Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2022 -Ceará
Com a presente publicação, o IBGE divulga estudo conjunto que compreende Demografia das Empresas – que analisa a dinâmica demográfica das empresas e unidades locais empregadoras; eventos de nascimento, morte e sobrevivência – ; e Estatísticas de Empreendedorismo – que destaca a importância das empresas de alto crescimento na geração de postos de trabalho assalariados formais.
Panorama Geral
Em 2022, no Ceará, havia 80,9 mil unidades locais ativas que se encontravam na condição de empregadoras. Essas unidades empregavam 1,1 milhão de pessoas ocupadas como assalariadas. Os salários e outras remunerações pagos por essas entidades totalizaram R$ 29,3 bilhões, com um salário médio mensal de 1,8 salários mínimos – s.m. .
Nascimentos de unidades locais empregadoras
Em 2022, houve 13,3 mil nascimentos de unidades locais empregadoras que contrataram aproximadamente 67,4 mil assalariados. Enquanto a taxa de nascimento aumentou de 11,0%, em 2017, para 16,4%, em 2022, a participação do pessoal total assalariado passou de 4,6%, para 6,2%.
A atividade que mais contribuiu para o nascimento foi Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (40,4%), sendo responsável também pela maior parcela de empresas empregadoras ativas (44,3%). A seção Alojamento e alimentação aparece em segundo lugar no conjunto de nascimentos (9,9%), mas terceiro nas empresas ativas (7,7%). Por fim, as Indústrias de transformação foram responsáveis pelo terceiro maior quantitativo de nascimentos, 9,5%, e o segundo maior de empresas ativas, 11,3%.
Mortes – encerramento das atividades das unidades locais
Em 2020, ocorreu 6,3 mil mortes de empresas unidades locais empregadoras que empregavam aproximadamente 26,8 mil pessoas assalariadas. Percebe-se que, no período de 2105 a 2020, houve um movimento de queda na taxa de mortalidade das empresas empregadoras ao longo dos anos (de 12,5% para 8,9%). O mesmo ocorreu na participação do pessoal assalariado dessas entidades no total de empresas ativas, saindo de 4,2% em 2015 para 2,8% em 2020.
O Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas concentrou 46,8% das empresas empregadoras ativas e 47,6% das mortes. Indústrias de transformação, responsáveis pelo segundo maior quantitativo de empresas ativas, 11,2%, e também em encerramento das atividades, 10,2%. Já Alojamento e alimentação contemplou 9,4% das mortes, mas representou 7,3% das empresas empregadoras ativas.
Sobrevivência das empresas empregadoras
Das unidades locais que nasceram em 2017, 76,4% sobreviveram em 2018, 60,5% em 2019, 50,6% em 2020, 43,3% em 2021, e apenas 37,7% sobreviveram em 2022. Além disso, é possível observar que o percentual de sobreviventes no primeiro ano de sobrevivência apresenta um movimento crescente desde 2018: 74,4% das unidades locais nascidas em 2018 sobreviveram em 2019, enquanto 80,4% das empresas nascidas em 2021 sobreviveram em 2022.
Empresas de alto crescimento
Em 2022, existiam no Estado do Ceará 5.036 unidades locais de alto crescimento, as quais ocuparam 258,2 mil pessoas assalariadas e pagaram R$ 6,8 bilhões (1,9 salários mínimos).
De acordo com a análise setorial, as seções com as maiores participações nas empresas de alto crescimento foram: Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (36,5%); Indústrias de transformação (10,9%); e Atividades administrativas e serviços complementares(8,9%).
Empresas gazelas
Observa-se que, em 2022, existiam 301 unidade locais gazelas, que absorveram 10 mil pessoas assalariadas e pagaram R$ 201 milhões (1,5 salários mínimos).
As seções das atividades com as maiores proporções de participações nas empresas gazelas foram: Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (35,5%); Atividades administrativas e serviços complementares(14,3%); Indústrias de transformação (11,0%); e Alojamento e alimentação (11,0%).
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