tinyurl.com/yv7zffuy
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