De volta as origens: Coletar, Organizar e Ofertar
(Por Rogério Morais)
A *boa notícia é a reconfiguração do mercado de trabalho, conforme os dados houve um importante crescimento dos mais importantes: Entre 2019 e 2020 foram criados 1.170 novos veículos digitais de jornalismo, mas eles envolvem cerca de 10% dos profissionais que atuam em mídia.*
O crescimento dos novos veículos digitais de jornalismo aponta para um cenário onde há uma tendência de busca por alternativas às empresas de mídia tradicionais. Isso abre uma oportunidade significativa para empreendimentos como a SCHEDULE, uma startup de jornalismo sob demanda, já que esse tipo de plataforma pode oferecer vantagens escaláveis nesse contexto moderno.
Com o aumento desses novos veículos digitais, há uma demanda crescente por conteúdo diversificado. A SCHEDULE pode aproveitar essa tendência oferecendo uma variedade de serviços jornalísticos, atendendo às necessidades específicas de um mercado em grande transformação.
A flexibilidade e agilidade de Startups têm a capacidade de se adaptar rapidamente às demandas do mercado. A SCHEDULE pode oferecer soluções flexíveis para consumidores de noticias ávidos por informação, respondendo de forma rápida e eficiente às solicitações por conteúdo jornalístico específico.
*Inovação e tecnologia* :
Com o crescente interesse por novas formas de consumir notícias, a SCHEDULE pode inovar na entrega de conteúdo jornalístico, utilizando tecnologias avançadas para oferecer uma experiência diferenciada aos usuários.
*Acesso a novos talentos* :
Com a expansão do mercado e o surgimento de novos veículos digitais, a SCHEDULE pode aproveitar para atrair talentos que buscam oportunidades em plataformas inovadoras diversas, agregando qualidade, seguranca e diversidade aos serviços oferecidos.
Portanto, diante desse cenário de transformação do mercado de mídia, a SCHEDULE pode se beneficiar das oportunidades oferecidas pelos arranjos independentes de mídia e pela demanda por conteúdo jornalístico diversificado, escalável e sob demanda.
Com as mudanças via sociedade digital, novas editorias estão sendo criadas para atender a objetivos mais focados em nichos específicos. Isso reflete a diversidade de interesses e demandas gerais do público, permitindo a cobertura de temas mais especializados e aprofundados. Essa segmentação contribui para uma abordagem mais completa e específica das notícias, atendendo às necessidades de diferentes grupos e ampliando a variedade de conteúdo jornalístico disponível.
Além das editorias mais clássicas como economia, negócios, política, comportamento, polícia, futebol, esportes, cidade, turismo, lazer e cultura, existem mais de 100 outras editorias e seções de atividades
jornalísticas.
A diversificação das editorias reflete a ampla gama de interesses e tópicos que os jornalistas podem cobrir.
Além das editorias mais comuns, o jornalismo contemporâneo abrange uma ampla variedade de tópicos e áreas de interesse. Isso inclui editorias exclusivas dedicadas a temas como sexo, etnias, ecoturismo, esotérismo, guerras, LGBT, turismo radical, mar, floresta animais, Cães e Gatos e muitos outros. Além de temas históricos.Cada uma dessas editorias oferece uma perspectiva única e aprofundada sobre assuntos específicos, atendendo a uma grande diversidade de interesses.
Eu faço essa justificativa depois estudar o levantamento recentemente divulgado da pesquisa inédita realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a pedido da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
*Conheça os números*
Para a presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, os dados levantados pelo Dieese vão ao encontro da pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro 2021, elaborada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o apoio de diversas organizações, entre elas, a FENAJ. “Essas informações levantadas pelo Dieese são importantes para direcionar a nossa atuação sindical”, comenta a jornalista.
Desigualdade na remuneração média é outra realidade. Embora a remuneração média recebida pelo conjunto dos jornalistas contratados formalmente tenha sido de R$ 5.745,3 em 2021, é possível identificar grande disparidade salarial entre os empregados por gênero, raça/cor, faixa etária e tempo de serviço, além das disparidades regionais.
A remuneração média nominal recebida pelas mulheres jornalistas em 2021 foi de R$ 5.575,4, enquanto a dos trabalhadores do sexo masculino era de R$ 5.914,7. Ou seja, elas recebiam 94,3% da remuneração recebida por eles.
O caso mais díspar entre as funções do Jornalismo foi observado justamente em uma considerada de chefia, dos(as) Diretores(as) de Redação: enquanto elas ganhavam, em média, R$ 7.714,5, os diretores homens ganhavam R$ 13.161,8 em média. Ou seja, elas ganhavam apenas 58,6% da remuneração recebida por eles.
A distribuição dos trabalhadores jornalistas por raça/cor indica que 47,3% são brancos, com remuneração média de R$ 6.924,65, enquanto aqueles cuja declaração era de raça/cor parda e preta representavam 17,7% e 2,9%, respectivamente.
Chama atenção a desigualdade de remuneração média ao cruzar dados de raça/cor Os trabalhadores pardos e pretos recebiam, respectivamente, cerca de 72% e 78% da remuneração média que era recebida pelos trabalhadores declarados brancos.
Quanto mais idade e tempo de trabalho, maior a remuneração média
Dos 47,9 mil trabalhadores formais da categoria, nota-se que 17.139 (35,8%) estavam localizados na faixa etária entre 30 e 39 anos. Os profissionais mais jovens (15 a 29 anos) somavam pouco mais de um quarto do total (25,4%).
Analisando os dados de remuneração por faixa etária, o Dieese comprova que, quanto mais velho, maior a remuneração média da categoria. Na faixa 25 a 29 anos, a remuneração média foi de R$ 3.631,0, 37% menor do que a média geral da categoria.
Na distribuição dos trabalhadores em funções jornalísticas, segundo tempo de casa, observou-se que mais de um terço (30,5%) possuíam apenas até um ano no mesmo posto de trabalho. Outros 20,1% possuíam de 1 a 3 anos, e quase a metade – 49,3% -, estava há 3 anos ou mais na empresa. O dado infere uma rotatividade elevada entre a categoria.
A dirigente sindical acrescenta que a FENAJ e os seus 31 Sindicatos filiados deram importante passo para a luta organizada da categoria com o lançamento da Campanha Salarial Nacional Unificada dos Jornalistas 2024. “Este ano, teremos mobilizações em todo o país, com uma pauta geral que inclui cláusulas para garantir igualdade de oportunidades para mulheres, negros e negras, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas LGBTQIA+, idosos e idosas, combatendo essa disparidade de remuneração média que a pesquisa do Dieese aponta.
Os pontos principais a serem considerados para um plano de negócio novo incluem:
Perfil Demográfico: A maioria dos jornalistas empregados formalmente são mulheres (49,9%), brancos (47,3%), e têm idade entre 30 e 39 anos (35,8%). Há também uma parcela significativa de jornalistas com apenas até um ano no mesmo posto de trabalho (30,5%).
Disparidade Salarial: Evidencia-se uma disparidade salarial significativa entre diferentes grupos. As mulheres jornalistas recebem em média 94,3% da remuneração dos homens. Em posições de chefia, diretoras de redação ganham em média 58,6% do que é pago aos diretores homens.
Raça/Cor e Remuneração: Jornalistas brancos têm uma remuneração média maior (R$ 6.924,65) em comparação com jornalistas pardos e pretos, que recebem, respectivamente, cerca de 72% e 78% da remuneração dos brancos.
Idade e Tempo de Trabalho: Profissionais mais velhos e com mais tempo de serviço tendem a receber remunerações mais altas. Aqueles entre 25 e 29 anos têm uma remuneração média 37% menor em comparação com a média geral da categoria. Além disso, mais de um terço dos jornalistas possui apenas até um ano no mesmo posto de trabalho.
Rotatividade e Demissões: Há uma alta rotatividade entre os jornalistas, evidenciada pelo fato de que mais de 30% possuem apenas até um ano no mesmo emprego. Demissões em massa tendem a atingir profissionais mais experientes, que acumulam salários mais altos.
Antes da pandemia, a estimativa indicava que havia cerca de 100 mil jornalistas formados no Brasil, conforme a pesquisa “Perfil do Jornalista Brasileiro” conduzida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No entanto, é essencial considerar que o número exato de jornalistas atuantes pode variar, pois alguns profissionais podem estar em áreas não diretamente relacionadas ao jornalismo ou podem não estar trabalhando ativamente na profissão.