Após greve, mãos à obra
Por Reinaldo Oliveira
Os funcionários do Banco do Brasil do Espírito Santo, Rio de Janeiro e dos estados do Nordeste resolveram cruzar os braços por não concordarem com o resultado das urnas, embora apertado, que confirmou o que foi acordado na mesa de negociação em São Paulo pelos negociadores do funcionalismo e do patronato durante a campanha salarial deste ano, resultando em movimentos paredistas locais patrocinados pelos sindicatos da categoria bancária.
Com o fim definitivo do movimento em cada estado, entraram em cena outros trabalhadores que tiveram a missão de fazer um asseio nas vidraçarias das dependências bancárias cujos funcionários aderiram ao movimento grevista.

No Condomínio Praça do Carmo, equipamento que aloja diversas unidades do BB no centro da capital cearense, sendo duas unidades que prestam atendimento presencial a clientes da instituição financeira, os trabalhos de limpeza deram o tom no início da manhã de sexta-feira (20/09) e mãos à obra era o que mais se ouvia entre os empregados destacados para o serviço de assepsia. Francicleuda Costa Alexandre, que habitualmente chega cedo ao batente, cravou: “É uma honra fazer esse serviço, faço com muito amor e responsabilidade, gosto de tudo limpo.” Outra funcionária que não deixou por menos foi Francisca Rochele Araújo, que disse: “Me sinto satisfeita fazendo isso, gosto de limpeza, quero terminar isso logo.”

As vidraçarias do condomínio, que se tornaram limpas e dentro dos padrões de visualização a que estão acostumados os clientes que fazem uso da sala de autoatendimento da agência do banco público, ficaram prontas na sexta-feira (20/09) antes das 10 horas da manhã, horário determinado para o início do atendimento ao público.
O Ceará aderiu ao movimento paredista na segunda-feira (16/09) e – após reavaliação dos funcionários do banco que começou às 20h de quarta-feira (18/09) e terminou às 12 horas de quinta-feira (19/09) – se retirou do movimento, pondo fim à greve.