O grande potencial do Complexo do Pecém já em 2023
O presidente da Aecipp, Eduardo Amaral, agradeceu o prestígio aportado pelos associados visando o desenvolvimento sustentável do Complexo do Pecém e do Estado. “Queremos cuidar do ambiente de negócios de maneira conjunta e estamos dispostos a colaborar para potencializar os investimentos já previstos e aqueles que virão”.
Por Rogério Morais
O potencial de produção de Hidrogênio Verde (H2V) que o Ceará vem apresentando ao mundo não é o único destaque econômico que o Complexo Industrial e Portuário do Pecém tem atualmente em sua base estrutural. Atualmente, a Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém – Aecipp – tem 71 empresas estão associadas, e a cada momento “esse número cresce”, conforme o presidente da Aecipp, Eduardo Amaral.
A Associação realizou, em 26 de julho, a 12ª edição do projeto Sinergia. O evento teve palestras do presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, e de Carlos Alberto Mendes, o superintendente da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). Na ocasião, o Complexo do Pecém e o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), representado pelo diretor geral Alfredo José Pessoa de Oliveira, assinaram um termo de cooperação para realização de um estudo para medir o impacto do CIPP na economia do Estado e do Hub de hidrogênio verde.
Olho na Governança
Governo do Estado, Porto do Pecém, Zona Franca do Ceará (ZPE), Aecipp e todas as corporações que atuam na área estão focadas no interesse público como meta maior, ou seja, a chamada Governança, quer dizer, o alinhamento com os objetivos coletivos. Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo do Pecém, enalteceu o diálogo estabelecido entre os diversos entes que compõem o CIPP.
Em sua apresentação, Hugo destacou o Hub de hidrogênio verde e as transformações nesta região no Estado. Ele também ressaltou a visão integrada do território que compõe o CIPP, a fim de facilitar a logística e realização de investimentos. Nesse sentido, o Complexo do Pecém já está planejando e preparando suas áreas portuárias e industriais para receber o hub de hidrogênio verde. Parte do hidrogênio verde produzido no Estado será exportada, com apoio do Porto de Roterdã, e outra deverá ter utilização no mercado local, auxiliando na transição energética.
Atualmente, conforme o Presidente do Porto, o complexo gera mais de 80 mil empregos diretos e indiretos. Mas ele destaca que a visão do Governo Estadual é a descentralização de todo o potencial e vocação que cada região do Ceará tem para o desenvolvimento econômico. Seja nos modelos de energia limpa (Sol e vento) e H2V, ou mesmo através da amônia, que pode ser uma nova fonte de riqueza cearense para ser utilizada na agricultura e reduzir a dependência brasileira de fertilizantes, lembrou.
O Ceará tem a capacidade de abastecer o Brasil três vezes apenas com o potencial que tem para a energia solar, além da grande possibilidade de gerar energia eólica e produzir H2V. “Estamos entre os melhores do mundo quando tratamos de Hidrogênio Verde, pois podemos produzir em grande quantidade e com um preço competitivo no mercado”, apontou Hugo Figueirêdo. Destacou ainda o setor logístico cearense como um grande diferencial competitivo com o projeto da ferrovia Transnordestina, que teve suas obras retomada recentemente.
Da esquerda para direita Carlos alberto, Superintendente da Semace, Eduardo Amaral e Hugo Figueiredo, Presidente Cipp S/A
Impactos positivos
O superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes Junior, abordou o papel do licenciamento ambiental a fim de possibilitar o desenvolvimento do Complexo do Pecém. Ele ressaltou a reformulação do modelo de licenciamento, que resultou em planejamento e mapeamento dos processos, digitalização, modernização da legislação e descentralização de competências.
As mudanças resultaram em impactos positivos no ambiente de negócios, possibilitando ganho de tempo no processo.
Carlos Alberto mostrou em números os impactos positivos que o órgão ambiental do Ceará vem conquistando, depois de uma ampla reformulação feita nos processos de licenciamentos. Pedidos que duravam até dois anos para serem liberados hoje duram em média seis meses, conforme ele. Outro ganho positivo para os empreendedores foi a mudança no tempo de licença: Antes era de um ano, tanto para pequenos grandes negócios. Hoje a validade é de acordo com o nível de impacto da atividade e com um período bem maior.
O presidente da Aecipp, Eduardo Amaral, agradeceu o prestígio aportado pelos associados visando o desenvolvimento sustentável do Complexo do Pecém e do Estado. “Queremos cuidar do ambiente de negócios de maneira conjunta e estamos dispostos a colaborar para potencializar os investimentos já previstos e aqueles que virão”.