VLI apoia Brasil Agritest no desenvolvimento de uma solução tecnológica, inovadora e 100% nacional para a cultura da soja

 

  • A agritech terá apoio financeiro de R$ 1,5 milhão, primeiro aporte da companhia de logística em uma startup
  • Tecnologia poderá permitir análise da qualidade do grão até 22 vezes mais ágil que os processos tradicionais

Com o objetivo de atender o aumento crescente da produção nacional no agronegócio com soluções inovadoras, a VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos – anuncia apoio financeiro de R$ 1,5 milhão na startup Agritest, para desenvolvimento de um processo automatizado, com tecnologia nacional, para otimizar a classificação e a verificação da qualidade da soja – que é uma das culturas com maior potencial de expansão global e que tem no Brasil seu maior produtor e exportador. Este é o primeiro aporte da VLI em uma startup. O impacto positivo na operação da companhia pode ser significativo, já que grãos são o tipo de carga mais transportada pela companhia, representando 36% do total.

Hoje, em todo o mundo, a determinação da qualidade da soja, para entender se ela está dentro ou fora dos padrões exigidos, é baseada na inspeção visual de uma amostra, que é realizada por poucos profissionais existentes, através de um processo totalmente manual. Além disso, contratualmente, o procedimento dever ser realizado em cada ponto da cadeia logística em que ocorre a troca de responsabilidade da carga. Ou seja, da fazenda à casa do consumidor final, cada carga é analisada no mínimo quatro vezes, podendo chegar a dez.

Erros de avaliação de que o grão está fora do padrão podem causar impactos entre os diferentes elos do setor, que conta hoje com uma produção atual de aproximadamente 155 milhões de toneladas de soja. Segundo o próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produção poderá chegar em 186 milhões de toneladas até 2030.

O contrato com a VLI estabelece o prazo de um ano para a startup finalizar o protótipo de um equipamento, chamado de Grain Analytic System, que vai usar visão computacional, ferramentas de inteligência artificial e aplicação de técnicas fotônicas. A ideia é que ele seja capaz de fazer o processo automatizado de classificação do grão para verificação da qualidade em até 4 minutos, enquanto, manualmente, ele leva de 10 a 90 minutos. Ou seja, poderá ser até 22 vezes mais ágil em alguns casos.

“O aporte reflete nosso apoio para o desenvolvimento de todo o ecossistema de grãos no país e temos uma iniciativa com potencial para virar uma nova fonte de receitas para a companhia no futuro”, explica Loïc Hamon, gerente-geral de Inovação & Digital da VLI.

O diretor de desenvolvimento de negócios e cofundador da Brasil Agritest, Thomas Ceglia, está animado com a parceria estratégica com a VLI. “Enxergamos, na companhia, uma catalisadora para nossa solução, que permitirá ampliar nossa expertise e acelerar nossa a aproximação com o mercado. Junto com a cooperação que já temos com a Embrapa Instrumentação, o projeto se beneficiará do envolvimento, excelência científica e logística de duas das maiores empresas do setor agrícola. Em breve, queremos agregar valor à cultura da soja no país, através de uma solução 100% brasileira”.

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