Cuca José Walter vai sediar jogo da Superliga B de voleibol

Após duas partidas fora de Fortaleza, a equipe cearense joga pela primeira vez em casa e segue na disputa pela classificação

No próximo sábado (5), o Time Instituto Cuca estará recebendo o Smel/Aspma/Berneck (PR), pela 11ª edição da Superliga B de vôlei masculino, um dos maiores campeonatos de clubes do mundo, estando entre os quatro melhores internacionalmente. Esse será o primeiro jogo em casa, após duas partidas, uma em São Paulo e outra em Goiânia, que abriram a competição nacional, em janeiro. A partida será no Cuca José Walter (Rua 69 – Conjunto Prefeito José Walter) – que possui piso oficial emborrachado e fixo, com padrões a nível internacional. O jogo será às 18 horas, e deve contar com presença de torcida, que precisará se inscrever previamente para poder assistir.

A equipe Instituto Cuca é a única representante do Norte-Nordeste na competição nacional. Para se inscrever será necessário preencher formulário eletrônico, onde deverá conter informações como, comprovante de vacinação com pelo menos duas doses do interessado e 1kg de alimento não perecível por pessoa, que servirá como ingresso. Além da torcida presencial, será possível assistir a transmissão ao vivo no canal do YouTube da JuvTV.

Potencial em destaque

O supervisor do time Instituto Cuca, Malbha Tahan, destaca o potencial do time, que faz questão de evidenciar para a partida deste sábado. “Nossa equipe tem um potencial muito grande de desempenho. Para o jogo de sábado temos trabalhado o lado psicológico da equipe e os ajustes de jogo visando o próximo adversário”, pontua. Das 10 equipes que estão na competição, “a única 100% amadora, e formada, em sua maioria, por jovens da periferia é a nossa”, ressalta o supervisor.

Malbha pondera que as demais equipes, além de terem atletas profissionais que vivem exclusivamente do e para o esporte, são equipes com mais experiência no alto nível do voleibol devido disputarem campeonatos estaduais e nacionais muito mais competitivos. No entanto, “somos a única equipe do Norte/Nordeste, e estamos representando as duas maiores regiões do País”, lembra. “É um feito inédito por sermos uma equipe formada dentro de um equipamento público, e com total apoio da presidente do Instituto CUCA, Kilvia Teixeira, e do prefeito de Fortaleza, José Sarto Nogueira, e nos orgulha saber que podemos contar com eles”, acrescenta o supervisor do time Instituto Cuca.

Na Superliga B, realizada pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), as equipes jogam entre si em turno único, e as quatro melhores passam para as semifinais, realizadas em melhor de três jogos. A decisão é em jogo único, cuja disputa garante vagas na primeira divisão do vôlei nacional em 2023, a Superliga. Além do Instituto Cuca,  participam da competição os times do F Vôlei (MG), Smel/Aspma/Berneck (PR), Vila Nova F.C./AEGB (GO), Vôlei Futuro/Araçatuba (SP), Niterói Vôlei (RJ), Aprov Chapecó (SC), Suzano Vôlei (SP), Uberlândia Vôlei/Praia Clube/Sada (MG) e Minas Náutico (MG). Acesse a tabela completa dos jogos.

As dez equipes jogam entre si, sendo 4 jogos em casa e 5 como visitantes. Após todos os jogos da fase de classificação, as quatro primeiras colocadas disputam a semifinal em play-off de três jogos, sendo a final em jogo único. Os dois primeiros colocados adquirem o direito ao acesso para a elite do voleibol brasileiro em 2023. O 3° ao 6° colocados, permanecem na superliga B em 2023. Do 7° ao 10°, voltam para a superliga C em 2023.

Instituto Cuca

O Instituto Cuca é uma organização sem fins lucrativos que faz a gestão dos equipamentos da Rede Cuca. Os CUCAs (Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte), estão estrategicamente localizados em áreas áreas periféricas da cidade e com políticas públicas de juventude comprovadamente vencedoras.

Ao todo, são cinco equipamentos públicos construídos pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, localizados nos bairros Barra do Ceará, Jangurussu, Mondubim, José Walter e Pici – áreas consideradas de grande vulnerabilidade social e econômica.

Os equipamentos constituem-se estrategicamente como uma rede de proteção social e de oportunidades, que possibilita à comunidade – crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos – a promoção e o acesso às ações institucionais, formação em diversas áreas, políticas públicas a ela direcionada, e a sensibilização em relação às suas corresponsabilidades sociais.

Em todos os Cucas, as ações são gratuitas, e mensalmente são disponibilizados cursos de formação e esportes, atividades de difusão cultural abertas ao público de todas as idades.  Entre as atividades ofertadas, gratuitamente, estão cerca de 40 cursos de formação, 30 modalidades esportivas, programação cultural, produções na área de comunicação, promoção e garantia de direitos humanos e a realização de festivais, mostras e exposições, além de ações na área de trabalho e empregabilidade com atendimento prioritário para a juventude classificada na faixa etária de 15 à 29 anos.

A Rede Cuca também conta com cinco bibliotecas, que possuem acervo literário com mais de 15 mil livros, cinco teatros com capacidade para 180 a 240 pessoas, estúdios de rádio, televisão, música e fotografia. E, todos os meses, nos quatro equipamentos em funcionamento, o atendimento é de mais de 10 mil pessoas, entre jovens e comunidade em geral. A perspectiva é gerar oportunidades de desenvolvimento integral, além de parcerias públicas e privadas que incentivem a juventude da periferia em situação de risco, vulnerabilidade social e econômica a descobrir e vivenciar seus talentos, discutir e usufruir dos seus direitos e deveres e exercitar, no dia a dia, a invenção de novas sociabilidades, sustentabilidades e formas de ser e estar no mundo.

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