Dia do Hoteleiro: setor em expansão impulsiona economia e turismo no Brasil

Em 9 de novembro, o Brasil celebra o Dia do Hoteleiro, data que homenageia os profissionais do setor, desde recepcionistas e camareiras aos gerentes e concierges. Estes trabalhadores se dedicam a oferecer um atendimento de qualidade, garantindo conforto e hospitalidade aos viajantes. A escolha desta data remonta ao ano de 1936, quando foi realizado o primeiro congresso da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), no Rio de Janeiro. Desde então, a hotelaria consolidou-se como um setor estratégico, gerando mais de um milhão de empregos diretos e contribuindo com a economia nacional.

Em 2024, a hotelaria brasileira tem motivos de sobra para celebrar a data. Segundo o último relatório do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), de janeiro a agosto deste ano, o setor registrou alta nos seus principais indicadores. A taxa de ocupação geral, por exemplo, aumentou 1,2% em comparação com o mesmo período de 2023, com destaque para o Nordeste, que apresentou um crescimento de 8,1%, seguido pelo Norte, com 3,3%.

Expansão e diversificação da hotelaria impulsionam economia

Além do aumento na ocupação, a diária média subiu 10,6%, sendo a maior alta registrada na Região Norte (16,5%). A RevPar (Receita por Quarto Disponível) também teve crescimento expressivo de 11,9%, refletindo o avanço na receita e a recuperação econômica do setor após os desafios recentes. Hotéis de todas as categorias — Econômico, Midscale e Upscale — mostraram melhora em ocupação e receitas, evidenciando o retorno das viagens de lazer e negócios.

Esse cenário promissor é acompanhado por perspectivas de investimentos. O estudo “Panorama da Hotelaria Brasileira 2024” projeta que o setor hoteleiro investirá R$8,4 bilhões até 2028, um crescimento de 26,9% em comparação a 2023. Esses recursos devem viabilizar a construção de 137 novos hotéis, com aproximadamente 21,8 mil novos quartos, abrangendo diferentes categorias de hospedagem.

Transformações pelo turismo

Um exemplo de transformação é Olímpia, no noroeste de São Paulo, que passou de uma cidade agrícola a um dos principais destinos turísticos do país. A popularização do turismo na cidade foi acelerada por estratégias eficazes do Hurb, uma das maiores agências de viagens online do Brasil, que desempenhou um papel central na criação de demanda e visibilidade para Olímpia a partir de 2011.

A atuação do Hurb também trouxe um impacto econômico significativo para a região. Com o aumento do turismo, a cidade viu crescer a arrecadação de impostos, o número de empregos gerados e o desenvolvimento de serviços de hospitalidade, refletindo uma maior capacidade de atender à crescente demanda. O aumento da oferta de leitos em hotéis e a melhoria na infraestrutura local acompanham o crescimento contínuo do turismo, que se mantém como um dos setores mais dinâmicos da economia nacional.

Geração de empregos e impacto no turismo nacional

O setor hoteleiro também se destaca pela geração de empregos. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) indicam que, mesmo em períodos desafiadores, a hotelaria manteve-se como um dos maiores empregadores do país. Em 2020, foram geradas cerca de 21,5 mil vagas no setor, mostrando a resiliência e a relevância desse mercado. Em julho de 2024, o turismo registrou um faturamento de R$20,4 bilhões, impulsionado pelo crescimento do setor hoteleiro e pela retomada do fluxo de turistas.

Com uma participação importante na economia nacional, a hotelaria brasileira reafirma seu papel como um dos principais setores na geração de empregos e na movimentação econômica, contribuindo diretamente para o PIB e estimulando o turismo em diversas regiões do país.