Danças urbanas invadem os palcos e causam revolução na forma de dançar funk
Grandes nomes do funk e do pop como Anitta, MC Kevinho e Nego do Borel vem trazendo para os palcos bailarinos com uma forma diferenciada de dançar o ritmo mais popular do Brasil. Tainá Grando, a coreógrafa mais cotada do momento na cena do funk, explica como esse estilo de dança conquistou o público.
“O que a gente faz é ir além do passinho e do quadradinho, sem perder a essência do que é o funk. Eu acrescento influencias vindas do jazz funk, do hip hop, movimentação de braços do Waacking, e isso é diferenciado, impressiona a galera e conquista o público”.
No Brasil, a influência das danças urbanas no funk e no entretenimento tem crescido muito. A coreógrafa Tainá Grando é uma das responsáveis por trazer estes elementos para os palcos e para os clipes : “Eu estou amando que as danças urbanas estão crescendo e também poder trazer isso para o funk. Lá fora em clipes antigos da Beyonce e do Justin Timberlake você vê que já se usava muito dessas danças urbanas, da movimentação. Eu comecei no balé, depois fui pra dança de salão, tanto que o trabalho que eu faço com o Sidney Magal é de dança de salão, mas me encontrei nas danças urbanas. A depender do estilo eu posso ser o que eu quiser, assumir uma personalidade pela dança”.
Tainá aponta que as danças urbanas são diversificadas, abrangentes e inclusivas e se encaixam em todos os estilos: “quem gosta de dançar mais pesado ou mais swag vai dançar, quem gosta de krumping também, quem quer dançar no salto também tem seu lugar. Nas danças urbanas todas as tribos são bem vindas. Hoje a indústria do entretenimento está dando cada vez mais importância à dança e gosto de trabalhar com aqueles que estudam e entendem essa linguagem”.
Além da coreógrafa, outros profissionais tem se inspirado a trazer novos elementos para os trabalhos, o que na opinião de Tainá é muito positivo: “Eu fico muito feliz de ver amigos meus que estudamos juntos que eu vejo coreografando outros artistas e crescendo no entretenimento. Tem espaço para todos. Cada artista se identifica com um coreógrafo, um estilo, etc. Tenho amigos que trabalham com a Iza, Anitta, Ludmilla e outros MCs e vejo que isso só agrega para o pessoal da dança, como eu, que vivem da arte”.