Contratação de colaboradores temporários amplia demanda por treinamentos no varejo brasileiro
Vagas devem contemplar vendedores, caixas, balconistas, entregadores e outros profissionais, que devem receber capacitação adequada para auxiliar empresas a alcançar metas estabelecidas para o período
A proximidade das festas de final de ano já provoca movimentação importante nas áreas de comércio e serviços nas principais capitais do país. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 30% dos empresários desses setores devem abrir aproximadamente 110 mil vagas nos próximos meses, para trabalhadores temporários, informais, efetivos ou terceirizados. 54% pretendem contratar funcionários temporários. Desses, 26% devem ser efetivados.
Ainda segundo o estudo da CNDL, 23% devem contratar vendedores, 16% ajudantes, 12% cabeleireiros, 11% recepcionistas, 10% caixas, 10% balconistas, 10% entregadores, entre outros.“A estratégia de contratação de temporários é bastante interessante, dado quepermite que as organizações ajustem suas equipes de acordo com a demanda, especialmente em períodos de alta sazonalidade ou de projetos pontuais. No entanto, também traz desafios, especialmente em relação à capacitação e integração desses colaboradores à realidade do negócio. A solução para isso está nos programas de treinamentos”, avalia Haroldo Matsumoto, sócio e diretor da Prosphera Educação Corporativa – consultoria multidisciplinar de gestão de negócios.
De acordo com Matsumoto, treinar os profissionais temporários se torna fundamental para garantir a qualidade e eficiência do trabalho. A iniciativa, segundo o especialista, proporciona benefícios para a empresa e para os novos colaboradores, visto que vão auxiliar na adaptação e desenvolvimento de competências específicas para atender às necessidades da empresa; aceleram o processo de integração e tornam o profissional mais produtivo em menos tempo; melhoram o engajamento e a motivação, além de diminuir as chances de erros, resultando em economia de custos e aumento da qualidade nos serviços prestados.
O consultor defende, ainda, a aplicação de treinamentos na área de Negociação no caso de vendedores, por exemplo. “Ao participar de um curso de capacitação na área, cada profissional acaba se tornando mais perspicaz e eficiente na busca por seus objetivos, deixando o ego e influências pessoais em segundo plano. Trata-se de uma oportunidade de exercitar diversas situações de negociação com a orientação de um instrutor, que pode aprimorar cada área necessária ao negociador”, detalha.
Durante um bom treinamento focado em Negociação, os profissionais tomam conhecimento quanto ao que é negociar e como é um processo de negociação. Também têm acesso a estratégias e táticas especiais para cada fase do processo, entendem os diferentes perfis de negociadores e o que os motiva. Um curso dessa área também pode ser eficiente para auxiliar no gerenciamento de emoções durante as negociações, como construir relacionamentos de longo prazo, como vencer objeções, etc.“É interessante notar que equipes da área comercial que passam por treinamentos focados em Negociação se tornam mais assertivas e eficientes. Ouso apontar que boa parte delas alcançam volumes de vendas até 60% superiores àqueles atingidos antes da capacitação”, detalha
O especialista destaca, que como o aumento da contratação de profissionais temporários é uma realidade no mercado atual, a demanda por treinamentos adequados deve ser uma consequência direta dessa tendência. “Ao investir na capacitação de sua força de trabalho temporária, as empresas não apenas garantem a eficiência operacional, mas também criam um ambiente de trabalho mais coeso e produtivo. Portanto, o desenvolvimento de programas de treinamento adaptáveis se torna uma prioridade estratégica para organizações que desejam se destacar em um mercado cada vez mais competitivo. Se planejado antecipadamente, o treinamento pode ser rápido e, ao mesmo tempo, levar a cultura da empresa ao profissional e, especialmente, mostrar a esse colaborador temporário como atuar para ter o DNA da empresa contratante”, finaliza Haroldo Matsumoto, sócio da Prosphera Educação Corporativa.