Tratamento de câncer de mama pode acelerar a perda de massa óssea em mulheres

Há possibilidade de a medicação alterar níveis do hormônio feminino no organismo

 

O câncer de mama envolve diferentes terapias e algumas delas podem afetar outros aspectos da saúde feminina, impactando na qualidade de vida a longo prazo. Um desses pontos é a massa óssea.

 

A partir dos 30 anos, a perda de massa óssea, apesar de ser natural, ocorre de forma mais acelerada. Com a menopausa, a densidade óssea apresenta queda pela progressiva diminuição dos níveis do hormônio estrogênio, que ajuda a manter essa densidade, dentre outros hormônios. Portanto, em pacientes que estavam em tratamento para câncer de mama nesse período da vida feminina, deve-se estar alerta para a interferência do tratamento hormonal na saúde dos ossos. “Terapias como quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia podem utilizar bloqueadores de receptores hormonais ou diminuir a produção de estrogênio, causando uma perda óssea mais rápida e comprometendo estruturas essenciais para o corpo, como coluna e articulações”, afirma Dra. Christine Muniz, ortopedista e presidente da SBOT-CE.

 

O tratamento da doença pode ser feito em conjunto com a ingestão de cálcio e vitamina D. O cálcio é essencial para os ossos e a vitamina D ajuda em sua absorção pelo organismo. Consumir leite e derivados ou suplementos vitamínicos diariamente ajuda a alcançar a dose diária recomendada do mineral, que é de cerca de 1.000 mg.

 

“Um estilo de vida saudável, com prática de exercícios físicos, prevenção da osteoporose, e acompanhamento médico periódico e multiespecializado colaboram para passar pelo tratamento de câncer de mama de forma saudável e segura”, completa a profissional.

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