Cearense de Iguatu, Paulo Sergio Nogueira é o novo comandante do Exercito

Ele é o general que freou pandemia nos quartéis com distanciamento social

O presidente da Casa do Ceará em Brasília, José Sampaio de Lacerda Junior, enviou cumprimentos ao novo Comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira,  cearense de Iguatu – conterrâneo de Eleazar de Carvalho, Evaldo Gouvea, Humberato Teixeira, Dom Mauro Teixeira Gurgel, Adahil Barreto Cavalcante – em nome da comunidade cearense  em Brasília:
Ilustre General  de Exército

PAULO SÉRGIO NOGUEIRA DE OLIVEIRA

TENHO A HONRA E SATISFAÇÃO DE CUMPRIMENTÁ-LO POR SUA NOMEAÇÃO PARA O IMPORTANTE CARGO DE COMANDANTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO.

EM NOME DOS CEARENSES ASSOCIADOS DA CASA DO CEARÁ EM BRASÍLIA, ENTIDADE QUE TENHO A HONRA DE PRESIDIR, DESEJO AO ILUSTRE CONTERRÂNEO MUITO SUCESSO NO DESEMPENHO DA IMPORTANTE FUNÇÃO.

ESPERO, QUANDO A PANDEMIA PERMITIR, TER A HONRA DE RECEBER SUA VISITA, PARA UM CAFÉ CEARENSE, À NOSSA INSTITUIÇÃO QUE PRESTA RELEVANTES SERVIÇOS SOCIAIS E FILANTRÓPICOS ÀS COMUNIDADES CARENTES DE BRASÍLIA E ENTORNO.

RESPEITOSOS CUMPRIMENTOS DE  JOSÉ SAMPAIO DE LACERDA JÚNIOR

O novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, anunciou na tarde da última quarta-feira os três novos comandantes das Forças Armadas. São eles: o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Exército), o almirante Almir Garnier Santos (Marinha) e o tenente-brigadeiro do Ar Carlos Almeida Baptista Júnior (Aeronáutica). Ao contrário do que se previa, Braga Netto, de certa maneira, privilegiou os critérios de antiguidade e não realizou uma série de promoções nas Forças Armadas por razões estritamente políticas ou por alinhamento direto ao presidente Jair Bolsonaro.

Apesar desta tentativa de se desvincular desse critério político, entre especialistas a avaliação é que dificilmente esse descolamento ocorrerá. “As forças estão politizadas há tempos. É uma posição anti-esquerda e conservadora. Desde a redemocratização, elas admitiram algumas mudanças, dentro de determinados limites. A educação de seus oficiais, por exemplo, não mudou. Tanto que nas escolas de formação de oficiais ainda dizem que não houve golpe militar em 1964”, afirmou o cientista político Alexandre Fuccille, professor da Universidade Estadual Paulista e pesquisador na área de Defesa.

Havia a expectativa que o presidente e indicasse o general Marco Antônio Freire Gomes, atual comandante da região Nordeste, que é o quinto mais antigo. Bolsonaro e Braga Netto, contudo, escolheram o terceiro com mais tempo de Exército, Paulo Sérgio. O primeiro, José Freitas, entrará para a reserva em três meses por estar ocupando o cargo de general há 12 anos. Por essa razão foi excluído da promoção. O segundo, Marco Antônio Amaro dos Santos assessorou a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) na Casa Militar, o que foi um impeditivo para sua nomeação, já que a gestão Bolsonaro se opõe aos petistas. Amaro e Freitas seguirão automaticamente para a reserva.

Entre os militares, a surpresa com relação a Paulo Sérgio, atual chefe do departamento de Pessoal do Exército, acontece porque no domingo passado ele concedeu uma entrevista ao jornal Correio Braziliense, na qual defendeu uma série de medidas sanitárias para evitar a disseminação do coronavírus nos quartéis. E disse que, por conta do uso de máscaras faciais, de distanciamento social e da testagem em massa de seu efetivo a força registrou, proporcionalmente, menos caso que a população em geral. Foi na contramão do que prega o presidente, um negacionista da crise.

A escolha por Paulo Sérgio também ocorreu para tentar esvaziar mais um pedido de impeachment apresentado pela oposição contra Bolsonaro. Há cerca de 70 aguardando análise do presidente da Câmara,  Arthur Lira (PP-AL). No pedido apresentado nesta quarta-feira, parlamentares afirmam que o presidente está tentando controlar e utilizar politicamente o Exército durante a pandemia ao dizer que seu Exército poderia atuar contra lockdowns decretados por governadores de Estados. No texto, os congressistas citam que a troca no comando da Defesa mostra uma nova investida de Bolsonaro “com objetivo de usar as Forças Armadas politicamente e de atentar contra as instituições republicanas e democráticas”.

A situação de Paulo Sérgio hoje é similar à do general Eduardo Villas Bôas, que, em 2015, foi escolhido pela presidenta Dilma Rousseff quando era o terceiro mais antigo na função. Nas outras duas forças, não houve surpresas. Garnier Santos e Baptista Júnior eram apontados como os favoritos de Bolsonaro e as suas escolhas acabam por ll

Biografia

Saiba quem é o general Paulo Sérgio, novo comandante do Exército

Natural de Iguatu (CE), casado e pai de 3 filhos, o militar é o terceiro mais antigo no Alto Comando da instituição

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cearense, natural de Iguatu, o general Paulo Sérgio Nogueira Oliveira, de 59 anos, é o novo comandante do Exército.

Conhecido como general Paulo Sérgio, chefiava o Departamento-Geral de Pessoal do Exército, em BRaslia,  desde abril de 2018.

Trajetória

O general Paulo Sergio Nogueira é filho de um bancário e uma dona de casa. Até os 11 anos, estudou em sua cidade natal. Depois, ingressou no Colégio Militar de Fortaleza, em regime de internato. Em 1974, seguiu para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP).

Casado com Maria das Neves Paiva França de Oliveira, tem três filhos, Danilo, Rafael e Lucas, além de dois netos e uma neta.

Em 1977, ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, no Rio de Janeiro, tendo sido declarado aspirante a oficial da Arma de Infantaria em 15 de dezembro de 1980.

Ele também foi instrutor da Aman em três oportunidades, sendo, em uma delas, comandante do curso de Infantaria. Também em Resende, em 1994, foi subcomandante do 2º Batalhão de Infantaria de Selva. Depois, na cidade mineira de Juiz de Fora, comandou o 10º Batalhão de Infantaria Leve-Montanha.

Paulo Sérgio também tem experiência na área internacional tendo sido, por dois anos, adido militar do Brasil no México.

Como general, ele exerceu os cargos de chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), comandante da 16ª Brigada de Infantaria de Selva, em Tefé (AM); chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, em Manaus-AM, comandante da 12ª Região Militar, também em Manaus.

Recentemente, o general ganhou notoriedade por defender medidas divergentes do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19. Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, ele alertou para uma possível terceira onda da Covid-19 e saiu em defesa das medidas de isolamento social.

O Exercito e a Pandemia

Exército na Vacinação em Curitiba

Profissionais de saúde do Exército Brasileiro vão integrar as equipes de vacinação contra a Covid-19, em Curitiba. A parceria foi proposta na semana passada, com mediação da Câmara Municipal de Curitiba.

Conforme o acordo, 32 técnicos de enfermagem da 5ª Divisão de Exército e da 5ª Região Militar já fizeram o treinamento no pavilhão de vacinação montado no Parque Barigui e serão integrados, nesta quinta-feira (1), por escalas, à equipe que aplica as doses dos imunizantes para os grupos de risco.

Segundo o Exército, os 32 sargentos, divididos entre os efetivos masculino e feminino, estão desde o início da pandemia atuando no combate à Covid-19 nas diversas Organizações Militares de Curitiba. Além disso, alguns já participaram de missões que beneficiaram milhares de brasileiros, venezuelanos e indígenas desde o ano passado.

Segundo a Prefeitura de Curitiba, 620 profissionais da rede municipal da saúde estão envolvidos nos esforços para imunizar a população curitibana em 14 pontos fixos e três pontos de drive-thru distribuídos por toda a cidade.

Exército instala Hospital de Campanha para atender militares em Curitiba

Exército Brasileiro enviou à Curitiba, nesta semana, o primeiro módulo reduzido do Hospital de Campanha do Rio de Janeiro, que foi montado no pátio do Hospital Geral de Curitiba. O objetivo é aumentar a capacidade de atendimento do hospital que atende militares e familiares do Paraná e de Santa Catarina.

A estrutura de 144 metros quadrados foi instalada pela equipe do Hospital de Campanha do Rio de Janeiro, com apoio de militares do 5º Batalhão Logístico de Curitiba. A expectativa é que o módulo comece a receber pacientes a partir desta quinta-feira (18).

Conforme a assessoria de comunicação do 5º Batalhão Logístico, o módulo conta com posto de triagem, dois consultórios e leitos de enfermaria. Além disso, foram disponibilizados equipamentos para mobiliar quatro leitos de UTI localizados no prédio principal do Hospital Geral de Curitiba.

Ainda conforme o comunicado, devido ao aumento de casos da Covid-19 na Região Sul do Brasil, o Exército decidiu potencializar a capacidade do Hospital Geral de Curitiba, que atualmente está com 100% dos leitos de UTI ocupados.

 

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