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Mãe doa órgão para filha e transplante marca novo laço entre elas

Foram mais de 4,6 mil transplantes de rim entre janeiro e setembro de 2024 em todo Brasil, mas 36 mil pessoas ainda aguardam por um recomeço a partir da doação de órgãos

“Quando o médico me disse que eu tinha a possibilidade de fazer um transplante, pensei: agora eu tenho uma chance de vida”. A frase de Dayane de Camargo Dutra Lara, de 41 anos, traduz o alívio e a esperança de quem enfrentou uma longa jornada até chegar ao transplante renal. Aos 18 anos, ela foi diagnosticada com lúpus, uma doença autoimune que, com o tempo, comprometeu o funcionamento dos seus rins. A insuficiência do órgão a levou a depender da hemodiálise por quase dois anos e, entre idas e vindas ao hospital, a expectativa por um rim compatível se tornou realidade. Em meio à espera, a surpresa veio quando descobriram que a mãe, Luiza de Souza, era compatível e poderia doar o rim para a filha.

O procedimento, coincidentemente realizado no Dia das Mães por uma equipe especializada do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), marcou um novo começo para ambas. O médico nefrologista Alexandre Bignelli, responsável pelo transplante, destaca a importância do tratamento adequado para que pacientes como Dayane tenham sucesso na cirurgia. “A Dayane seguiu corretamente todas as recomendações médicas e se comportou de forma exemplar, o que garantiu que ela estivesse apta a receber o órgão de sua mãe”, conta. Já Luiza, com 72 anos, reforça que a doação foi um ato de amor incondicional. “Foi um prazer tão grande que Deus me deu de eu poder dar o meu rim para ela. Eu faria tudo de novo, sem pensar duas vezes. Ver minha filha com saúde é o maior presente que eu poderia receber”, afirma.

Impacto da doação de órgãos

O Brasil tem se destacado no cenário dos transplantes de órgãos, registrando números expressivos ao longo de 2024. Entre janeiro e setembro, foram realizados mais de 6,9 mil transplantes no país, sendo 4,6 mil de rim, representando 66,7% de todos os procedimentos. Apenas no Paraná, foram realizados 896 transplantes em 2024, com 543 de rim. Contudo, a lista de espera nacional ainda é uma realidade desafiadora: atualmente, 66,5 mil pessoas, em todos os estados do país, aguardam um transplante e 36,6 mil delas precisam de um novo rim. Esse cenário evidencia a importância das campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos para salvar vidas.

Dayane de Camargo recebeu rim da própria mãe, após ter órgão comprometido em decorrência do lúpus
Créditos: Arquivo pessoal

Um dos procedimentos médicos mais bem-sucedidos, o transplante renal oferece aos pacientes uma melhoria significativa na qualidade de vida e na longevidade. “Hoje, após quase 14 anos do transplante, a Dayane está muito bem, com sua função renal normal. Ela voltou ao trabalho, formou família e leva uma vida tranquila. Histórias como a dela demonstram o impacto positivo do transplante e a importância de incentivar a doação de órgãos no país”, explica Alexandre Bignelli. Emocionada, Dayane recorda que sua mãe a deu a vida duas vezes: uma quando ela nasceu e outra quando fez a doação do rim. “Eu sou muito grata por tudo o que ela fez por mim, foi um ato de amor que mudou a minha vida para sempre”, lembra.

Cuidados que fazem a diferença

A necessidade de um transplante de rim pode surgir por diversas razões, incluindo doenças autoimunes, infecções graves e condições crônicas como diabetes e hipertensão. Embora nem sempre seja possível evitar problemas renais, há formas de cuidar do órgão e reduzir os riscos de comprometimento da sua função. O urologista Mark Neumaier, dos hospitais São Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, explica que hábitos saudáveis são essenciais para preservar a saúde do órgão. “A hipertensão é responsável pela grande maioria dos casos de insuficiência renal e diálise, assim como também a diabetes. Por isso, controlar a pressão arterial, manter níveis equilibrados de açúcar no sangue e evitar o excesso de sódio e alimentos ultraprocessados são medidas fundamentais para prevenir doenças renais”, explica o urologista.

“Muitas pessoas esperam sentir algum sintoma para identificar algum tipo de problema, mas, na maioria das vezes, quando isso acontece, o comprometimento dos rins já é significativo”, alerta Mark Neumaier. Para não chegar nesse ponto, o médico orienta que a hidratação desempenha um papel importante, uma vez que o rim é responsável por filtrar o sangue e eliminar substâncias que o corpo não precisa, dependendo da água para realizar esse processo de forma eficiente. “Alguns sinais precoces de problemas nos rins incluem sangramento na urina e dor lombar, que pode ser causada por pedras nos rins. Se não tratadas, essas condições podem levar a danos permanentes nos rins e até à perda da função renal”, completa.

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