Taxa de partos normais na Hapvida Fortaleza chega a 38% e ultrapassa média nacional dos hospitais privados
Na rede privada de saúde, o índice é de 24,3%. O bom resultado está relacionado ao programa Nascer Bem
A uma semana da data prevista para o nascimento da filha, a supervisora administrativa Leidianne Rocha sofreu uma queda que trouxe medos e angústia sobre a sua gestação na reta final. Ela, que teve a gravidez acompanhada pelo programa Nascer Bem, da Hapvida NotreDame Intermédica, em Fortaleza, recebeu os cuidados da empresa e hoje está com saúde ao lado da pequena Esther, de 57 dias. Leidianne, que teve parto normal, é uma das 4,6 mil pacientes atendidas atualmente pelo programa na capital cearense.
Essa iniciativa, que foi criada em 2016 e já atendeu 35 mil gestações, acompanha integralmente a jornada das futuras mamães desde a descoberta da gravidez até o fim do puerpério. Na capital cearense, dos 475 partos realizados no primeiro trimestre deste ano, 180 foram normais, o que equivale a 38%. O número está bem acima da média nacional de 24,3% na rede privada de saúde no Brasil, conforme dados fornecidos pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp).
O parto normal é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por apresentar vantagens em comparação com a cesárea, que é uma cirurgia e, como tal, envolve riscos. “O parto normal traz uma série de benefícios, como menor risco de o bebê apresentar desconforto respiratório e precisar ficar na UTI neonatal. Para a mãe, há menor risco de ter hemorragia e complicações da cirurgia, além de facilitar a amamentação e proporcionar uma recuperação física mais rápida”, detalha a diretora médica do programa Nascer Bem da Hapvida NDI, Daniela Leanza.
Superação
A gestação de Leidianne foi tranquila, com exames normais. Mas a queda que sofreu trouxe alguns problemas. “Não bati a barriga, mas tive fratura nas duas pernas. Fui levada para emergência do Hospital Eugênia Pinheiro para ver como estava a bebê porque o susto foi grande e estava com muitas dores. Faltava apenas uma semana para completar a previsão de parto, que seria de 40 semanas”, relembra.
A mãe de Esther conta que acabou tendo de imobilizar as duas pernas. “Foram dias que pareceram meses de muita luta, mas eu estava determinada a aguentar firme pela minha pequena que estava chegando. Meu esposo teve tanta paciência, sofreu comigo a cada momento, orou comigo e por mim quando o desespero queria me tirar do foco”, comenta, complementando que queria parto normal, apesar de a primeira filha ter nascido por uma cesárea. Após horas de trabalho de parto, a bebê veio ao mundo.
Leidianne Rocha guarda boa lembrança do parto. Ela ressalta que foi muito bem recebida na maternidade Eugênia Pinheiro e que a equipe de profissionais vibrou com a chegada da filha. “Ficamos tão felizes”, diz. Sobre a fratura nas pernas, inicialmente, a indicação era de cirurgia, mas, depois de a supervisora administrativa passar semanas com botas ortopédicas, não precisou passar por procedimento invasivo e foi liberada para fazer fisioterapia.
Prevenção
Na maior empresa de saúde da América Latina, um importante indicador é também a taxa de internação em UTI neonatal. A meta é que menos de 7% dos recém-nascidos precisem de cuidados intensivos nos primeiros dias de vida. Esse indicador reflete a qualidade da assistência ao parto e da assistência pré-natal.
“Nossa luta é sempre pela conscientização da paciente sobre a importância do início precoce do pré-natal, além da adesão às consultas e aos exames e tratamentos propostos. O início tardio do pré-natal ou o acompanhamento irregular podem atrasar o diagnóstico e prejudicar o tratamento de algumas doenças, como o diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia”, exemplifica a diretora do programa Nascer Bem.
Nascer Bem
Fortaleza, Salvador, Recife, Belém, Manaus e Goiânia são as cidades onde está em atividade o programa Nascer Bem, que acompanha toda a jornada da gestante da descoberta da gravidez até o fim do puerpério. São 1.800 partos realizados mensalmente. Todas as gestantes que residem na região metropolitana das seis capitais podem participar do programa.
O grande diferencial é que as gestantes são acompanhadas durante todo pré-natal por médicos e enfermeiras obstetras, responsáveis pelo acolhimento integral, o que inclui orientações sobre parto e amamentação. Além disso, elas contam com uma central de agendamento e de monitoramento exclusivas para garantir o acesso às consultas de pré-natal durante toda a sua jornada.
“As maternidades do programa têm estrutura diferenciada, com métodos não farmacológicos para alívio da dor, como aromaterapia, cromoterapia, arteterapia e musicoterapia. Oferecemos também a opção da anestesia, se for o desejo da gestante”, destaca Daniela Lanza.
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Foto 1: Leidianne Rocha com a filha Esther