Sabia que células tronco podem ajudar a tratar transtornos mentais? Estudos apontam nessa direção
O uso de células tronco no cérebro ainda é limitado, mas é uma área muito estudada e muito promissora, afirma o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento
As células tronco têm a capacidade de se transformar em diferentes tipos de células no corpo, uma habilidade que chama a atenção da ciência desde que foram descobertas e até hoje são alvo de diversos estudos que buscam entendê-las melhor.
Apesar de existirem vários estudos em andamento sobre elas, as células-tronco estão longe de ser uma terapia experimental, elas já são amplamente usadas, por exemplo, para regenerar tecidos e tratar diversas doenças e lesões.
No entanto, elas podem ter muito mais benefícios que isso, novos estudos apontam que as células-tronco também podem ajudar a tratar transtornos mentais, como analisa o estudo “Tratamento de Transtornos Mentais com Células-Tronco: Uma Área Promissora em Evolução”, produzido pelo Médico Psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, em parceria com neuro-ortopedista Dr. Luiz Felipe Carvalho, com o cirurgião plástico, Dr. Bora Kostic e com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
“[…] [Esta] análise sobre o uso de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs) na pesquisa de doenças mentais, fica evidente que estamos presenciando um marco transformador na área da biomedicina”.
“As iPSCs representam uma conexão entre a pesquisa genética e clínica, fornecendo modelos celulares inovadores para transtornos psiquiátricos complexos, como esquizofrenia e transtorno bipolar”, afirma o estudo.
As iPSCs e seu poder no cérebro
As iPSCs (ou células-tronco pluripotentes induzidas) são células-tronco que, originalmente, vêm de partes do corpo, como a pele, depois são tratadas para se tornarem versáteis, ou seja, podem se transformar em diferentes tipos de células, inclusive as do cérebro (Habilidade que também é chamada de pluripotente).
Esse processo permite estudos mais aprofundados sobre doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar, de uma forma mais personalizada, considerando a genética de cada pessoa, isso ajuda a entender melhor essas doenças e como tratá-las de forma mais eficaz.
“Embora [ainda] existam desafios a serem superados, especialmente relacionados à complexidade da reprogramação e diferenciação celular, o potencial das iPSCs em revolucionar a pesquisa e o tratamento de doenças mentais é inegável”.
“Ao olhar para o futuro, espera-se que os avanços continuem a expandir os limites do conhecimento em neuropsiquiatria, levando a uma era de intervenções mais precisas e eficazes”, afirma o estudo.