América Latina teve o seu janeiro mais vegano em 2023

Veganuary, organização global que incentiva as pessoas a experimentarem o veganismo a partir de janeiro, continua crescendo na América Latina. Embora a ONG originária do Reino Unido tenha comemorado dez anos desde sua primeira campanha este ano, sua presença em países na América Latina começou em 2020 e no Brasil, estreou em 2021. Esta, então, foi a 3ª campanha no Brasil e 4ª na América Latina, com grande adesão de países como Chile, Argentina e México.

Assim sendo, o maior movimento de veganismo do mundo encerrou seu janeiro vegano de 2023 com mais de 700.000 pessoas cadastradas em quase todos os países — um recorde histórico para a ONG — onde grande parte da participação se concentrou na América Latina.

De acordo com a primeira pesquisa realizada em janeiro pela YouGov na região, para medir a participação de Veganuary no continente, 8% dos entrevistados no Brasil afirmaram ter participado do janeiro vegano, enquanto na Argentina e no México esse número foi de 7% da população, além de 5% no Chile, números que confirmam o crescimento do movimento, além do interesse da população que vive na América Latina em incorporar uma dieta baseada em vegetais em sua alimentação.

Várias empresas também acompanharam o movimento, e a cada ano marcas ilustres participam oferecendo promoções, lançamentos, apoio à campanha, ou aproveitam o contexto para dar visibilidade aos seus produtos veganos, cada vez mais procurados pelos clientes.

Durante janeiro de 2023, somando América Latina e Espanha, um total de 235 marcas aderiram à campanha. Desse número, mais de 90 ofereceram promoções durante o mês e outras, como NotCo e Vilay, apoiaram a publicidade em supermercados do México. Além disso, 14 grandes empresas apoiaram a campanha Janeiro Vegano por meio de seus próprios canais de comunicação, como Subway, Dunkin’ Donuts, Heinz, Kraft, Papa Johns, Domino’s Pizza, Nestlé e Unilever, entre outros.

Ainda falando do corporativo, oito empresas aderiram em janeiro ao Workplace Challenge, iniciativa que busca motivar as equipes de trabalho a experimentar a alimentação plant-based, onde participaram Avon, Natura, Groupon e The Body Shop, entre outras.

Mauricio Serrano, diretor do Veganuary na América Latina, comenta que “este foi o janeiro mais vegano desde que nossa iniciativa chegou oficialmente à América Latina em 2020, demonstrando que pessoas e empresas confiam nesse movimento e contam com o Veganuary para consumir ou promover os produtos à base de plantas durante janeiro e além, prevendo um futuro ainda mais vegano para os próximos meses e janeiro”.

Um movimento que define a tendência

Veganuary também foi tendência nas mídias sociais. O alcance das publicações no Instagram e Facebook — em português — aumentou 25% em relação aos seis meses anteriores à campanha, com mais de 1,6 milhões de contas alcançadas entre dezembro e janeiro; enquanto a mídia publicou mais de 170 notícias sobre temas relacionados à campanha 2023 da ONG, posicionando o Veganuary na imprensa escrita; em entrevistas de rádio; e até na televisão, em países como Brasil e Chile.

O apoio de celebridades locais também tem sido relevante para o crescimento dos países da região. Este ano, Veganuary foi apoiado por rostos proeminentes como Xuxa e Hana Khalil no Brasil, Kathy Moscoso na Colômbia; Eliana Albasetti no Chile; Liz Solari, Gerardo Chendo e Leo Montero na Argentina e Marco Antonio Regil no México.

A esfera política não ficou de fora. Este ano, a campanha contou com o apoio do congressista chileno Jorge Brito — coroando o Chile como o país com mais políticos que experimentaram o veganismo junto com o Veganuary — e também do irmão do presidente chileno, Tomás Boric; enquanto, na Colômbia, a senadora animalista, Andrea Padilla, também fez parte do movimento em 2023.

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