Mais de 71 mil brasileiros serão diagnosticados com câncer de próstata para cada ano do próximo triênio (2023-2025). Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) trazem o alerta para uma doença que tem a detecção precoce possível e que pode proporcionar um tratamento mais eficaz e com grandes chances de cura. Aliada à tecnologia, a cirurgia robótica para tratamento deste tipo de câncer (prostatectomia radical), é um dos grandes exemplos da evolução terapêutica. Proporcionando ao cirurgião visão ampliada em três dimensões e com alta resolução, além de mais precisão e estabilidade aos movimentos, a modalidade também traz benefícios que impactam diretamente o pós-operatório dos pacientes, já sendo realizada na capital mato-grossense.
Na cirurgia robótica, o médico utiliza um sistema de braços mecânicos de alta precisão, que possuem em suas extremidades microcâmeras e pinças articuladas que, quando comparadas ao punho humano, possibilitam uma amplitude de movimentos mais precisos e delicados, permitindo maior exatidão, mesmo em espaços reduzidos. Após a anestesia geral, pequenas incisões são realizadas no paciente, por onde são introduzidos portais de acesso do robô. Em seguida, são acoplados os braços robóticos, que ficam sob o comando do médico através de um console (“cabine”) localizada a poucos metros da mesa cirúrgica. Durante a cirurgia, os movimentos do cirurgião são “replicados” pelo robô.
O robô opera sozinho? – A resposta à dúvida frequente de pacientes é “não”. O urologista com certificação e pós graduação em cirurgia robótica da Oncomed-MT, Fernando Leão Costa, explica que a presença de uma equipe médica é fundamental. “Não é o robô que opera o paciente. A tecnologia possibilita ampliar a capacidade do cirurgião em acessar áreas complexas, com uma visão tridimensional e movimentos precisos trazendo benefícios ao paciente.”
|
|
Benefícios – Considerada a evolução da laparoscopia, procedimento cirúrgico que utiliza pequenas incisões no abdômen para a introdução do aparelho laparoscópico para visualizar e tratar a região, a cirurgia robótica é uma opção minimamente invasiva que impacta diretamente na recuperação do paciente. “Este tipo de procedimento reduz o sangramento, a dor pós-cirúrgica, acelera a cicatrização, diminuindo as sequelas e permitindo ao paciente um retorno mais rápido às atividades do dia a dia.”
O médico observa, ainda, que a modalidade é indicada para pacientes com a doença localizada na próstata, ou seja, que não apresentam metástases (quando as células cancerosas migram para outros pontos do organismo, gerando novos tumores). O especialista ressalta que a escolha do melhor tratamento deve ser feita individualmente, por uma equipe multidisciplinar, de acordo com o estágio da doença e condições clínicas do paciente. Além da cirurgia, considerada a principal modalidade de tratamento do tumor, o câncer de próstata pode ser tratado, de forma combinada ou não, com sessões de quimioterapia e radioterapia.
Sobre a Oncomed-MT – Situada em Cuiabá (MT), a clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, dispondo de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br.
|
|
|