Bares e restaurantes esperam alta no faturamento no Dia das Mães de 2025
São 78% os que pretendem ter receita maior em 2025, em relação aos mesmos dados do ano passado. Para 62%, o aumento deve ser de até 20%
Pesquisa realizada em abril pela Abrasel revela que os estabelecimentos guardam boas expectativas para o Dia das Mães. Quase oito em cada dez estabelecimentos deverão abrir no domingo, 11 de maio. Entre esses, 78% esperam faturar mais este ano do que na mesma data do ano passado, sendo que 62% esperam aumentar o faturamento até 20%. Além disso, 8% espera aumentar entre 21% e 30%, e para 8% a alta pode passar de 30%. Outros 14% esperam faturar o mesmo que em 2024, e 4% acreditam que não haverá queda no faturamento. Já 4% dos estabelecimentos não existiam em 2024 e não têm base para comparação.
Outra boa notícia é que houve queda de oito pontos percentuais no número de empresas de operação com prejuízo, em comparação ao mês anterior. No balanço de março, 22% das empresas ainda trabalharam em prejuízo (contra 30% em fevereiro), 39% das empresas registraram equilíbrio financeiro, enquanto 38% tiveram lucro – 1% das empresas não foram abertas em fevereiro.
Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, o quadro ainda é, mas o resultado de março já foi significativamente melhor que o de fevereiro, muito em função do Carnaval. E agora temos dois dados muito difíceis pela frente. Há otimismo para o Dia das Mães, nossa segunda melhor data no ano. E em seguida teremos o Dia dos Namorados, nossos melhores dados em termos de lucro. Este ano, aliás, vamos promover a Semana dos Namorados, como forma de dar mais de ações comemorativas aos casais”.
Apesar do otimismo, os empresários enfrentam desafios para ajustar os preços dos cardápios. A inflação acumulada de 5,48% entre abril de 2024 e março de 2025 não consegue ser repassada aos cardápios pela maioria dos empreendedores. Apenas 38% dos estabelecimentos conseguiram ajustar os preços para acompanhar a inflação, enquanto 33% não conseguiram realizar nenhum reajuste e 21% fizeram algum reajuste, mas abaixo da inflação. Apenas 8% disseram ter preços acima do índice geral de inflação.
Em relação ao endividamento, 37% dos estabelecimentos acumulam pagamentos em atraso, sendo os impostos federais e os estaduais os principais débitos. O número traz uma queda em relação à mesma pesquisa de abril de 2024, quando o número chega a 40%.
Para Paulo Solmucci, o aquecimento na procura por bares e restaurantes é benéfico, mas não resolve os problemas que vêm se acumulando desde a pandemia: “A Abrasel preparou um plano sinérgico para ajudar os que estão em dificuldades, e estamos trazendo grandes empresas para este esforço, articulando iniciativas isoladas em um movimento mais coordenado. Na próxima semana devemos anunciar estas ações em detalhes”, finaliza. |
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