Vendas no Varejo crescem 7,7% no Carnaval, de acordo com o ICVA

Salvador foi o principal destaque, com alta de 8,4%. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (+8,3%), Florianópolis (+7,7%), Belo Horizonte (+6,0%), Recife (+4,5%) e São Paulo (+2,8%)

O faturamento do Varejo cresceu 7,7% no Carnaval deste ano, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), em comparação com a festa no ano passado. A análise, de abrangência nacional, considerou os dias 9 a 14 de fevereiro de 2024 e os dias 17 a 22 de fevereiro de 2023. A avaliação foi feita em termos nominais, ou seja, que espelham a receita de vendas observada pelo varejista.

Segmentos 

O setor de Supermercados e Hipermercados foi o principal beneficiado com o feriado prolongado. A alta foi de 11,1%. Outros destaques do Carnaval foram os segmentos de Recreação e Lazer (+7,4%) e Turismo e Transporte (+4,4%). Alimentação (Bares e Restaurantes) teve crescimento de 0,9%.

 

“O resultado de Supermercados e Hipermercados está relacionado ao aumento da inflação em janeiro, o que elevou o faturamento do setor. Outro fator que colaborou para a alta nas vendas foi o fato de que em 2024 o Carnaval foi comemorado mais para o começo do mês, período em que o salário ainda não foi completamente gasto pelas pessoas. Em 2023, o feriado ocorreu mais para o final de fevereiro”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.

 

Capitais

 

Dentre as capitais brasileiras analisadas pelo ICVA, Salvador foi a que apresentou o resultado mais positivo: crescimento de 8,4%. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro (+8,3%), Florianópolis (+7,7%), Belo Horizonte (+6,0%), Recife (+4,5%) e São Paulo (+2,8%)

 

A cidade do Rio de Janeiro apresentou a maior variação de faturamento do setor de Supermercados e Hipermercados, com alta de 11,8%. Florianópolis (+8,9%), São Paulo (+7,7%), Belo Horizonte (+7,0%) e Salvador (+3,6%) aparecem na sequência. Apenas no Recife o segmento teve retração, com queda de 5,8%.

 

O faturamento do segmento de Recreação e Lazer também experimentou a maior variação no Rio de Janeiro (+4,9%). Em seguida: São Paulo (+4,8%), Recife (+4,2%) e Belo Horizonte (+0,6%). Em Salvador e Florianópolis, houve quedas de 2,3% e 2,0%, respectivamente.

 

Já no segmento de Alimentação (Bares e Restaurantes), Salvador puxou os resultados positivos, com alta de 7,0%. Na sequência, estão Recife (+4,7%), Rio de Janeiro (+0,9%) e São Paulo (+0,7%). Em Belo Horizonte e Florianópolis, o faturamento caiu 2,9% e 2,1%, respectivamente.

 

Florianópolis apresentou o melhor resultado em relação ao setor de Turismo e Transporte (+4,4%). Recife (+1,4%), Belo Horizonte (+0,5%), Rio de Janeiro (+0,4%) e Salvador (+0,2%) completam a lista. São Paulo foi a única capital entre as analisadas com queda no faturamento do segmento (-1,1%).

 

SOBRE O ICVA 

 

O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por cerca de 870 mil varejistas credenciados à companhia. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.

 

O ICVA foi desenvolvido pela área de Business Analytics da Cielo com o objetivo de oferecer mensalmente uma fotografia do comércio varejista do país a partir de informações reais.

 

COMO É CALCULADO

 

A unidade de Business Analytics da Cielo desenvolveu modelos matemáticos e estatísticos que foram aplicados à base da companhia com o objetivo de isolar os efeitos do comportamento competitivo do mercado de credenciamento – como a variação de market share – e os da substituição de cheque e dinheiro no consumo. Dessa forma, o indicador não reflete somente a atividade do comércio pelo movimento com cartões, mas, sim, a real dinâmica de consumo no ponto de venda.

 

Esse índice não é de forma alguma a prévia dos resultados da Cielo, que é impactado por uma série de outras alavancas, tanto de receitas quanto de custos e despesas.

 

ENTENDA O ÍNDICE

 

ICVA Nominal – Indica o crescimento da receita nominal de vendas no varejo ampliado do período, comparando com o mesmo período do ano anterior. Reflete o que o varejista de fato observa nas suas vendas.

 

ICVA Deflacionado – ICVA Nominal descontado da inflação. Para isso, é utilizado um deflator que é calculado a partir do Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apurados pelo IBGE e ajustados ao mix e pesos dos setores contidos no ICVA.

Reflete o crescimento real do varejo, sem a contribuição do aumento de preços.

O novo modelo contempla informações do IPCA entre o primeiro e 11º mês e do IPCA-15 referentes ao 12º mês. No mês seguinte, o histórico do dado deflacionado será ajustado com a aplicação do IPCA daquele mês, podendo conter uma variação marginal.

 

ICVA Nominal/Deflacionado com ajuste calendário – ICVA sem os efeitos de calendário que impactam determinado mês/período, quando comparado com o mesmo mês/período do ano anterior. Reflete como está o ritmo do crescimento, permitindo observar acelerações e desacelerações do índice.

ICVA E-Commerce – Indicador do crescimento da receita nominal no canal de vendas online do varejo do período em comparação com o período equivalente do ano anterior.

 

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