Reunião do Copom – Selic deve cair ainda mais?

4 especialistas do mercado financeiro comentam suas expectativas para a próxima reunião do Copom

 

Desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em julho deste ano, a Selic ficou estabelecida em 6%, menor patamar desde sua criação. O dólar avança com 0,15%, além disso, sendo cotado a R$ 4,11. Já o Ibovespa opera com queda de 0,6%. O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, comunicou que as decisões tomadas na reunião devem ser independentes das questões externas atuais, como dólar. Desde a reunião de julho, estima-se que a taxa siga caindo nas próximas. A expectativa deve aumentar mais ainda já que a decisão será anunciada juntamente com a decisão do Federal Reserve (Fed).

Para Fernando Bergallo, Diretor de Câmbio da FB Capital, o corte não deve passar de 0,5%. “O Copom está no foco, é o destaque da agenda interna, creio que o corte não deve passar de 0,5%”. Sobre os efeitos no dólar, Bergallo aponta que há dois efeitos diferentes para a medida, o primeiro é uma diminuição de expectativas do exterior acerca do Brasil. “São efeitos controversos, por um lado, diminui o interesse do capital especulativo pelo Brasil, o que impede uma queda da moeda americana”. Fernando aponta que o outro efeito é um estímulo à produção e atrair mais investidores para o país. ”Por outro lado, a redução em vista pode estimular a produção, o que gera confiança para os investidores estrangeiros”.

O Economista-Chefe da Nova Futura investimentos, Pedro Paulo Silveira, afirma que a previsão de 0,5% é praticamente unânime. Ele estima que até dezembro de 2019, a taxa esteja abaixo dos 5%. “Creio que até dezembro deste ano a taxa esteja por volta de 4,75%. Além disso, as questões externas atuais não afetarão a decisão a ser tomada na reunião. O Economista-Chefe pontua que a medida nasce através do intuito de derrubar a inflação e despertar o interesse de novos investidores. “A redução foi feita baseando-se no hiato do produto e a queda da inflação para o horizonte da política monetária”.

Jefferson Laatus, Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, afirma que o cenário atual pede os dois cortes previstos. “Da forma que está o cenário atual é interessante o BC ter mais dois cortes de 0,5% para fechar o ano com 5% na taxa e dar o estímulo que a economia precisa nesse momento”. Ele destaca a reunião do Fed e diz que há a probabilidade do corte previsto não acontecer. “A decisão de cortar 0,25% era unânime, porém há dois fatores que indicam a possibilidade de não existir esse corte”. Laatus explica os pontos que podem impedir o corte. “O primeiro motivo é que todos os indicadores americanos vieram bons, o segundo fator que pode levar a esse corte de juros é o atentado do final de semana o qual está pressionando bastante o petróleo”, explica o Estrategista-Chefe do Grupo Laatus.

Para Daniela Casabona, Sócia-Diretora da FB Wealth, a taxa estará em 5% até o fim deste ano, ela também estima que haja duas quedas de 0,5%. “A expectativa é que tenha um novo corte de 0,5%, acredita-se que a taxa será de 5% até o fim deste ano”. Para Casabona, o mercado aguarda com expectativa a reunião, já que a última demonstrou que a taxa seguiria diminuindo. “Essa expectativa se dá pela última reunião do Copom sinalizar que poderia continuar reduzindo a taxa básica de juros nos próximos meses”, finaliza a Sócia-Diretora.

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