Caucaia, Nossa Senhora do Socorro e Fortaleza aumentaram gastos com saúde no ano passado

Ranking – Os municípios que mais gastaram com saúde em 2017

Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)

Caucaia (CE), Nossa Senhora do Socorro (SE), Fortaleza (CE), Mossoró (RN) Feira de Santana (BA) foram os municípios da região Nordeste que mais aumentaram seus gastos com saúde em 2017. De acordo com dados divulgados recentemente através do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), juntas, as cidades da região investiram R$ 31,3 bilhões no ano passado, um incremento de 0,3% em relação a 2016.

Com pouco mais de 362 mil habitantes, o município de Caucaia (CE) teve seus gastos com saúde ampliados em 27% em 2017, quando foram investidos R$ 140,3 milhões contra os R$ 110,5 milhões gastos em 2016. Em segundo lugar na tabela das maiores variações ficou Nossa Senhora do Socorro (SE), que ampliou os gastos em 12,2% e somou R$ 64,7 milhões no ano passado.

Fortaleza, capital do Ceará, também aumentou seus gastos com saúde: foram R$ 1,9 bilhão em 2017, crescimento de 8% em relação aos R$ 1,7 bilhão empregados no ano anterior. Outros aumentos consideráveis aconteceram em Mossoró (RN) Feira de Santana (BA), que incrementaram seus gastos com saúde em 7,6% e 6,6%, respectivamente.

Além de Fortaleza, outras quatro capitais da região incrementaram seus gastos com saúde. A administração de Maceió (AL)gastou R$ 656,1 milhões em 2017 e aumentou em 4,2% seus investimentos; já em João Pessoa (PB) o aumento foi de 4% e foram gastos R$ 683,2 milhões no ano passado; em Recife (PE) o incremento foi de 3,2% e o montante investido em saúde foi de pouco mais de R$ 1 bilhão em 2017; por último, Natal (RN), teve pequeno aumento de 1,5% nos gastos com saúde, somando R$ 677,8 milhões.

Na outra ponta do ranking de gastos com saúde, quatro capitais registraram quedas no período analisado. A maior delas aconteceu em Aracaju (SE), que reduziu em 6,4% seus gastos e somou R$ 489,2 milhões no ano passado – em 2016 foram R$ 522,8 milhões. Desaceleração também em São Luís (MA), com queda de 5,6% nos gastos com saúde em 2017; Teresina (PI),que investiu 4,7% a menos no ano passado em relação a 2016; e Salvador (BA), que somou R$ 1,3 bilhão gastos em saúde em 2017, valor 1,7% menor do que o registrado em 2016.

Os gastos com saúde também tiveram desaceleração acentuada em Petrolina (PE), Imperatriz (MA), Juazeiro do Norte (CE)Olinda (PE). As quedas foram de 16%, 10,2%, 8,4% e 8%, respectivamente, no período analisado.

Em sua 14ª edição, o anuário utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.

O Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil (Ano 14 – 2019) foi viabilizado com o apoio de Alphaville Urbanismo, APP 99, BRB, Comunitas, Guarupass, Hauwei, MRV, prefeitura de Cariacica/ES, prefeitura de Guarulhos/SP, prefeitura de Ribeirão Preto/SP, prefeitura de São Caetano do Sul/SP, Sabesp, Saesa e Sanasa.

Brasil: municípios investem mais e gastos com saúde têm pequeno aumento

Foram dois anos seguidos de quedas, que resultaram numa redução de R$ 5,58 bilhões nos investimentos, mas em 2017 o gasto com saúde dos municípios brasileiros apresentou uma pequena melhora no montante aplicado, passando de R$ 138,83 bilhões em 2016 para R$ 139,72 bilhões no ano passado, um aumento de 0,6%.

“Desde 2015, quando o agravamento da crise econômica no país provocou uma retração significativa nas receitas dos municípios, a redução ocorrida nas áreas de saúde e educação sempre foi menos intensa que a queda da despesa total. No ano passado não foi diferente: enquanto a despesa total registrou queda de 2%, o gasto com saúde apresentou um pequeno aumento”, explicou a economista e editora do anuário Tânia Villela.

A economista acrescenta que, apesar da crise econômica e da sobrecarga no sistema público de saúde, as despesas municipais com a pauta interromperam o movimento de contração que vinha acontecendo desde 2015. “O orçamento municipal vem, cada vez mais, comprometendo-se com a saúde, com crescimento de ações e outros serviços públicos”, explicou.

Entre todas as regiões do país, apenas os municípios do Norte apresentaram queda nos recursos aplicados: foram R$ 104,87 milhões a menos, uma retração de 1,3%. Do outro lado da tabela, as cidades das regiões Sul e Centro-Oeste foram as que apresentaram maiores variações positivas no período analisado, com alta de 1,7% e 1,4% respectivamente.

Crescimento da despesa com saúde em relação ao ano anterior:

Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)

Quando analisados os desempenhos das capitais do país, os maiores aumentos percentuais em gastos com saúde foram registrados em Campo Grande (16,8%), Cuiabá (15,6%) e Belo Horizonte (9,7%). Já as maiores quedas ocorreram no Macapá (-8%), em Belém (-6,6%) e em Boa Vista (-6,5%). A publicação levantou, ainda, o gasto médio com saúde per capita dos municípios, que foi de R$ 682,85 em 2017.

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