Como implementar a Inteligência Artificial no mercado de trabalho? Executivo explica porque as empresas devem adotá-la

Para CTO da Refuturiza, Fernando Ferreira, tarefas repetitivas, de suporte e de criação podem ser otimizadas por meio das IAs

A Inteligência Artificial tem protagonizado o cenário das empresas, que a cada dia, utilizam-na nos mais diversos setores. Conforme pesquisa global recente da IBM, 41% das empresas brasileiras usam alguma forma de Inteligência Artificial em seu dia a dia, evidenciando o crescimento dessa tecnologia. “Estamos definitivamente na era da IA, e todos os setores serão impactados por ela. No entanto, não há motivos para medo ou preocupação. A tendência é que as ferramentas de IA se popularizem e se tornem mais acessíveis e especializadas”, aponta Fernando Ferreira, CTO da Refuturiza.

O profissional acrescenta que seu uso pode perpassar atividades diferentes no mercado de trabalho, como diagnóstico médico, engenharia e administração. “Isso permitirá que os profissionais se concentrem em atividades que exigem tomada de decisões estratégicas, acelerando significativamente os resultados das empresas e reduzindo os custos operacionais”, explica.

Novas oportunidades de trabalho

Um dos questionamentos que vieram junto com as IAs era se seu uso acarretaria em possíveis substituições ou reduções de postos de trabalho. Contudo, Fernando ressalta que a incorporação dessa tecnologia não está relacionada a esse efeito. “Até 2030, espera-se que até 30% das horas trabalhadas em vários setores sejam automatizadas pela IA. Isso, porém, não significa que 30% dos empregos serão eliminados. A IA generativa depende de uma interação entre humanos e tecnologia para ser eficaz”, discorre.

Para ele, o que acontece é uma melhora na eficiência dessas funções, trazendo e demandando novas oportunidades de trabalho para as pessoas, justamente em razão das novas necessidades do mercado.

IAs: facilidades e desafios na implementação pelo mercado

A utilização de ferramentas de inteligência artificial otimiza processos, mas sua articulação com as organizações e rotinas ainda podem representar um desafio para gestores e colaboradores. De acordo com Fernando, um dos principais riscos é o uso inadequado da IA, com colaboradores delegando funções críticas inteiramente à tecnologia. “Isso pode levar a informações sem o devido contexto. É crucial educar os colaboradores sobre como utilizar a IA como uma ferramenta de apoio, e não como substituta de suas funções. Workshops podem ser eficazes nesse sentido”, pontua o CTO da Refuturiza.

A adoção de uma IA como recurso de trabalho possibilita à empresa gerir melhor seu tempo, inserindo essa ferramenta estrategicamente em setores que demandam tarefas repetitivas, ou suporte. Tal dado é corroborado pelo levantamento da IBM, no qual indicou que 30% das empresas a utilizam para a automatização de processos.

Contudo, há outros caminhos, expõe o executivo da Refuturiza. “A IA permite o desenvolvimento de novos produtos e serviços, exigindo novas habilidades e especializações; em expansão em Educação e Treinamento, ela pode personalizar materiais de aprendizado e criar simuladores de treinamento, gerando mais oportunidades em áreas educacionais e tecnológicas”, detalha.

Ele ainda mostra que, para adquirir a performance e competitividade por meio dessas ferramentas, é imprescindível o incentivo ao uso no dia a dia. “Por exemplo, analistas podem utilizá-las para organizar relatórios e realizar cálculos complexos, enquanto executivos podem resumir relatórios extensos. Anotações de reuniões podem se transformar em atas ou até mesmo em termos de abertura de projetos de forma quase instantânea. As vantagens são vastas, e a implementação é simples”, salienta.

Gestão de pessoas como peça fundamental na implementação

O CTO da Refuturiza evidencia que a implementação da Inteligência Artificial no mercado não acontece repentinamente e, nesse sentido, o setor de Gestão de Pessoas tem papel importante no processo. “A informação é a chave. Introduzir a IA como parte da cultura de inovação e como uma ferramenta para aumentar o desempenho é o caminho certo. Equipes de gestão de pessoas podem ser fundamentais na promoção dessa adoção, destacando tanto os benefícios quanto os riscos do uso”, explica.

Segundo Fernando, na Refuturiza, as ferramentas de IA generativa, aquelas que utilizam banco de dados para gerar informações, já são uma realidade, principalmente no apoio à construção de produtos e projetos, além da análise e gerenciamento de dados.

O executivo detalha que a tecnologia está no centro dos produtos oferecidos pela empresa. “Na nossa ferramenta de Recrutamento e Seleção, utilizamos IA para realizar entrevistas de triagem, analisar currículos, resumir perfis de candidatos e medir a aderência do candidato à vaga. Na gestão de pessoas, a ferramenta ajuda a criar trilhas de desenvolvimento, analisar o clima organizacional e fornecer orientações aos gestores sobre como melhorar o ambiente de trabalho”, exemplifica.

“Temos várias novidades planejadas para 2025 que acreditamos ser um divisor de águas tanto para a Refuturiza quanto para o mercado de trabalho brasileiro”, projeta.

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