Embedded finance deixa de ser tendência e passa a ser realidade para todos no Brasil

Modalidade pode atingir receita de até R$ 24 bilhões até 2026, fortalecendo negócios a partir de novas receitas, retenção e atração de novos clientes

A partir dos movimentos do Banco Central em prol da abertura do mercado financeiro brasileiro a novos entrantes que, de forma muito competente, ocuparam o novo espaço democratizando o acesso aos serviços financeiros,   uma série de  iniciativas têm ganhado força em empresas de setores não financeiros. Essa tendência vem sendo chamada de Embedded Finance, e ela deve acelerar  desburocratização  do sistema financeiro, garantir mais acesso da população, maior controle de caixa por parte de pequenas e médias empresas, e mais conveniência aos usuários.

Diante desse contexto, empresas de diversos setores, começaram a entender a oferta de serviços financeiros como uma possibilidade para  aumento de receita e fidelização dos seus clientes. “Para se ter uma ideia, um estudo da Deloitte de 2022 previu que o embedded finance pode gerar receita de até R$ 24 bilhões até 2026, número que muito provavelmente será ainda maior do que previsto ”, afirma Cesare Rollo Iacovone, fundador e CEO da Destrava Aí, fintech que oferece infraestrutura de gestão de garantias especializada em recebíveis de cartões.

Um exemplo real do Embedded Finance, são os aplicativos de transporte que oferecem diversas opções de pagamentos para seus clientes. Porém, cada vez mais, além de possibilitar vincular um cartão de crédito e até o pagamento compartilhado da corrida, essas empresas passaram a oferecer aos seus clientes e parceiros outros produtos como seguros, soluções de crédito, consórcio etc.

De acordo com Cesare, essas mudanças de mercado fazem muito sentido no cenário atual de negócios. “Com o boom das fintechs, já que o Brasil atualmente abriga cerca de 1,3 mil empresas desse segmento, segundo dados do Distrito, agora é possível levar produtos financeiros exatamente onde os clientes já estão fazendo negócios, sem precisar recorrer a uma instituição bancária”, explica, ao complementar que, por meio das integrações via APIs (Application Programming Interface), uma empresa pode oferecer novas linhas de crédito a seus clientes, além de abrir financiamento com taxas mais acessíveis.

A Destrava Aí, por exemplo, permite que seus clientes ofereçam novas linhas de créditos aos consumidores a partir de sua infraestrutura, por meio de integração via APIs, usando a agenda de recebíveis de cada organização como garantias e, desse modo, permite a abertura de novas linhas de financiamento com taxas mais acessíveis.

Dentre as vantagens obtidas pela integração de serviços financeiros, Iacovone destaca que as empresas tendem a se destacar no mercado, pois passam a oferecer uma proposta de valor mais completa e se diferenciam dos concorrentes. “Além de expandir os negócios, há uma contribuição significativa para a retenção e atração de clientes, já que expande o relacionamento do cliente para outras frentes, resolvendo de forma mais completa a sua ‘dor’”, agrega o executivo.

Para 2024, o Cesare  prevê que o Embedded Finance ganhará ainda mais tração e atingirá uma porcentagem maior de empresas pelo país. “Os serviços digitais são a nova tendência em todos os segmentos, já que abreviam processos, melhoram a qualidade das entregas, permitem ofertas sob demanda e acabam com a burocracia. Dessa maneira, podemos esperar um horizonte positivo para a modalidade, com ainda mais soluções e produtos, principalmente com o olhar para soluções de crédito e o uso de recebíveis de cartão como garantia”, finaliza o CEO.

 

Sobre a Destrava Aí

Destrava Aí é uma fintech que oferece infraestrutura de gestão de garantias especializada em recebíveis de cartões. Foi fundada em agosto de 2021 pelo empreendedor Cesare Rollo Iacovone, atual CEO da empresa, que também é liderada por Marcos Fernandes, cofundador e CRO, e Matías Rodríguez, CTO. A empresa atende fintechs, gestoras de investimento (FIDCs), distribuidoras e franqueadoras, ajudando no aumento da concessão e da recuperação de crédito e de cobranças. Neste ano, inclusive, já avaliou mais de R$ 500 milhões em recebíveis e mais de R$ 100 milhões em ofertas de crédito com garantia de recebíveis.

 

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