FENAJ repudia desinformação na cobertura do Carnaval pela TV

Rogério Morais 

FENAJ repudia falhas na transmissão e destaca importância do Jornalismo na cobertura do Carnaval. Erros na transmissão, entrevistadores despreparados e desinformados e falta de detalhes foram algumas das reclamações feitas nas redes sociais pelo público que acompanhou os desfiles das escolas de samba pela televisão aberta em rede comercial neste Carnaval de 2024.

Ao abrir mão de repórteres, a emissora detentora do direito comercial de transmissão deixou os espectadores sem informações corretas sobre a festa.

A emissora convidou influenciadores digitais para fazerem entradas ao vivo durante os desfiles das escolas de samba. A federação classificou a decisão como “falha”. Em nota, a Fenaj disse que os entrevistadores estavam “despreparados” e “desinformados”.

O texto destaca problemas como erros na transmissão, entrevistadores despreparados e falta de detalhes na cobertura do Carnaval. Isso sugere uma deficiência na qualidade da produção jornalística e na capacitação dos profissionais envolvidos.

A decisão da emissora de convidar influenciadores digitais para participar da transmissão ao vivo pode ter sido vista como uma tentativa de atrair um público mais jovem e engajado nas redes sociais. No entanto, a Fenaj considerou essa escolha como uma falha, destacando a importância da expertise jornalística na cobertura de eventos complexos como o Carnaval.

A Federação Nacional dos Jornalistas enfatizou a relevância do jornalismo profissional na cobertura do Carnaval e de eventos similares. A presença de repórteres capacitados é necessária para fornecer informações precisas, contextualizadas e detalhadas sobre a festa, o que pode ter sido comprometido pela ausência de profissionais especializados na transmissão.

As reclamações feitas pelo público nas redes sociais destacam a importância do feedback dos telespectadores e da audiência em geral. As mídias sociais amplificam a voz do público, permitindo que suas opiniões e críticas sejam ouvidas de forma rápida e ampla, influenciando potencialmente as decisões das emissoras de televisão e outros veículos de mídia.

Em suma, o texto da Fenag ressalta a necessidade de um jornalismo de qualidade, com profissionais capacitados e comprometidos em fornecer uma cobertura informativa e precisa de eventos de grande relevância cultural e social, como o Carnaval.

Influenciadores digitais geralmente não são jornalistas. Eles são personalidades online que têm um grande alcance e seguidores em plataformas como redes sociais, blogs e YouTube. Embora possam fornecer perspectivas interessantes e entretenimento para seu público, eles geralmente não têm o treinamento formal ou a ética jornalística necessária para realizar uma cobertura jornalística completa e imparcial de eventos como o Carnaval. Isso pode resultar em falta de preparo e desinformação, como apontado pela Federação  de jornalistas.

É  por isso que é necessária a especialização do jornalista profissional nos temas de mais importância da editoria para atender ao jornalismo por demanda.

A especialização dos jornalistas em temas específicos é fundamental para garantir uma cobertura jornalística de alta qualidade e relevância. Ao se dedicarem a áreas específicas, como exemplo o Carnaval, os profissionais têm a oportunidade de aprofundar seu conhecimento, compreender as nuances do assunto e fornecer informações precisas e contextualizadas ao público.

Além disso, a especialização permite que os jornalistas identifiquem tendências, façam análises aprofundadas e ofereçam insights valiosos sobre os temas que estão cobrindo. Isso é especialmente importante em um contexto de jornalismo por demanda, onde o público busca informações confiáveis e especializadas sobre os assuntos que lhes interessam.

Portanto, a especialização dos jornalistas em temas de grande importância editorial, como o Carnaval e muitos outros é essencial para atender às necessidades do público e garantir a qualidade e relevância do jornalismo produzido.

É verdade que incidentes como os mencionados, que incluem falhas na transmissão e falta de profissionalismo na cobertura de eventos importantes, podem contribuir para uma diminuição na audiência da grande mídia. Os telespectadores esperam um alto padrão de qualidade e profissionalismo em sua programação, e quando essas expectativas não são atendidas, eles podem procurar por outras fontes de informação e entretenimento.

Além disso, com o aumento da concorrência de plataformas de streaming, redes sociais e outros meios de comunicação digital, as emissoras tradicionais enfrentam um desafio adicional para manter e atrair audiências. Os espectadores têm uma variedade de opções à sua disposição e podem facilmente mudar para outras fontes de conteúdo se não estiverem satisfeitos com o que estão recebendo da mídia tradicional.

Portanto, é objeto para as emissoras de televisão e outros meios de comunicação adaptarem-se às demandas do público, investindo em qualidade, inovação e transparência para manter e crescer suas audiências em um cenário cada vez mais competitivo.

Um jornalista que não possui conhecimento sobre os instrumentos musicais que compõem uma bateria de escola de samba e não entende a distinção entre um bumbo e um surdo provavelmente terá dificuldade em fazer comentários relevantes e precisos sobre um desfile de uma escola de samba durante o Carnaval. Esse tipo de conhecimento técnico é essencial para fornecer uma análise informada e aprofundada sobre o evento.

Sem o entendimento adequado dos elementos culturais e técnicos envolvidos no desfile, o jornalista corre o risco de fazer observações superficiais ou imprecisas, comprometendo a qualidade e a credibilidade de sua cobertura. Portanto, a especialização e o conhecimento detalhado do assunto são fundamentais para garantir uma cobertura jornalística de qualidade e relevância, especialmente em eventos tão complexos e culturalmente significativos como o Carnaval.