Após dois meses de queda, bares e restaurantes registram alta nas vendas em agosto

Índice Abrasel-Stone mostrou que 22 estados apresentaram crescimento, trazendo otimismo para os últimos meses do ano

O aumento do volume de vendas em agosto reforça o otimismo dos empreendedores para o fim de ano. Foto: Rovena Rosa/ Agência Brasil

O Índice Abrasel-Stone, que monitora o volume de vendas no setor de bares e restaurantes, registrou um crescimento de 4% em agosto, revertendo a tendência de queda observada nos dois meses anteriores. O resultado marca uma projeção positiva para o setor, que apresentou uma melhora em 22 dos 24 estados analisados.

Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice também apresentou um aumento de 2%. Entre julho e agosto deste ano, os estados de Rio de Janeiro (6,5%), Rio Grande do Sul (5,7%), Alagoas e Tocantins (4,9%) e Santa Catarina (4,7%) foram os que mais se destacaram no crescimento. No entanto, o Maranhão e o Rio Grande do Norte seguiram na contramão, registrando uma retração de 0,6% cada.

Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, o aumento do volume de vendas em agosto reforça o otimismo dos empreendedores para o fim de ano. “Nos próximos meses, a expectativa é de que os estabelecimentos registrem um crescimento na demanda, impulsionado principalmente por fatores como a alta na temperatura, o pagamento do 13º salário e as festas de fim de ano”, destaca.

Uma pesquisa da Abrasel, realizada em julho deste ano, mostrou que 29% dos empresários planejam contratar novos funcionários com base no aumento de demanda previsto para os próximos meses. Entre as funções mais buscadas estão auxiliares de cozinha (68%), atendentes(51%) e garçons (51%).

Para Matheus Calvelli, pesquisador e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, o movimento é um reflexo da melhora da renda disponível das famílias. “Com a massa salarial brasileira crescendo, acompanhada de níveis historicamente baixos de taxa de desemprego, a população vem conseguindo pagar suas dívidas, reduzindo seu comprometimento de renda. Com isso, há mais espaço para o consumo discricionário, o que é favorável para o setor de bares e restaurantes”.

Para mais informações sobre o relatório acesse o site: https://abrasel.com.br/revista/

 

 

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