Febre Oropouche: médico da Hapvida NotreDame Intermédica orienta sobre sintomas e prevenção

No Ceará, já são 122 casos da febre registrados, com primeiro caso de possível morte fetal causada pela doença, de acordo com a Secretaria da Saúde do Estado. O médico infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Yuri Eloy, orienta sobre os cuidados

O mais recente Boletim Epidemiológico, divulgado no dia 9 de agosto pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), contabiliza 122 casos da febre Oropouche no Ceará. Há investigações também de um caso de morte fetal possivelmente causada pela condição, na localidade de Capistrano, região do Maciço de Baturité, distante cerca de 103 km de Fortaleza. De acordo com a Sesa, a gestante de 40 anos estava com 34 semanas e o estado de saúde dela é estável.

O médico infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Yuri Eloy, reforça a necessidade da prevenção e tranquiliza a população. No entanto, ele orienta para a necessidade de ficar atento aos sintomas, para os casos em que é necessário buscar atendimento médico e para as ações fundamentais de prevenção da doença.

O vírus que provoca a infecção é conhecido entre cientistas como Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). Os sintomas incluem febre súbita, dor de cabeça, dor muscular e articular. Outros sinais são tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Como os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como a dengue e a chikungunya, o diagnóstico é feito por avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial.

De acordo com o infectologista Yuri, prevenir a febre do Oropouche envolve também medidas para reduzir as populações de mosquitos. “A eliminação de criadouros e o uso de repelentes são essenciais. Casos que envolvem o sistema nervoso central ou manifestações hemorrágicas requerem atenção médica imediata. Pacientes imunocomprometidos também devem ser monitorados de perto. Até 60% dos casos podem apresentar recidiva dos sintomas após uma a duas semanas, necessitando acompanhamento médico se houver agravamento”, destaca.

Yuri Eloy explica que, devido à semelhança dos sintomas com outras arboviroses, a doença acaba sendo subnotificada e pouco conhecida pela população urbana, dificultando o diagnóstico diferencial. O médico destaca a necessidade de vigilância. Medidas preventivas e um diagnóstico preciso são cruciais para controlar a disseminação desta arbovirose emergente.

Prevenção
Como ainda não existem vacinas disponíveis para evitar a infecção pelo OROV, as autoridades de saúde sugerem algumas medidas básicas para diminuir o risco de contrair a infecção:

– Evitar áreas onde há muitos mosquitos, especialmente os maruins;
– Instalar telas de malha fina em portas e janelas;
– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, para impedir as picadas dos mosquitos;
– Aplicar repelente nas áreas da pele que permanecerem expostas;
– Manter a casa limpa, especialmente áreas externas com plantas ou animais – o material orgânico, como folhas e frutos que caem no solo, pode atrair mosquitos.

Mais dados sobre a febre Oropouche no Ceará
De acordo com o Boletim Epidemiológico, divulgado em 9 de agosto pela Sesa, o primeiro caso da doença no Ceará foi confirmado no dia 21 de junho de 2024, identificado na zona rural do município de Pacoti.

Em entrevistas à imprensa regional, o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antônio Silva Lima (Tanta), afirmou que o vetor, o mosquito Culicoides paraensis, parece uma mosca e possui uma capacidade rápida de transmissão. O secretário Tanta explicou ainda que o vetor já existia no Ceará e é reconhecido pela população como maruim, polvinha ou mosquito-pólvora. Antes restrito à região Norte, o vírus Oropouche foi adquirido pelo vetor, por meio de indivíduos que circulavam pelo País, passou por mudanças genômicas e conseguiu se espalhar para outros Estados.

O Boletim Epidemiológico do dia 9/8/2024, que confirmou os 122 casos de Febre do Oropouche, classificou as ocorrências como um evento atípico, visto que a doença não é considerada endêmica no estado. Os casos confirmados estão distribuídos em seis municípios da região do Maciço do Baturité, sendo eles: Aratuba (32), Pacoti (29), Mulungu (26), Capistrano (12), Redenção (20) e Palmácia (3). A maioria dos casos confirmados reside ou frequenta a zona rural de seus municípios.

Sobre a Hapvida NotreDame Intermédica
Com 78 anos de experiência a partir das aquisições durante sua história no país, a Hapvida NotreDame Intermédica é hoje a maior empresa de saúde e odontologia da América Latina.  A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende cerca de 15,7 milhões de beneficiários de saúde e odontologia, tem à disposição a maior rede própria de atendimento com um sistema integrado que conecta as unidades das cinco regiões do país.

Todo o aparato foi construído a partir de uma visão abrangente e integrada, voltada ao cuidado da saúde por meio de 85 hospitais, 77 prontos atendimentos, 347 clínicas médicas e 294 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

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