Congresso Técnico da Taça das Favelas será realizado no Cuca Mondubim nesta terça-feira (6)

Será dado o “pontapé inicial” para a edição 2024 da etapa capital da Taça das Favelas, considerado o maior torneio de futebol de campo entre favelas do mundo. O Congresso Técnico é voltado para treinadores, jogadores, dirigentes e outros profissionais do futebol e irá acontecer nesta terça-feira (6), no Cuca Mondubim, a partir das 18h. O evento é aberto ao público.

Durante o Congresso Técnico, os participantes irão se reunir para discutir vários aspectos do esporte, como táticas e estratégias de jogo, preparação física, análise de desempenho, gestão de equipes e até desenvolvimento de jovens talentos. “O evento é uma oportunidade valiosa para aprender com especialistas, compartilhar experiências e atualizar-se sobre as últimas tendências e inovações no futebol”, destaca Piqquenno, presidente da Cufa Ceará.

As “peneiras” femininas e masculinas irão ocorrer em Fortaleza, nos dias 10, 11, 17 e 18 de agosto. Já na Região Metropolitana (Maracanaú, Caucaia, Maranguape e Aquiraz), ocorreu no último final de semana (03 e 04), envolvendo mais de 500 atletas.  A seletiva estadual está programada para os dias 24 e 25 de agosto, a semifinal para 31 de agosto e a final estadual no dia 21 de setembro.

A Taça das Favelas é organizada pela Central Única das Favelas (Cufa) e pela Frente de Assistência à Criança Carente (FACC). A competição tem por objetivo promover a inclusão social de centenas de jovens por meio do esporte, influenciando positivamente a realidade dessas pessoas. Para participar da competição, um dos principais critérios é que os atletas residam em favelas do Estado do Ceará e em cidades próximas à Fortaleza, Crateús, Sobral e Juazeiro do Norte. A expectativa é que o torneio impacte diretamente 8 mil jovens e crianças e, indiretamente, entre 25 e 30 mil.

Na categoria masculina, as equipes são compostas por jovens nascidos a partir de 2005. Já na categoria feminina, as equipes contam com jovens com idade igual ou superior a 14 anos. Serão premiadas as três primeiras equipes colocadas, nas duas categorias. Ao todo, mais de 100 mil jovens já participaram da competição nas edições realizadas em várias cidades do País. Tudo começa nas peneiras internas realizadas nas comunidades e vai até a grande final.

A primeira edição da Taça das Favelas foi realizada em 2012 e, além da premiação, o torneio revela talentos das comunidades. Com o passar dos anos, a competição ganhou ainda mais destaque no cenário mundial, tendo sua importância reconhecida por grandes craques do futebol nacional como Zico, Júnior, Bebeto e Romário. No Ceará, a competição conta com o patrocínio do Governo do Estado, Prefeituras de Fortaleza, Maracanaú e Caucaia e Fecomércio Ceará, além do patrocínio da TV Verdes Mares.

Sobre a Cufa
Presente há mais de 20 anos nas favelas brasileiras, a Central Única das Favelas (Cufa) promove atividades nas áreas de educação, lazer, esportes, cultura e cidadania, utilizando ferramentas como grafite, DJ, break, rap, audiovisual, basquete de rua, literatura, entre outros. Além disso, promove, produz, distribui e veicula a cultura hip hop por meio de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, concursos, festivais de música, cinema, oficinas de arte, exposições, debates e seminários, promovendo a integração e inclusão social.

Entre os principais projetos da instituição destacam-se o Hutúz Rap Festival, maior evento de hip-hop da América Latina, a LIBRA, Liga Internacional de Basquete de Rua, e a Taça das Favelas, maior campeonato de futebol entre favelas do mundo.

Durante a pandemia do Covid-19, a Cufa utilizou sua capilaridade para conectar a favela e amenizar ao máximo as dificuldades que os moradores de favela enfrentam. Com o programa Mães da Favela, a instituição entregou cestas básicas e chips com internet gratuita por 6 meses, garantindo assim uma segurança alimentar maior e a educação de muitas crianças, que precisavam migrar para as aulas online. Os benefícios são direcionados às mulheres das favelas, que chefiam os seus lares. Por seu conhecimento sobre esses territórios, a Cufa entendeu que ao apoiar essas mulheres, era possível criar uma rede de proteção muito maior e com isso o projeto já atendeu a mais de 6 milhões de pessoas.

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